1.1

4935 Words
Julia narrando Em pouco tempo completaria um ano que eu saí do morro da Rocinha, que eu vi a minha vida toda ser transformada, arruinada e dilacerada. Eu queria ter falado tanta coisa para minha mãe, ter dito que perdoava ela, ter falado que amava ela. Hoje eu me vejo sozinha. Se eu soubesse que aquele dia seria a última vez que eu iria ver PH, eu teria insistido dele vir embora comigo. Muita coisa mudou da minha vida para cá, quando cheguei nos Estados Unidos eu descobri que estava grávida e essa foi a maior surpresa da minha vida, no começo eu achei que seria algo r**m mas com o passar das semanas eu entendi que meu filho era o meu recomeço. Eu cresci no morro da Rocinha, minha mãe era Fernanda e o braço direito do morro, meu pai se chamava Antonio e vinha nos visitar de vez em quando, quando criança eu ainda convivi com meu irmão Kaio que abusava de mim quando minha mãe estava fora, depois que contei para o meu pai, que tive coragem de contar que ele me machucava, eu nunca mais soube dele até que ele volto para nossas vidas como Policial. Meu pai faleceu a alguns anos atrás e minha mãe que sempre foi uma pessoa super protetora e amarga ao mesmo tempo, ficou ainda pior. Nesse tempo eu me aproximei de Pedro Henrique o sub dono do morro, Ph. A gente se apaixonou e vivia um romance escondido de todos porque se minha mãe soubesse ela era capaz de me mandar para longe do morro, a gente tinha tantos planos juntos... De se casar, ter filhos, uma casa, viver o resto da vida juntos.. Mas, quando chegou a hora de nos fugir e ser feliz, Ph deu para trás e escolheu o seu morro, e quando eu tomei coragem para fugir, horas depois eu descobri a morte de todos, do Ph, da minha mãe , Maria Luiza. Malu foi a única pessoa que eu consegui me aproximar para ter uma amizade, no final descobri que ela foi usada por Kaio, me afastei dela e ela também foi morta. Ai eu descobri que ela era minha irmã por parte de pai, por isso a gente tinha tanta i********e, por isso que a gente contava tudo uma para outra que a gente tinha confiança uma pela outra. Eu sinto falta de todos e daria a minha vida para ter a minha vida de volta, mas com o meu filho junto. Eu embarquei em um navio sem rumo e conheci Maiara, que virou a única pessoa que eu tinha na minha vida que eu poderia contar, descobri a gravidez e ela me deu todo seu apoio, ela era madrinha do Pedro Henrique, que era um nenê lindo cheio de saúde que levava o mesmo nome do seu pai e que era super parecido com ele. - Minha mãe está vindo para cá – Maiara fala. - Você não parece está feliz – eu comento – faz tempo que vocês não se ver. - É – ela fala – mas sei lá agora do nada ela querer vir para cá me visitar, é estranho – ela se aproxima do Ph e sorri – ele é tão lindo dormindo. - Graças a Deus ele é calmo – eu sorrio – assim consigo fazer meus cursos. Tenho medo que daqui a pouco acabe o dinheiro e eu não tenha um trabalho. - Calma – ela fala – você tem bastante dinheiro e se por acaso isso acontecer, eu estou aqui você não está sozinha. - As vezes me sinto um fardo na sua vida – eu falo – eu e Ph. - Meu afilhado é tudo na minha vida, assim como você que parece ser alguém da minha família – ela fala sorrindo – eu prefiro mil vezes ter vocês do que a minha mãe aqui. Eu sorrio para ela. As coisas não foram fáceis para mim, me acostumar com tudo isso , tantas coisas novas, sentimentos, sensações, cidade, pessoas. Andar sozinha pela primeira vez, eu ainda não sei como consegui superar tudo, quer dizer eu não superei, eu convivo com a dor enorme que eu sinto todos os dias, por ter perdido todos sem me despedir. Pedro resmunga e eu fecho meu notbook me aproximando dele, um sorriso nasce em meu rosto quando ele abre os seus olhos e abre um pequeno sorriso demonstrando as mesmas covinhas de PH. - Eu queria você aqui para ver nosso filho – eu falo deixando uma lagrima descer. Ph narrando Ver a dor de Maria Luiza me fez pensar em Julia, em como ela se sentiu quando teve a noticia da falsa morte, eu me arrependo muito em ter aprovado o plano de Rd e ter feito que a nossa morte misteriosamente fosse revelada ao mundo, sendo que ela era falsa. Julia sozinha dentro de um navio, indo para algum lugar do mundo, eu não sei ela desceu no destino do navio, para onde foi depois disso. Parece quie tudo que eu fazia para encontrar ela, não valia de nada. Não tinha registro sobre ela. Eu encaro Rd que encarava em silencio Maria Luiza chorando ajoelhada no lado de fora da casa, era dolorido de mais ver essa cena toda, ver onde tudo isso levou. Levou ao nossos fracasso. Onde em questão de um ano e alguns meses a gente perdeu , a gente errou e fracassou. Nós fracassamos e precisamos admitir isso, nem sempre a gente ganha mas não era fácil admitir a nos mesmo que perdemos tantas pessoas em nossas vidas por causa de um ego tão grande em querer tudo ao mesmo tempo. Eu perdi a mulher que eu amo, a única que amei na minha vida por causa do meu ego de querer ficar no morro, pela fantasia de achar que isso aqui era o meu mundo. E que eu precisava da Rocinha para viver e na verdade a Rocinha me daria o mesmo destino de Fernanda, Jk, Ana e os outros a morte. Esse era o nosso destino, a morte. Se não fosse aqui fora, seria dentro da cadeia e quando a nossa hora chegar, quando um inimigo mais forte e esperto atravessar nosso caminho, não teria o que fazer. Eu olho para Rd e vejo ele pensativo, porque ele sabe que a partir de agora tudo poderia dar errado, a gente retornaria para Rocinha com muita incerteza. Apenas que a gente teria que seguir firme e forte com o nosso plano e tentar sobreviver a tudo. Se iria dar errado? Se alguém iria descobrir e se mais alguém iria morrer? A gente iria ter que conviver com essa incerteza. Agora a gente retornaria para o morro da rocinha mais fracos e mais fortes ao mesmo tempo, com rumo e sem rumo, com certeza e incertezas na nossa cabeça. A gente retornaria para o morro da rocinha vendo o sofrimento de Maria Luiza e eu voltaria imaginando o sofrimento de Julia. E eu voltaria para o morro da rocinha com único sentimento, o de fracasso! Porque a morte ou a vida nesse momento, era algo de fracasso! Capítulo 2 Ph narrando Desde a falsa morte do Perigo, alguns meses se passaram, Rd nem imagina que naquela noite eu e Bn tiramos Perigo vivo daquela casa e não morto. - Tem alguém te ligando – Rosa fala. - Eu já volto – eu pego o celular na mão. - Porque não fala aqui? – ela pergunta - Porque é confidencial Rosa – eu respondo para ela. Eu me afasto indo para fora. - Oi – eu falo vendo que era Perigo – O que aconteceu? - Entrei no complexo da maré – ele fala. - Como? – eu pergunto – você invadiu? - É MEU p***a – ele grita – eu entrei e conquistei meu morro. - Seu maluco – eu falo – cara, você é louco. - Eu não poderia voltar para SantA Marta – ele fala - iriam me reconhecer e não quero atrapalhar Maria Luiza, ela está casada com Rd , não quero mais atrapalhar a vida dela. - E vai esconder sua identidade? – eu pergunto - Vou buscar uma alternativa – ele fala - Ph – Rosa me chama. - Preciso desligar – eu falo para ele e desligo. - Eu estou indo – ela fala – acho que você está ocupado. - Me desculpa Rosa – eu falo para ela – a gente se ver mais tarde. Rd deixou que o baile acontecesse hoje, podemos ir junto. - Preciso estudar para amanhã a minha prova do concurso – ela fala – estou animada para que passe. - Professora né? – eu pergunto - Sim – ela responde – Maria Luiza estava procurando professoras para ong, porque você não tenta conversar com ela? - Ela não vai muito com a minha cara por causa da Marisa – ela fala – você sabe disso. - Eu converso com a Malu – eu falo e ela se aproxima de mim – e ai te aviso para você ir lá falar com ela, Malu é legal. Tem aquela cara brava mas ela é legal. Ela sorri me encarando e me dar um beijo rápido. - Até depois – ela fala. - Eu te ligo – ela assente com a cabeça. Eu e Rosa estamos ficando, não era nada sério, mas até que ela era legal, amor amor mesmo eu só senti por uma única pessoa e eu deixei ela ir para ela ser feliz. Eu sempre soube que Julia queria ir embora do morro, eu fui fraco, i****a por não ter ido com ela, agora parece que não tinha como voltar atrás. - Ph – Malu fala quando eu entro na ong - Tio – Joana fala correndo até mim com seus passos atrapalhados. - Gordinha e consegue correr assim, vai cair um tombo – eu falo pegando Joana no colo. - Passear – ela fala sorrindo e apontando para porta. - Ela ama passear com você. Porque será né? – Malu pergunta. Malu nem imagina que eu levo ela para ver o pai dela todos os dias quase. - Aquela Maiara respondeu algo? – eu pergunto para ela. - Não, na verdade eu não consigo mais achar ela em nenhuma rede social e atráves de nenhum outro celular – eu falo – ela apagou o i********:. - Julia não quer contato com nós – eu falo – agora que sabe a verdade deve está com mais raiva ainda. - Eu sinto muito Pedro Henrique – Malu fala e eu a encaro – eu queria muito que ela tivesse respondido a gente. Eu sinto muito falta da Julia também, ela é minha irmã, você tem noção disso? Eu queria ter feito tanta coisa diferente. Eu apenas assinto com a cabeça. - Eu errei com ela – eu falo – eu errei quando deixei ela ir sozinha, quando fiz ela achar que todos nós estava morto. Por não ter escutado Fernanda. - Se um dia ela voltar e ouvir você, eu tenho certeza que ela vai entender os motivos de todos nós – ela fala – principalmente o seu. - Bom – eu falo – eu vim falar com você sobre outra coisa também. - Claro, o que é? – ela pergunta - Rosa ela é professora você sabe né? – eu pergunto - Confesso que já me disseram algo sobre ela – ela diz. - Ela está tentando um concurso de prefeitura do Rio de Janeiro, só que você poderia colocar ela aqui na ong – eu falo e ela me encara. - Vocês realmente confiam nela depois de tudo que a Marisa fez? Ela é prima dela – Ela pergunta - Bn confia, disse que ela não tinha nada haver. E eu também acredito que não – eu falo – eu convivo com ela. - Tudo bem – Ela faz – se vocês todos confiam nela, porque eu não vou? – ela sorri – estou precisando de gente mesmo na ong, eu e Laura e as meninas só não estamos dando conta, manda ela vir falar comigo. - Valeu – Eu falo e Malu sorri. – Posso levar ela para passear mais tarde? – eu pergunto - Pode sim – Malu fala e eu sorrio. Perigo narrando É todo mundo achou que eu não iria aparecer mais por aquI, eu também achei que não. Na verdade tudo indicava é que Deus me queria morto, mas não foi bem assim que a história aconteceu. Olho Santa Marta do topo e abro um sorriso acendendo meu baseado, para está aqui vivo eu tive que abrir mão das coisas mais importante da minha vida, Maria Luiza e Joana, mas eu não me arrependo, porque abri mão delas para deixar elas viva, protegidas e felizes. Maria Luiza merecia ser feliz e encontrar um amor de verdade, a minha morte para ela foi a libertação que ela precisava, ela construiu sua vida, se casou com o homem que ela ama e ama ela e de longe eu fico observando a felicidade dois, confesso que queria esta no lugar de Rd mas estou feliz por eles, eu sei todos os meus erros e tudo que fiz contra ela. E teria continuado fazendo, se não tivesse sido a descoberta da gravidez da Joana e a probiição de Rd de encostar o dedo nela porque eu estava no morro dele. Eu fui injusto com ela. Quando eu entendi o plano de Kaio naquela tarde que ele invadiu o alemão e levou Maria Luiza com Joana, eu resolvi colocar um plano antigo em ação, um plano que meu pai me explicava desde pequeno que se algum dia alguém pegasse eu ou minha mãe, ele colocaria em ação esse plano. O plano de sumir do mapa, de fingir a morte. Eu entrei naquela casa sem saber como eu iria colocar o meu plano em ação, até que Kaio surgiu com a idéia de que Maria Luiza iria ter que me matar, ela não faria isso, Maria Luiza nunca matou uma mosca , mesmo eu tendo feito tão m*l a ela, ela não me mataria. Então eu atirei para não morrer, Mauro em sinais entendeu que eu tinha um plano e ele como nosso informante o tempo todo na policia, confirmou a minha morte enquanto eu fingia está desacordado. Quando Rd chegou, eu ainda estava vivo, mas Ph inssistiu que ele deveria ficar cuidando de Maria Luiza e que ele me tiraria dali, cortaram um dedo meu e deixaram ali para Malu achar que eu tinha morrido e que tinham sumido com meu corpo, no caminho eu fiz eles contarem a Rd que eu estava morto e que eles tinham descartado meu corpo, porque assim Rodrigo jamais acharia que eu estava vivo, cuidaria de Maria Luiza e ficaria com ela , viveriam o amor deles. Eu sei que Rd era esperto e que deveria desconfiar que eu estava vivo, até porque Ph já disse que Malu vive dizendo que entendeu o nosso plano e Malu também não é burra, ela conviveu comigo durante 5,6 anos e ela sempre soube decifrar os meus pensamentos. Agora eu era o dono do morro do complexo da maré e precisava fazer de tudo para esconder a minha identidade. Eu iria fazer isso para proteger a minha filha!!!! Capítulo 3 Marisa narrando Dizem que a vida pode ser injusta com a gente ou a gente pode fazer que ela se torne injusta. Qual caminho você seguiria para sua vida? O lado da razão ou do coração? Durante toda a viagem eu encarei Kaio e vim pensando em tudo que eu estava deixando para trás, conforme eu ia acompanhando no tbalet acoplado a poltrona os kilometros de distancia do Brasil e o quanto eu me aproximava do Estados Unidos, eu comecei a ficar apreeensiva e ver que eu deixei uma vida para trás. Uma vida que eu gostava, um relacionamento que era tranquilo e que no final eu acabei prejudicando pessoas que sempre quiseram o meu bem e que acreditavam na minha confiança e agora eu jamais poderia pisar os meus pés lá e muito menos ter a minha vida de volta. Será que realmente tudo valeu a pena? - Você está calada de mais minha irmã - Kaio fala. - Estou apenas pensativa - eu falo para ele. - Arrependida? - ele pergunta - Não - eu falo - e você está arrependido por ter deixado ela viva? - Maria Luiza? - ele pergunta e eu assinto com a cabeça - Eu nunca quis matar ela. - Porque? - eu pergunto para ele. - A minha vingança sempre foi contra ele e contra o pai dela - ele fala - Você destruiu a vida dela, vocÊ sabe disso? - eu pergunto - a forma que matou os pais dela, a forma que fez com que o Perigo morrese na frente dela. Eu não sei o que é pior Kaio. - Eu fiz o que era necessário - ele fala - você acha que eu também não sofri quando mataram elas? quando soube da morte da minha mãe? - A noss a mãe morreu pela pessoa que você acreditava confiar - eu falo para ele. - Não precisa me lembrar disso toda vez - ele fala nervoso. - Não quero mais discutir com você - eu falo para ele. E ele se mantém em silêncio sem falar mais nada, quando o avião pousa, eu me levanto e vejo que ele continua sentado. - Você não vai descer? - eu pergunto - Não - ele responde - eu vou continuar a minha viagem, boa sorte. - Para onde você vai? - eu pergunto - Eu não vou revelar - ele fala. - Eu quero ir para o luga rmais longe possivel e que ninguém nunca saiba onde eu estou. - Eu espero também que eu não te veja mais meu irmão porque toda vez que a gente se encontra, é para se vingar de alguém - ele fala. - Boa sorte com Maiara - ele fala - se por acaso um dia eu encontrar Julia, eu prometo que te avisol. - De coração mesmo - eu encaro ele - eu espero que você nunca encontre ela, porque ela não merece te ver novamente na frente dela. - Boa sorte - ele fala e eu apenas pego as minhas coisas e desço do avião. Tinha um carro me esperando e eu dispenso o motorista, eu saio do aeroporto e pego um táxi para ir até o endereço de Maiara, no caminho eu vou apreensiva e mexendo o tempo todo na minha aliança com Bn, eu queria pelo menos ter escrevido algo a ele, ter pedido perdão por tudo , eu sei que ele jamais me perdoaria, o que eu fiz foi algo imperdoável. Eu desço na frente da casa de Maiara e ando em passos lentos até a porta, eu respiro fundo sem saber qual seria a reação dela quando me ver, eu aperto a campanhia e quando a porta se abre eu levo um susto, não era Maiara. - Olá - Aquela moça do sorriso leve, com os cabelos pretos e os olhos verdes, com os mesmos traços de nossa mãe abre a porta, eu a encaro sem acreditar que era Julia na minha frente. Por mais que eu nunca tivesse visto ela pessoalmente, eu sempre acompanhei a sua vida através das fotos - Você deve ser a Marisa? - ela sorri. - Oi - eu respondo para ela sem acreditar que a minha irmã estava na minha frente - Sim, a mãe de Maiara. - Entra - ela fala sorrindo e eu entro dentro da casa lentamente - Maiara está no banho, Pedro vomitou ela toda. - eu sorrio - Perdão, Pedro é meu bebê de dois meses de vida, ele é tão lindo, vem conhecer - ela vai até o carrinho e eu me aproximo. - Uma criança linda - eu falo sorrindo - o nome dele é apenas Pedro? - eu pergunto. - Pedro Henrique - ela fala sorrindo - em homanagem ao pai dele que morreu antes de saber da gravidez. - Eu sinto muito - eu falo para ela. Eu encaro aquele menino que era a cara do Pedro Henrique, ele que sempre sofreu por ter deixado Julia ir embora e acreditar que ele estava morto, agora tinha um filho com ela e ele nem imaginava. Eu olho para Julia que pega seu bebÊ no colo e eu estava completamente paralisada e sem reação. Como o destino é algo incontrolavel, com tantas pessoas no mundo o caminho de Julia e Maiara se encontraram , elas que são tias e sobrinhas sem ao menos saber disso. - Mãe - Maiatra fala - achei que chegaria mais tarde. - Foi rapido o voo - eu digo sorrindo para ela. Ela me abraça forte e eu correspondo o seu abraço, o abraço de Maiara foi sincero e demonstrando amor. - Eu estava com saudades - ela fala. - Estou feliz de está aqui com você - eu respondo para ela. Eu nunca soube demonstrar muito os meus sentimentos até mesmo pela minha filha, eu me sento e Maiara serve algo para a gente comer e Julia o tempo todo com Ph ali. Elas só não descobriram a verdade ainda porque eu sempre protegi Maiara da minha família, ela não sabia sobre Kaio, apenas sabia que tinha uma tia Julia porque uma vez viu uma discussão minha com o pai dela, o pai dela também sempre me proibiu de falar da minha família, disse que eu deveria proteger a nossa filha e que se eu contasse a ela sobre todos, ele me afastaria dela para sempre. Assim eu fiz, eu escondi tudo e na verdade eu a protegi. Capítulo 4 Julia narrando - Ele é muito calmo – Marisa fala entrando na sala – se você quiser posso ficar com ele para você estudar. - Ah, eu ainda consigo auxiliar tudo – eu falo sorrindo para ela. - Mas, estou vendo que você está fazendo faculdade de Estética. Você pode fazer outros cursos junto, estou aqui o dia todo sem fazer nada – ela fala – não me custa nada cuidar de um nenê tão lindo como ele. - Eu não quero incomodar e nem abusar da sua boa vontade e ajuda – eu falo sorrindo. Maiara entra na sala. - Acho que você deveria aceitar – ela fala. – Você diz que quer tanto te ruma carreira, abrir sua estética. Quem sabe você fazendo outros cursos, ganha mais experiencia e na prática já conquiste as suas clientes? - Concordo com Maiara – Marisa fala – por mim não é abuso nenhum, eu vou adorar. Eu sorrio para elas. - Eu vou pensar, eu prometo que vou pensar com carinho – eu falo – não quero parecer que estou abusando, nada disso. - Você não vai esta não – Marisa fala – eu vejo você tão nova, com esse bebê lindo para criar, estudando, se esforçando. Isso é tão bonito, pensando no futuro para o seu filho – ela olha para Maiara – eu estou aqui e tem um curso aqui perto que está com várias vagas abertas, você deveria aproveitar. Eu sorrio para elas. - Podemos ir lá agora – Maiara fala – assim Pedro já pega um sol no rosto. - Eu vou buscar a minha bolsa então – eu falo. - Tem um café que eu quero ir – Marisa fala – podemos tomar um café depois. Eu sempre disse que Maiara era um anjo em minha vida, ela fez muita coisa por mim e continua fazendo, se não tivesse encontrado ela eu nem sei que rumo teria dado a minha vida e a vida de Pedro. Eu morria de medo de Kaio, eu não sei que fim ele deu , o que aconteceu com ele e onde ele continua, se ele ainda me procura, se ele ainda quer me fazer m*l. Por isso, voltar para o Brasil estava fora de qualquer cogitação. Maiara narrando - O que ouve? – Minha mãe fala depois que fico calada quando Julia entra para o quarto. - Julia te falou sobre a vida dela né? – eu pergunto - Sim, ela me disse sobre o morro, sua mãe – ela fala. - Eu recebi essa mensagem – eu falo abrindo o direct e mostrando a ela – eu não sei o que fazer. Minha mãe pega o celular. - Te enviaram quando isso? – ela pergunta - A alguns dias atrás mas eu vi só hoje de manhã – eu falo. - Você já contou a ela? – minha mãe pergunta. - Ainda não – eu respondo – Julia está tão bem e eles fizeram tão m*l a ela. Porém ela fala do pai do Pedrinho todos os dias. - Você quer a minha opnião minha filha? – minha mãe pergunta - Sua amiga está bem, está crescendo na vida, tem sonhos lindos, esta fazendo faculdade, a gente vai ajudar ela, apoiar e ela vai fazer os cursos, vai abrir uma estética e dar uma vida digna ao filho. Olha tudo que ela ganhou vindo para cá, e o que ela teria se tivesse ficado lá ? teria visto sua mãe morrer e ter participado de todas as guerras porque a gente não sabe porque eles se fingiram de morto, eu conheço mulheres de traficantes e sei que a vida não é fácil. Exclua tudo – minha mãe começa a excluir. - Mãe não – eu falo – mãe. - Fique fora das redes sociais – ela fala apagando até meu i********: – você quer prejudicar a sua amiga e seu afilhado? Se você quer então você continua – eu a encaro – você vai lá e conta a ela verdade. Julia começa a descer as escadas com sua bolsa. - Ai meu Deus estou animada já estou até levando o dinheiro para inscrição do curso – ela fala – não sei nem como agradecer ajuda de vocês, estou feliz em poder conquistar tudo isso. Minha mãe me encara e depois encaramos Julia. - Estou louca para fazer todos os procedimentos da mais nova clinica de estética – minha mãe fala para ela. Talvez a minha mãe tem razão, Julia está feliz e está conquistando muita coisa. A gente jamais abandonaria ela e eu estaria sempre ao seu lado apoiando. Eu devo querer a felicidade dela e o crescimento da minha amiga. Ficamos do lado de fora esperando que Julia se inscrevesse no curso lá dentro, minha mãe se aproxima de mim. - Pensou? – ela pergunta - Sim – eu respondo para ela. - Olha sua amiga conquistando o mundo – ela fala sorrindo. – Eu realmente conheço muita mulher de traficante, muita gente que se envolve com o bandido, e o destino é o mesmo minha filha, todas apanham, sofrem e quando são sequestrada por inimigos só Deus sabe o que pode acontecer. Julia é uma flor assim como você é, e o destino que eu não quero para você eu não quero para ela. Mesmo eu nunca ter sido a melhor mãe do mundo Maiara, eu amo você de mais. - Eu sei mãe, eu também te amo – eu falo. Eu olho para Pedrinho que sorria para as nuvens, o dia não estava quente, estava nublado e era bom para caminhar com ele, cada ida mais ele ficava esperto. Eu amava de mais o meu afilhado e a minha amiga. Julia era como se fosse uma irmã para mim e eu queria o bem dela e do Pedrinho. Marisa narrando Julia volta toda feliz por ter se inscrito no curso, nossa mãe não pode fazer muito por nós porque aquele homem nojento, velho aquele Antonio tirou ela de nós, mas ela queria fazer tudo diferente com Julia, queria tirar ela do morro, que ela estudasse e tivesse um futuro melhor. Mas tudo foi interrompido. Eu não iria dizer a Kaio que eu tinha descoberto o paradeiro dela e que ela estava com a gente, mas eu iria apoiar e ajudar a minha irmã a conquistar o mundo e principalmente ficar longe do morro. Porque se ela descobrisse que eles estão vivos, ela iria voltar para o Rio de Janeiro e automaticamente, Maiara também iria. E no Rio de Janeiro, dentro do morro eu era uma traidora e se alguém descobrisse isso, eles poderiam se vingar da minha filha por causa de mim e eu não queria colocar Maiara em Perigo por causa das minhas burradas. Capítulo 5 Malu narrando 2 anos depois....... 2 anos se passaram.... Joana está sentada na sala com a foto do Miguel na mão, como ela sempre fazia todas as manhãs beijando sua foto. - O papai - ela fala sorrindo para ele. Rodrigo e eu sempre deixamos ele bem presente dentro de nossa casa, até porque Joana era filha dele e a gente jamais impediria ela de ter ele como pai, mesmo que não fosse fisicamente, mas estaria aqui com ela em sentimento. - O resultado sai que horas? - Rodrigo pergunta descendo as escadas. - Eu ainda nem fiz o exame - eu falo para ele. - Ah, então faz logo - ele fala - faz de farmácoa. - Eu vou fazer de sangue que ai a gente já tem certeza - eu falo. - Vamos - ele fala - Você disse que não iria comigo - eu falo para ele. - Mas agora eu vou, quero ameaçar todo mundo e quero esse
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