capitulo 25

1545 Words

📓 NARRADO POR MIGUEL SANTANA O parque do morro tava do jeito que eu lembrava chão de terra batida, os brinquedos pintados de cores que o sol já tinha desbotado, e aquele cheiro de pipoca que se misturava ao som das gargalhadas. Manu correu antes mesmo que eu conseguisse sentar. — “Olha, maninho! O escorregador novo!” — ela gritou, subindo as escadinhas com a pressa de quem carrega o mundo nos pés pequenos. Sentei num banco de cimento, deixei o corpo relaxar e fiquei só observando. Criança tem um jeito de devolver paz pra quem esqueceu o que é respirar sem vigiar o próprio fôlego. Ela descia, subia, rodava no gira-gira e voltava correndo pra me contar o que o parque “novo” tinha como se o tempo tivesse mudado tudo, quando, na verdade, só ela tinha crescido. O sol batia no rosto dela

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