CAPÍTULO 1

1918 Words
ELLEN COLIN Tenho o emprego dos sonhos, sou formada na profissão mais cabeluda do século, sendo muito conceituada pelas bombas que faço no pôster online, ganhando meu mísero salário e vivendo perigosamente. Por que perigosamente, Ellen Colin? Vejamos, depois de uma semana vasculhando a vida de William Keller, bem, eu me considero uma pessoa perigosa para a sociedade, nem o FBI consegue chegar aos meus pés, consegui a vida dele desde que saiu da barriga de uma mulher, onde depois do nascimento morreu por compilação no parto ou algo do gênero, embora tivesse uma lacuna nesse ponto, mas, onde o garoto foi colocado aos cuidados do pai, engenheiro famoso e casado, sendo criado por uma madrasta e pelo pai, comendo caviar durante uma vida toda e se tornando o maior nome das finanças Keller e da cidade, fechando negócios milionários por todos os lados. O cara cagava dinheiro e se limpava com o mesmo, se ligar para nada e ninguém. A história dele já começa com treta, porque o pai dele era casado e se envolveu com uma mulher. Tadinho, até posso dizer sobre superação. Órfão de mãe e blá, blá! Mas eu sou jornalista, lido com fatos e o que eu procuro é cabeludo, por trás de William Keller tem muita coisa, desde as festas e as mulheres, desde os negócios e o álcool puro, tipo 51 na veia. Esse caso eu apelidei de Caso Princeso, por se tratar de alguém intocável, maravilhosamente gostoso e logo, temperamento forte. Temperamento forte. Esse é o ponto de perigo gritante nele. Duas passagem na polícia por agressão e duas por ameaça, claro, fora as multas por velocidade que contam pontos na carteira. Inconsequente. Mas, por se tratar dele, ninguém liga, só estão ligando para o rosto bonito de barba feita, o nome e o dinheiro. Pra que saber disso tudo, em dona Ellen? Entramos no quesito que eu preciso, preciso investigar ele e tirar ele dá fortaleza dele, fazer ele me dizer se engravidou a filha do senador e se foi ele que pediu o aborto da criança que a garota carregava, sendo essa informação vazada semanas depois e causando pandemônio na cidade e nos tabloides. Parece difícil? Ele parece ser um ** de pessoa e ser humano? Eu sei que sim, mas é aí que eu entro, sou Ellen Colin, representante da coluna central online, que modifica o nome e usa o anonimato perfeitamente bem. Ninguém sabe que sou eu. Mas sou eu por trás da Srta. Morningstar, jornalista influente da coluna. A melhor faceta de uma jornalista é a imagem, eu tenho duas. Uma é que eu dou para escrever as matérias. Outra para buscar o conteúdo das matérias. Como agora. E por isso que estou parada em um cruzamento, no meio de uma ligação, esperando uma única confirmação para que tudo aconteça, como sempre vai acontecer. Eu fecho os olhos e escuto a voz da rainha, enquanto desligo o som do carro. Ninguém ultrapassa a voz da grande Celine Dion. Nunca. Foco no meu trabalho. - O carro é muito grande? - A voz masculina e fina me faz suspirar. - Sim, grande Rick, por que? - Então ele dá uma gargalhada no outro lado da linha. Uma gargalhada de deboche. - Pego meu pagamento depois - Tem uma pausa. - Dez segundos até você, boa sorte. Desligo e ligo o carro rápida, então eu respiro fundo e começo. - Um, dois, três - Ajeito o cabelo preto de fios longos e finos. - Quatro, cinco, seis - Arrumo os óculos novamente, pela milésima vez. Isso sempre me deixa nervosa. E a segunda vez que uso essa estratégia de aproximação. - Sete, oito, nove... Eu deslizo o meu pé no acelerador e viro o volante, no segundo seguinte eu sinto o impacto lateral e começo o meu trabalho, vejo o carro preto parado e o grande amassado. Primeiro passo, perfeito. Fico parada e me mexo, quando noto a montanha que desce do carro com a mão na cabeça, pálido e sem muita reação. Só aí entendo os tabloides alheios que fala da beleza, desço do carro e baixo o olhar, porque agora é hora do teatro. Ah, sou quase uma artista de cinema. Minha aproximação com peixe grande começa assim, um jornalista sempre da tudo dele para a matéria. E agora é a vez de William. E não, não acho que vai ser fácil, nunca é, meu carro está com um amassado e o homem cai seu olhar em mim. Deus, se tu existe, manda água antecipadamente que o negócio vai ficar difícil. - Você ficou maluca? Não viu a p***a do cruzamento, não te ensinaram a olhar por onde anda! - Opa! Aquilo me faz entender muita coisa, então eu me irrito pela ousadia da fala alta e fico ao mesmo tempo motivada. Quem aguenta isso? Outros, porque cavalo se trata a redias curtas. - Escuta aqui, foi o senhor que fez isso, olha para o meu carro, olha para a porta - Falo e vejo o olhar dele, que está no carro cinza e no preto, que parece um demônio de quatro rodas. Eu me passo pela sonsa cínica. - Como vou trabalhar com ele assim, eu não posso perder o emprego, não posso! - Tá legal, chega - A voz dele me corta, enquanto ele olha para o lado e vê os olhares de poucas pessoas e a rua parada. - Vamos resolver isso, senhorita...? Essa é minha deixa. Vocês acham que eu iria machucar o meu carro por nada? Além disso homens como ele são práticos, ligando no ponto das multas, ele vai pagar o concerto para evitar a polícia e porque ele também pode fazer isso. Você sempre tem que pensar primeiro que um homem, porque se não fizer isso, ele fica por cima. Não sou mulher de ficar por baixo de homem. Muito aproveitadora? Provavelmente. - Colin, Ellen Colin - A atenção dele fica integral, desce o olhar descontente para baixo, vejo o olhar predador nas minhas pernas e sobe até chegar nos s***s e parar no meu rosto. Como todos os outros antes dele fizeram. Ele olha para o meu rosto, diretamente para os meus olhos e eu olho para os olhos dele, são duas bolinhas negras e parecem bravas e inconstantes. Nunca me perguntei o que eu tinha que atraia tanto os homens, até no outono do ano passado que me disseram que eu tinha jeito de ser inocente. O que eu concordei. Quer tara maior que a inocência de uma mulher, toda calminha e com cara de nerd? Com um óculos na cara e bochechas bonitas e um cabelo grande? Infelizmente eu estava no padrão de todos. No colégio me chamavam de gostosa branquela, já repararam que é na escola que os meninos fazem as piores cantadas e querem comer de tudo? Embora que, como disse uma amiga, o polegar da mão era muitas vezes maior que o próprio pênis pequeno e enrugado. Eu odiava os garotos na minha época. Eram nojentos. Imaturos. Por isso que sempre gostei de homens mais velhos. Eu era como cupim, adorava uma madeira velha, mas só as vezes. Uma casa poderia estar pegando fogo, se um homem visse uma mulher bonita ele iria olhar para ela de qualquer forma. Isso serve para todos os homens. Todos. Menos os homens cegos, esse não olham não. - Não se preocupe, farei o reparo da batida, você sente alguma coisa? Tontura? Ou algo do género, pela batida? Viram? Um passo na frente deles. Eu coloco a mão no rosto, volto a fazer o drama. Era minha deixa agora. Tinha que atuar até na cara de triste, o que não era nenhum pouco difícil. Me aproximar dele era como me aproximar da verdade, do Keller e da minha matéria. - O que eu vou fazer agora, meu pai amado - Eu até esboço o brilho nos olhos por lágrimas falsas. - Olha para isso, eu ganhei do meu pai, meu pai vai ficar decepcionado. Mentira, eu nem tinha pai. Mas ele sabia? Não. Não sabia. - Eu já disse que vou arrumar tudo, vêm, eu levo você pra casa ou trabalho - Ele faz uma leve pausa. - Eu peço para um dos meus homens buscar o carro agora para não ter polícia, tudo bem? - Fico parada, olhando para o carro com cara de cachorro sem dono. - Você me ouvi? Vêm, te levo pra onde você tem que ir. - Não precisa - Ele se aproxima. E um homem de quase dois metros de altura, tem braços enormes e um ombro largo. Tem a pele branca e a barba por toda a mandíbula. Gostoso. Eu pegava. - Vamos - A mão dele toca meu braço e me puxa, sem delicadeza nenhum, enquanto sua outra mão puxa o iphone, eu suspiro fundo, nessa hora que o feroz entra no controle. Eu deixo ele pensar que me controla. Sinto o cheiro do perfume, suspiro devagar o cheiro forte e olho para o terno três peça e o rosto quadrado e de barba cerrada que cobre toda a mandíbula e o nariz pontuado. Para Ellen, trabalho, trabalho s****a, trabalho com T de t***o. Eu me movo e tempo puxar meu braço. Só pra me fazer de difícil e moça inocente que não entra no carro de estranhos. Mamãe não deixa. - Da para me soltar - Ele me ignora e abre a porta, enquanto termina de falar no celular e se vira. - Estava me apertando. - Entra - Eu olho para o rosto dele. - Agora. - Melhor não. - c*****o mulher, anda logo e entra nesse carro. - Mude o jeito que fala comigo, você bate no meu carro e agora vêm com falta de educação? - Ele revira os olhos... eu odeio quando fazem isso comigo. - Você revirou os olhos pra mim? Seu grande... - i****a, já sei desses adjetivos - Ele sorri, vejo a fileira de dentes brancos. Que abusado. - A chave está no carro? Dois muitos para um dos meus homens chegar e tirar ele daí - Eu entro no carro e sinto o couro do banco gelado nas minhas pernas. Faz cócegas. - Primeiro, eu iria te chamar de grande energúmeno, segundo, a chave está no carro, terceiro, só me tira daqui, meu dia está tão r**m, só falta chover ou o meu apartamento pegar fogo cara, meu chefe brigou comigo, minha mãe está péssima, minha vida está uma d***a. Eu suspiro fundo e vejo o olhar dele pra mim, sem saber o que fazer. Eles nunca sabem. - Tá legal, fica tranquila, vou levar você pra casa. Tem uma coisa que homens também gostam. Mulheres carentes e que precisa de cuidados e atenção. Eles adoram. E parece que William Keller não é diferente. O que me deixa dentro dele fácil, embora o jeito dele pode ser difícil para que faça ele falar. Temos trinta e sete minutos exatos dentro de um carro sozinhos. Ele nunca me daria essa oportunidade se soubesse que sou uma jornalista. Criem suas oportunidades. Tudo como eu planejei. Sou louca? Provavelmente. Se eu ligo? Não. COMEÇAMOS ESSE ROMANCE ADULTO MARAVILHOSO!!!!!! VAMOS NESSA! AVISO - Mais um capítulo fresquinho (finalmenteeee), para ficar por dentro adicione o livro na biblioteca, comente sempre nos capítulos para eu poder saber o que vocês acham e deixe o seu voto maravilhoso ou me sigam para receber novidades e atualizações. Até amanhã com mais um capítulo. Att, Amanda Oliveira, amo-te.
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