Capítulo 1 - INOCENTE/ ENGANADA

1027 Words
Mônica estava feliznpor finalmente estar formada. Tinha feito o Curso de seus sonhos, e agora já podia ser tratada como Doutora Mônica Santarém. Com muitos sonhos e planos, Mônica queria em primeiro lugar sair do controle de sua Avó e morar sozinha. Já tinha sido aceita como efetiva na Clínica dos Sete Anjos, e tinha uma semana para mudar ao seu novo apartamento. Ela arrumava as malas quando a porta foi aberta e Alice entrou sem ser convidada...Alice a chamava por seu segundo nome, pois sua filha também se chamava Mônica. - Patrícia? O que você pensa que está fazendo? - Oi Vovó. Eu estou arrumando as minhas coisas para ir embora daqui. - O Quê?! Nem penses em fazer isso. Eu não permito que você vá embora. - Não estou pedindo a sua permissão Vovó. Sou uma mulher adulta e recém formada. Já tenho um emprego e não tenho mais que depender da sua esmola. - Esmola? Eu eduquei você menina. Te dei tudo de bom e melhor. E você acha que é esmola? - Eu não acho. Tenho a certeza que é esmola. A Senhora nunca me amou. Nem sequer me chama pelo primeiro nome porque ele é o mesmo da minha mãe. - Cala a boca sua ingrata. - Não calo. A Senhora sempre me considerou culpada pela morte da minha mãe. Eu vivo 10 anos num orfanato. Eu nunca senti o calor da minha mãe. Nem mesmo conheço o rosto dela por fotografia. Por favor Vovó. Admita que nunca me amou. - Eu nunca fui boa a demonstrar os meus sentimentos. É claro que amo você. Por isso quero te dar um presente de aniversário. Mônica ficou surpresa por Alice ter lembrado do seu aniversário. - A Senhora lembrou que hoje é o meu aniversário? - É claro que sim. E para provar estou preparando uma festa para você. Convide quem você quiser. Este é o contato da empresa de buffet e da organizadora de eventos. Ligue e faça tudo do seu jeito. - Mas sendo hoje á noite o que posso fazer? - A festa não tem que ser hoje. Ainda estamos na quinta - feira. Podes marcar tudo para sábado. O que me dizes de termos uma trégua? Se ainda desejares ir embora depois da festa, eu prometo que não vou impedir. - Está bem. A festa será sábado. Vou convidar algumas amigas e amigos e ligarei á organizadora. Obrigada Vovó. - Nada por isso. Vou tratar do jantar . Por favor se arrume e fique bem bonita. Teremos um convidado. - Está bem. Desço em meia hora. Mônica organizou as suas coisas e fechou a mala. Ainda não tinha desistido de ir embora, mas daria á sua Avó a trégua até depois da sua festa. Olívia a governanta da casa foi bater a sua porta. - Mônica? Posso entrar? - Claro que sim Olívia. Está tudo bem? - Sim meu bem. A sua Avó mandou-me te avisar que o convidado chegou. - Quem é ele? - Matias Pedro de Molina. - Sério? O magnata dos hotéis, resorts, shoppings e outros empreendimentos? - Ele mesmo. Anda logo menina. O jantar será servido. Mônica estava linda. Não queria contrariar a sua Avó e desceu com Olívia.. Entrou na sala e viu um homem muito elegante falando com Alice. Ele levantou quando a viu e Mônica sorriu de forma educada. - Boa noite. Seja bem vindo Senhor Molina. - Obrigado. Você tornou-se uma linda mulher. Parabéns Alice. Nota - se que o gene da beleza está mesmo presente na sua família. - Obrigada Senhor. - Senta querida. Eu contei ao Matias que tu agora és Pediatra. - Sim é verdade. Adoro a ideia de cuidar de crianças e da saúde delas. Estou a realizar um sonho. - Que lindo. Eu tenho uma Vila Social. As famílias que lá moram são humildes e não podem pagar por consultas assim tão caras. Você aceitaria participar de uma feira da saúde para ajudar? Teremos profissionais de todas as áreas. Não serás a única, mas vai ser bom que estejas lá também. O que me dizes? - Nossa! Não esperava por isso. É claro que aceito o convite. Muito Obrigada. - Licença Senhora. O Jantar será servido agora. - Obrigada Olívia. Vamos jantar. E podemos falar sobre a feira de saúde. Mônica nem desconfiava que tudo era parte do plano de sua Avó para a fazer casar com Matias. Ele só tinha que parecer um homem bondoso e altruísta. Mas no fundo era controlador e machista ao ponto de manter uma mulher trancada em casa, saindo apenas quando ele assim desejasse. Na sua inocência, Mônica achou que ele era um homem de bom coração. Até o convidou para a sua festa de aniversário. Começou a confiar ele sem saber que estava a ser atraída para o ninho de um escorpião. - Que tal um café agora?...- Alice sugeriu. - Eu estou cansada Vovó. Gostaria de ir me deitar por favor. - Está bem querida. Descanse. Até amanhã. Quando ficaram sozinhos, Matias perguntou quando é que Mônica assinaria os papéis concordando casar com ele. - Tenha paciência Matias. Você tem que conquistar a confiança dela ou tudo vai dar muito errado. - Está certo. Saberei esperar. Vou dar á ela um excelente presente de aniversário. - Perfeito. Deixe ela confiar em ti. Não a afugentes. - Tudo bem. Vou tomar este café para tratar dos detalhes para o casamento. Lembra-te do nosso acordo Alice. Tem que ser em duas semanas. - E assim será. Eu sempre cumpro a minha palavra. E será que cumprirás com a tua? - Claro que sim. Receberás o cheque quando a tua neta tornar - se a Senhora Molina. Iludida com a possibilidade de ter uma relação melhor com a sua Avó, Mônica nem imaginava que estava apenas a ser manipulada para que a sua Avó não terminasse falida. A família Santarém estava á um passo de perder tudo, e lhes restaria apenas o sobrenome para manter as aparências. Como Mônica vai reagir quando souber que foi apenas vítima de um plano perverso de sua Avó? Seria capaz de a perdoar por isso?
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