📓 NARRADO POR MANUELA SANTANA Fiquei olhando pra Ana, até que uma ideia atravessou minha cabeça como raio. Daquelas que não pedem licença só chegam e já fazem bagunça. — “Sabe o que a gente podia fazer hoje?” — comecei, sorrindo travessa. — “Se arrumar. Ficar bem sexy, pra deixar os homens do morro doidos. Só de raiva.” Ana arqueou a sobrancelha, fingindo surpresa. — “Homens do morro doidos? Tu quer é guerra civil.” — “Guerra, nada. Quero diversão.” — respondi, rindo. — “Tu não acha que a gente merece ver o caos trabalhar um pouquinho por nós? O Miguel fica tenso, o Touro perde o rumo, e o resto do morro esquece até de respirar.” Ela soltou uma gargalhada gostosa, daquelas que enchem a casa de vida. — “Tu é perigosa, menina.” — “Sou prática.” — corrigi, piscando. — “Se o baile é hoj

