CAPÍTULO 2

1701 Words
WILLIAM Fazia minutos que eu estava no carro com uma mulher e essa mesma mulher estava parada, sem se mexer ou sem falar uma maldita palavra, parecia inocente e carente, porém tinha um olhar diferente do convencional por trás da armação do óculos. Aquilo me deixou atento. Era por isso que eu andava devagar e de velocidade reduzida? Numa pista de 80 eu estava de 40? E a vida, as vezes você anda por uma rua e bate em um carro insolente e da de cara com uma mulher. Juro que foi culpa dela e não minha, dessa vez sou inocente. Eu estou tentando entrar na linha depois que minha vida virou um p*u no r**o torto do caramba. Isso mesmo que você acabou de ler. Agora, ainda por cima, sai do inferno um pessoa para bater o carro comigo e dar uma crise de carência, só faltou chorar na minha frente, como uma mulherzinha do caramba. Eu devia colocar ela no banco de trás, porque o perfume dela está com cheiro doce, como algodão doce mesmo. Que mulher cheirava a algodão doce? p***a, parecia p********o demais aquele cheiro. - Tem certeza que não se machucou? - O rosto dela é bonito, tem a boca com lábios marcantes e está entreaberta agora, tem as bochechas mais cheias e tem os olhos negros como duas azeitonas pretas, e tem o óculos de armação fina e arrumada para o rosto, seguindo pelo cabelo n***o e longo solto. Linda pra c*****o! Pegaria em uma noite. Em uma manhã. Pegaria muito. E quase como aquelas fantasias adolescentes idiotas e cheia de malícia, com o óculos no rosto e a mulher nua na minha frente. - Não, não me machuquei, senhor...? - William, me chame de William - Ela sorri, ela está usando um vestido fino e com estampa, cheio de patinhas de cachorrinhos pequena, são patas no tecido branco. Eu sei o que é um vestido branco no corpo de uma mulher. Significa cometer pecado em pensamento. Deus deve estar no céu falando: Ô la o troxa! Da pra ver os dois s***s redondos e o decote que marca eles, fazendo o vislumbre das alças finas e descendo noto o comprimento do vestido fofo, um palmo acima do joelho a barra do vestido, ela tem no colo a bolsa, mas as pernas estão ali, com pele branca e pernas com coxas medianas e que ficam perfeitas no banco do carona. Pernas lindas, lisas o parecem macias para os meus dedos rudes. - O que fazia por aquelas bandas? - Corto o silêncio. -Trabalho. - Entendo - Era um polo industrial, fazia sentido. - Não pode ir mais rápido? - Não, eu não posso ir mais rápido senhorita Ellen, não vamos querer outro acidente, não é mesmo? - Ironizo. - Vai demorar um século pra você chegar na minha casa. - Ai já não sei, estou seguindo o endereço que você me passou - Escuto ela suspirar fundo. - Relaxa, está em ótimas mãos. Na verdade não estava não. - O que você fazia também por aquelas bandas? - Ela pergunta. - Bem, sou William Keller. - Você estava por aquelas bandas porque é William Keller? Não entendi. Eu olho para ela incrédulo, mas aquilo atiça minha curiosidade. Ela não sabia sobre mim? Certo. Aquilo me fez gostar. Odiava mulheres que me conheciam, eram atiradas. Imaginem, você está indo ou foi naqueles campos de caça esportivos onde o animal já até pressente que você vai pegar ele, porque você é o caçador. Mas agora pensem, ir em uma floresta de verdade e ter a empolgação e a adrenalina de fazer as coisas você mesmo? Sem nada planejado? Caçar, olhar, sentir, atirar, vislumbrar e levar. - Mexo com finanças, sou ótimo no que faço senhorita. - Era mais fácil ter dito antes - A voz dela tem humor agora, aquilo me deixa contente. - Ficou muito arrogante e prepotente da sua parte. - Nunca diga que uma pessoa e arrogante e prepotente, ainda mais se tiver no carro com ela - Rebato. - Tudo bem, vou deixar pra falar quando descer - Certo, dessa vez eu dou uma risada. - Por que riu? - De onde você saiu? - De uma batida, onde o senhor bateu no meu carro. - Tá legal, eu bati? Você que cruzou a rua e veio pra cima de mim. - Ah, claro, porque o bonitão estava ali e eu decidi bater no carro dele, ficou maluco? Se toca! - A voz vêm com marra. - Cuidado com que sua boquinha fala comigo - Dessa vez foco na estrada, sem olhar pra ela. - Sou tolerante até certo ponto. - Você parece minha avó falando, pelo amor de Deus. - Eu garanto que não falo como sua avó, porque senhorita Ellen, se eu falar com você como eu sou acostumado a falar, bem, você veria muito bem que não falo igual sua avó. - Olha que ironia, ela iria dizer a mesma coisa se eu falasse que ela fala igual você. Ela é afiada e eu vejo ela se mexer no banco impaciente. - Não vamos demorar a chegar. - Tomara, porque esse seu perfume está me causando arrepio e alergia. Eu paro no maldito sinal e conto até dez. - E esse seu perfume de algodão doce? Tinha acabado o estoque de perfume de verdade? - O senhor foi rude. - Foi a intenção - O sinal abre e eu sigo. - Trata todas as pessoas assim? - Não senhorita Ellen, só as que batem no meu carro em uma terça-feira. - Você foi rude de novo. - Ser rude e comigo mesmo. - Quem é William Keller? - A pergunta me faz refletir, me tira o foco. - Procure por você mesma. - Certamente, eu não vou fazer isso. - Por? - Indago. - Porque eu não dou a mínima. Alguém aí está com o placar disso? Porque, p**a que pariu! - E quem é Ellen Colin? Uma subordinada que ganha um salário integral? Uma mulher que não tem nem onde pisar direito? Que no auge dos quase - Olho para o rosto dela, que esboça a incredulidade. - Vinte e poucos anos e um plano de vida carente e muito inocente? Se poupe, minha cara, nos poupe. Eu finalizo. Ficando parado e não escutando nenhuma resposta final dela. - Para esse carro - Ela pede e eu balanço a cabeça. - Para. O. Carro. - Não doçura, eu não paro esse carro, porque eu não quero e você não manda em mim. Com ironia eu olho para ela e travo a porta e suspiro fundo, olhando para ela e sorrindo. - Eu vou acertar você. - Tente. E ela tentou, vi o reflexo da mão dela e segurei, a mão pequena e os dedos finos. - Seu e******o, não me toque! - Ela puxa sua mão da minha. - Quem disse que quero tocar em você? Olha pra mim e olha para você, acha que vou querer tocar em alguém como você? Eu quero tocar ela. Mas não é o que eu vou falar pra ela. - Você foi rude de novo. - Sabe o que eu faço com garotas como você? Eu pego, uso e depois deixo que saiam como entraram, facilmente, porque é isso que mulheres tem que fazer, sempre, fazer o papel de mulher. - Você é um machista. - A branca de neve que eu não iria ser. - Vou me lembrar disso, porque eu estou com ranço de você William Keller! - Isso é divertido, não é? - Seu r**o que é divertido. - Não, não é divertido senhorita Ellen, mas tenho algo divertido dentro das calças que fica perto meu r**o que é divertido, parece um parque de diversão para adultos. - Seu nojento. - Como se você fosse puritana, nos poupe senhorita Ellen, se entendeu minha frase está consciente do que ela cita e tem a mente aberta. - Você está sendo rude. - Pare de falar que eu estou sendo rude, porque o meu rude é bem diferente do seu. - Para. - Se acha que eu fui rude nos últimos vinte minutos, bem, e porque não passou meia hora comigo sem esse vestido ou perto e livre demais para mim - Eu para o carro em frente ao prédio. - Doçura, você bateu no carro errado, mas isso foi bom, me fez conhecer você. - Da pra abrir a porta? - Quais são as palavrinhas mágicas? - Provoco. - Vai pro inferno. - Não. - Abre logo a porta, se não eu vou gritar. Eu acho que não ficaria bem uma denúncia de assédio. Que se f**a. - Tente, meu carro e blindado e tem ótimo recuo sonoro - Dou um sorriso. - São só duas palavras mágicas. - Eu não vou ser educada com você, abre a porta. - Não, vai ter que pedir com jeito. Me inclino até o porta luva e fico mais perto dela, puxando o cartão e erguendo até ela. - O que é isso? - Meu cartão. - Enfia na sua orelha! - Ellen, não me provoca - Puxo a mão dela e coloco o cartão dentro, ela recuado olha para mim de novo. - O que está fazendo? - Estou com o seu carro, até o fim da semana trago-o para você ou não precisa mais dele? - Abre a porta. - Peça. Ela fecha os olhos com força e volta a abrir, fazendo com que ela me olhe nos olho. - Por gentileza seu cuzão, pode abrir essa maldita porta, por favor? Eu destravo, sorrindo de orelha a orelha. - Viu, não tirou nenhum pedaço seu ou doeu. Ela abre a porta e sai do carro bufando de raiva. De um jeito desastrado e que me faz suspirar fundo, enquanto vejo ela sumir diante meus olhos até dentro do prédio. Ah, isso ainda não terminou. Não mesmo. Temos um carro para entregar. Uma vez comi uma amiga de faculdade, ela me odiava, foi o melhor s**o da minha vida. Pessoas que não me conhecem e começam a ter raiva de mim tem potencial de cama. - Maluca - Suspiro e saio dali.
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