Mateo Estou sentado na varanda. É tarde, mas o Owen acabou de voltar da cidade, então pensei em dar um tempo para ele descansar. Aquele café me animou bastante. Sinto como se tivesse sido jogado numa cerca elétrica e, por algum milagre, tivesse sobrevivido. Às vezes, essas missões não eram tão ruins assim. Ar fresco, paz e sossego, ninguém pra te encher o saco. Isso quase compensa o fato de haver alguém lá fora tentando matar a garota — e, de quebra, a gente também. Ouço a porta da frente se abrir com um leve rangido. Viro-me e vejo Owen, com uma expressão apreensiva. — Está tudo bem? — repito nosso mantra atual, tentando entender o que diabos está se passando com ele. — Acho que errei, Mateo — ele diz, passando a mão pela nuca. Está com aquela cara de quem sabe que fez besteira. —

