capitulo 59 Manu

1472 Words

📓 NARRADO POR MANUELA SANTANA Acordei com o barulho de panela batendo e alguém gritando no beco. O sol nem tinha subido direito e o morro já tava em ritmo de feira. E eu? De mau humor. Do tipo que dá vontade de sair gritando “me deixa em paz, desgraça!” pra qualquer um que respire perto. Sentei na cama, o cabelo uma bagunça, a cara pior ainda. O ventilador girando preguiçoso e o cheiro de café vindo da cozinha provavelmente do Miguel, porque ele acorda antes da luz. Revirei os olhos. Homem acorda cedo e acha que o mundo devia funcionar no mesmo ritmo que ele. Levantei, prendi o cabelo num coque torto e fui abrir a janela. A claridade me acertou como tapa. O morro já fervendo, os meninos da laje gritando, som de funk baixo vindo de algum barraco. Suspirei. Mais um dia no infer

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