O sub da Rocinha

2

- Mas agora eu vou, quero ameaçar todo mundo e quero esse exame em minutos - ele fala.

- Rodrigo - eu chamo atenção dele.

- Eu vou ficar falando com meu papai - Joana fala e a gente encara ela.

- Falando onde? - Rodrigo pergunta

- Na foto - ela fala rindo..

Eu encaro ele e ele me encara,

- Vamos - ele fala - vamos que quero saber logo se você tá gravida ou não.

- Você vai para boca, fumar tua maconha ficar bem de boa que eu vou fazer o exame - eu falo - você sabe que fica na expectativa ai dar negativo.

- Mas atrasou - ele fala

- Que nem as ultimas vezes - eu falo suspirando.

- Vamos ter fé - ele fala pegando na minha mão.

- Ola - Tia véia fala chegando

- Tiaaaaa - Joana fala correndo até ela.

- Nos já voltamos - eu falo

- Fica tranquila - ela fala.

Em dois anos já tivemos quatro alertas falso achando que era gravidez e na verdade era apenas mais um atraso menstrual, a gente queria muito um segundo filho e Rodrigo sonhava com isso, a gente queria tentar um menino para formar o casal mas se viesse a menina seria muito bem vinda. Porém, nesses dois anos não usamos presevativos e nem contraceptivos , fazia tabelas, tratamentos e nada. Acaba sendo frustrante para nós toda vez que a gente recebia o resultado de negativo , toda vez que eu tentava descobrir o porque engravidei de Joana e agora não consigo engravidar novamente.

Eu faço o exame de sangue e depois sobre ameaça do Roldrigo, o resultado sairia em meia hora.

- Calma - eu falo para ele.

- Estou calmo - ele fala - apenas quero saber o resultado. Mas, se por acaso der negativo está tudo bem - eu o encaro.

- Não vamos desistir, não é mesmo? - eu pergunto sorrindo

- Não - ele fala.

A gente estava vivendo uma das melhores fases da minha vida, eu concerteza estava, parece tudo tão calmo, tão tranquilo, alegre, eu estava feliz sem medo de nada. Esses dois anos ao lado de Rodrigo a gente viveu tantas loucuras, bailes, bebidas, maluquices, a gente era lembrado pelo nosso meme pelados na moto, a gente era feliz. Era isso que eu sempre sonhei para minha vida algo leve, um relacionamento leve, sem obrigação, sem nada. A gente apenas acordava e vivia.

Esses dois anos também estão sendo bem tranquilos no morro tanto aqui como na Rocinha, não tinha muitos conflitos nem mesmo com a policia, os negocios deles estão fluindo o que mantinha todos bem calmos e os moradores também.

O rádio de Rodrigo toca.

- Rd preciso de você aqui encima - Ph fala.

- Merda - ele fala.

- Vai lá e eu levo o resultado para abrir com vocÊ - eu falo e ele me encara - vai - ele me dar um beijo e resolve ir.

Ph era outro que estava seguindo com a sua vida agora, estava firme com a Rosa mas cada um na sua casa e não tinha assumido ela como fiel, mas estava feliz, pouco falava em Julia e parece que tinha tomado amor pela vida novamente. Nunca mais consegui achar nem Julia nem aquela amiga dela em lugar nenhum.

Bom... todos seguiram as suas vidas da maneira que conseguimos, levando as ferias em nossos corações e curando elas com esparadrapos feito de amor, eu sei que Julia está bem e deve está muito feliz, sei que Deus cuidou de que a vida dela fosse com muita benção.

- Maria Luiza - minha ginecologista me chama

- Flávia - eu sorrio

- Eu fiquei sabendo que vocÊ veio fazer mais um exame e peguei o resultado, será que podemos conversar? seu marido está aqui? - ela pergunta

- Não, ele saiu - eu falo.

- Então vem - ela fala.

Eu entro dentro do seu consultorio e seu tom de voz era preocupante e aquilo tinha me dado um pouco de medo.

- Está tudo bem? - eu pergunto

- Olha, deu mais uma vez negativo - ela fala - eu sei que estão tentando, nós ja fizemos exame em você diversas vezes, e você não tem problema nenhum. Tem uma filha linda e saudavel de três anos. eu preciso que você fale com seu marido e peça que ele faça um exame.

- Ele não irá fazer - eu falo - conheço ele.

- Bom - ela fala - o problema é com ele e não com você, se ele fizer o exame podemos administrar um tratamento e quem sabe consegue engravidar, mas se ele não fizer, será um desgaste emocional para vocês dois.

Eu olho para ela e sorrio fraco assentindo com a cabeça;

- Eu sinto muito pelo resultado - ela fala me entregando o exame fechado.

- Obrigada, eu irei falar com ele - eu respondo a ela.

Eu saio de dentro do posto de saúde do morro bem preocupada em encontrar Rodrigo, quando eu entro dentro da boca, eu encaro ele sentado contando um dinheiro com um vapor, ele manda o vapor sair.

- A médica me chamou para conversar - eu falo - deu negativo novamente.

- Ah - ele fala se levantando e me abraçando.

- Eu queria tanto esse bebê - eu falo sorrindo para ele.

- Está tudo bem - ele fala - quem sabe a gente não para de tentar e ai não ficamos tão ansiosso.

- Ela insiniou que você deveria fazer exame - eu falo - para saber se pode ter filhos - ele me encara - eu disse a ela que eu não sei se vocÊ faria.

- É claro que eu faço - ele fala - eu faço todos os exames possiveis que precisar. - eu sorrio para ele.

- É por isso que eu te amo - a gente se beija.

Capítulo 6

Ph narrando

Três anos se passaram desde a partida de Julia , dois anos atrás eu até tentei contato com ela, Malu achou ela, fomos atrás, mandamos mensagens contando toda a verdade e mesmo assim nunca mais tivemos noticias. Então eu respeitei a sua decisão de que ela não queria falar comigo, de não me ver nunca mais, porque eu tinha ferido totalmente o seu coração e todas as suas expectativas de ser feliz ao meu lado. Ela me pediu e me implorou que eu fosse embora com ela e eu não fui. A culpa toda era minha.

- Tá pensativo – Rd fala entrando

- E você não parece está feliz – eu falo para ele.

- O exame da Malu deu negativo – ele fala – agora a médica pediu para eu fazer os exames.

- E você vai? – eu pergunto

- Vou sim – ele fala – quero ver o que está acontecendo, o meu medo é que eu não possa ter filhos.

- Será? – eu pergunto

- Não sei. Bn uma vez esmagou meus testículos com os pés quando criança – ele fala.

- Nem me lembra – eu falo virando a cara – você gritava que nem maluco.

- Bom – ele fala – eu vou até o posto, qualquer coisa me avisa.

- Ok – eu falo para ele.

- Ah – ele fala – sua entrega – ele pega uma sacolinha e me chama – Bn mandou direto do alemão, jura que não foi roubado.

- Duvido – eu falo rindo

- Malu até hoje me cobra as alianças roubas da joalheria – ele fala

- Precisa comprar uma – eu falo

- E você mandou roubar a que vai dar para Rosa – ele fala

- É – eu respondo

- Ainda não está certo que quer assumir ela como fiel? – ele pergunta.

- Estou – eu respondo – Preciso seguir a minha vida.

- O baile vai ser top – ele fala.

Ele pega a sua arma, a chave da moto e sai da boca, eu fico ali jogado na poltrona olhando para o teto, abro a caixinha da aliança que daria a ela e fico olhando.

- Essa aliança era para você Julia – eu falo suspirando.

Rosa não era uma pessoa r**m, pelo ao contrário, ela era fechamento e eu aprendi a gostar dela. Ela me apoiava, estava do meu lado, se preocupava comigo e não reclamava de ficar no morro, disse que via a vida dela aqui dentro, ela nunca tocou no nome de Julia ou questionou o fato de eu ficar calado quando alguém mencionava o nome dela, ela me entendia e isso era suficiente.

Estamos juntos a dois anos já e ela já provou que era uma pessoa de confiança.

Eu saio para fora do morro vendo um caminhão chegar do lado do mato, era nossas entregas vindo direto do morro do alemão, Bn estava mandando muito bem comandando por lá, pelo menos tudo agora está em família.

Morro da rocinha com a gente, Morro do alemão com Bn, Complexo da maré e Santa marta nas mãos de Perigo, mas todo mundo acha que Santa Marta estava com a policia e o Complexo da Maré com Saul, que na verdade era o sub do Perigo, mas vida que segue e vamos ver até onde Perigo iria levar essa história.

- Tio – Joana fala de mão dadas com Rosa.

- Enquanto eu não trouxe ela até aqui ela não parou de incomodar a gente na ong – Rosa fala me dando um beijo e eu correspondo o seu beijo.

- Você me leva para passear – Joana fala.

- Vamos sim – eu falo – Pode deixar Rosa, diz a Malu que levo ela depois.

- Preciso voltar – Rosa fala – estou ajudando a Malu a preparar a festa das crianças.

- Depois conversamos - eu falo a ela que assente sorrindo.

- Até mais sua chata – Rosa fala para Joana que pula batendo as mãos.

- O que você quer em sua Perigosinha? – eu pergunto para Joana.

- Quero ver meu pai – ela fala bem baixinho.

- Você não pode deixar sua mãe descobrir – eu falo me abaixando até ela – nós temos um segredo lembra?

- Ele me disse que ia me dar um presente – ela fala.

- Final de semana eu te levo, ok? Foi o que combinamos – eu falo.

- E se eu te disser que é sábado você acredita? – ela pergunta sorrindo e piscando os olhos.

- É quarta feira dona Joana – eu falo – bora para aula, que você já tá atrasada.

Ela sai resmungando e batendo os pés, no caminho ainda come um sorvete antes de chegar na creche, mando uma mensagem para Malu avisando que coloquei ela na creche e Malu me agradece.

(..)

Bn encosta a moto na frente da boca e Rd estava subindo também.

- E ai – eu falo para Bn.

- Fiquei sabendo que vai assumir a Rosa no baile sábado – ele fala sorrindo – vou ficar sozinho.

- Você não foi convidado porque não queremos você drogando ninguém – eu falo rindo.

- Cala boca c*****o – ele fala – minha presença é vip precisa nem de convite. Já separei as coisinhas boas para Malu.

- Malu o c*****o – Rd fala descendo da moto – fica longe da minha mulher.

Começamos a rir.

- Agora – Bn fala – Pede para ela se ela sabe algo da Marisa.

- O que foi em? – Rd pergunta – tá com saudade da x9?

- Não não – ele fala – é um papo ai que quero saber, quando ver ela quero cobrar – ele se senta acendendo um baseado – soubesse a raiva que tenho dessa mulher depois de tudo que ela fez.

- Precisa ficar calmo – Rd fala.

- Ela já nem deve está no Brasil – eu falo – deve está em algum lugar do mundo junto daquele filho da p**a do Kaio.

- Esse é outro – Bn fala.

- Duvido que um dia ele apareça – Rd fala.

- E ai gostou da aliança? – Bn fala – roubei no mesmo lugar que peguei a da Malu e do Rd.

- Dono do complexo do alemão roubando joalheria – eu falo dando um peteleco nele – toma jeito c*****o.

- Sorte da Rosa que a Julia foi embora, só assim para ela virar primeira dama do sub – Bn fala rindo e eu encaro ele.

Capítulo 7

Julia narrando

No caminho para casa eu e Maiara vamos discutindo.

- Você não deveria ter me escondido mas vou te perdoar porque você vai comigo – eu falo.

- Eu fiquei sem saída – ela fala – sei lá, vendo você conquistar tanta coisa Julia e do nada, do nada tudo volta do seu passado. Pensa, agora você tem uma estética, uma carreira e se der algo errado, tem uma vida e para onde correr. Me perdoa.

Eu olho para ela e sorrio.

- Eu sei que você se preocupa comigo, você mais do que nunca sabe sobre toda a minha vida e sabe o quanto sofri, o quanto eu amo e odeio aquele lugar – eu falo – não ache que é fácil voltar para lá agora. Mas, eu quero ver Ph na minha frente e dizer o quanto eu amo ele.

- Eu sei que ele te ama e espero que vocês se acerte – ela diz. – mas, não podemos contar para minha mãe, precisamos arrumar uma desculpa.

- Vamos ficar uma semana no Brasil , em uma semanaa voltamos. Vamos comprar a passagem com a data de volta – eu falo para ela – podemos dizer que vamos fazer algum curso e vamos levar Pedro junto para aproveitar a viagem.

- É uma boa idéia – ela fala – mas ela vai desconfiar.

- É eu sei, vamos arrumar as malas, comprar as passagens e pensamos em algo – eu falo.

- A última alternativa é deixar uma carta e ir sem avisar ela – Maiara fala e eu a encaro.

- Eu não queria mentir para Marisa, ela é como uma mãe para mim – eu falo.

- Eu sei disso – ela fala – mas será necessário – eu a encaro e assinto.

Quando chegamos em casa, Marisa está com uma mala arrumada.

- Vai viajar tia? – Pedro pergunta – me leva junto. – ele já começa a pular envolta dele.

- Pedro Henrique – eu chamo atenção dele.

- É mãe, vai viajar? – Maiara pergunta para Marisa.

- Comprei um pacote de viagem com aquela minha amiga da academia, resolvemos comprar hoje. Vou para Maldivas e volto em dez dias – ela fala sorrindo – aproveitar a vida.

- Maldivas? – Maiara pergunta

- Faz muito bem Marisa – eu falo – você precisa mesmo, vai que encontre um novo amor e pare de chorar por aquele que você deixou no Brasil.

- Verdade – ela fala – se cuidem e me de noticias, vamos nos falar todos os dias. Beijos na tia meu amor – ela beija Pedro. – a tia vai te trazer vários presentes.

- Boa viagem mãe – Maiara fala.

- Boa viagem tia – eu falo.

Marisa era como uma mãe para mim, mas a viagem dela para Maldivas com uma amiga fez com que fosse uma porta de saída para nós, até porque se a gente falasse algo, ela não deixaria a gente ir.

- Comprou as passagens? – Maiara pergunta.

- Estou fazendo isso – eu falo para ela.

Meu coração está acelerado e até mesmo para digitar o número do cartão de credito do cartão eu estava me tremendo toda. Eu não sei se eu sentia raiva por eles terem me feito achar que todos estão mortos ou se realmente é apenas Maria Luiza que está viva, ou se eu estou tão ansiosa para rever todos, principalmente Pedro, para mostrar a ele nosso filho. Era um misto de sensação que era tão louco.

- Comprei – eu falo apertando o botão rapidamente e- agora só falta dar não autorizado.

- Compramos em vários cartões se for preciso – ela fala.

- Não, deu deu – eu falo – ai meu Deus.

- Vamos para o Brasil – ela fala me encarando.

- Vamos – eu falo sorrindo para ela.

Eu não era podre de rica, eu tinha dinheiro suficiente para manter minha estética e o meu filho, viajar para o Brasil não estava em meus planos, mas já tinha até comprado a passagem de volta e em uma semana eu voltaria, era essa a minha intenção até agora.

Marisa narrando

Kaio queria conversar comigo e queria vir para os Estados Unidos, e eu precisei achar uma forma dele não vir para cá e descobrir que Julia morava comigo, eu fui para Maldivas ao encontro dele onde ele estava.

Eu desço de um avião que pousa na água em um hotel bme bonito, com as cabanas em cima do mar e vou andando com a minha mala e de longe vejo aquele ser.

Ele está sem camisa, apenas de sunga, com um cigarro na boca e uma bebida na mãoo.

- Se você está nessa vida boa toda, porque quer tanto falar comigo? – eu pergunto para ele.

- Eu descobri uma coisa – ele fala – e precisava dividir com você – eu olho para ele – mas antes, deixa eu te apresentar o meu hotel.

- Você é dono desse lugar? – eu pergunto para ele.

- Sim – ele fala.

- O que você quer comigo? Fala – eu falo.

- Você arrecem chegou – ele fala sorrindo – vamos aproveitar a minha vida minha querida irmã.

- Cala boca seu filho da p**a – eu falo

- Tá sem paciência? – ele pergunta.

- Eu quero a verdade – eu falo para ele – eu quero saber o que aconteceu que você tanto queria falar comigo que era vida ou morte.

Ele sorri.

- Descobri algumas movimentações estranhas no Brasil – ele fala.

- Como assim? – eu pergunto

- Eu acho que Mauro estava me traindo – ele fala.

- Mauro seu parceiro da policia? – eu pergunto

- Sim, aquele filho da p**a mesmo – ele fala – Estou pensando em voltar para o Brasil.

- Quando? – eu pergunto

- Você vai comigo – ele fala e eu encaro ele – em um mês.

- Nem pensar, eu não volto para o Brasil – eu falo.

- Está com medo do Bn maninha? – ele diz sorrindo – achei que você era mais corajosa. – eu estreito os olhos para ele.

- Eu já disse que eu não volto para o Brasil e você sabe muito bem disso, porque está tentando forçar que eu volte? – eu pergunto – eu não quero mais, estou bem com a minha filha.

- Maiara foi criada pelo pai, nunca deu bola a ela e agora diz que quer ficar com ela – ele fala – leva ela junto, liga para Maiara e manda ela ir para o Brasil . Ela vai amar as praias cariocas.

- Você sabe que se Bn descobre que estou lá – eu falo.

- Você vai está comigo, eu dei fim no Perigo, você realmente acha que eles vão querer comprar briga? – ele pergunta.

- Por isso mesmo que eles vão querer Kaio – eu falo – porque você deu fim ao amigo deles, pode passar anos eles vão está com a boca com sede de vingança.

- Vamos aproveitar, nós temos um mês até voltar para o Brasil – ele fala – olha que lugar maravilhoso.

- Eu volto para os Estados Unidos – eu falo – e de lá vou para o Brasil.

- Você não vai fugir – ele fala.

- Eu quero me despedir da minha filha – eu falo.

- Em dez dias você vai para os Estados Unidos, até lá eu quero treinar você – ele fala – você precisa aprender a matar alguém. – eu o encaro.

- Matar? – eu pergunto

- Você nunca sabe quando vai ter que se vingar de alguém pela minha morte – Kaio fala sorrindo.

- E Rosa? – eu pergunto – ela ainda está no morro da rocinha?

- É isso que vou descobrir – Kaio fala – se ela ainda está por lá e se tiver , vamos ter todas as informações na nossa mão.

Ele não tinha me dito o que ele tinha descoberto e isso me dava medo. Kaio estava estranho de mais. Talvez manter ele longe dos Estados unidos era a única saída.

Capítulo 8

Ph narrando

Eu entro dentro do meu quarto e sinto o perfume de Rosa, ela está dormindo com a b***a para cima e eu abro um sorriso de canto para ela. Sua pele morena, sua marquinha do biquini, seu corpo todo moldado era realmente uma perdição.

Olho a hora e vejo que era 2h da manhã, estava de vigia hoje na boca e só tinha vindo para casa pegar a minha pistola que eu tinha esquecido, fecho a porta lentamente para que ela não acorde.

Eu volto para boca e encontro Rd na boca.

- O que foi? – eu pergunto

- Consigo dormir não – ele fala – vim adiantar as coisas para amanhã – ele fala mexendo em um bolo de dinheiro. – Despensei Jn.

- O que tá pegando? – eu pergunto para ele.

- Pensando ai nos exames que eu fiz – ele fala – e se eu não puder ter filho.

- Vocês tem a Joana – eu falo.

- Eu amo aquela pequena – ele diz sorrindo – mas a gente queria mais um pirralho.

- Ela pode fazer aquelas coisas de fertilização – eu falo – ou adotar.

Rd me encara.

- É – ele fala.

Jn entra correndo pela boca.

- Velho nem sabe o que aconteceu – ele fala.

- O que? – eu pergunto

- Jogaram o corpo do Mauro no mato – ele fala – Um vapor acabou de me avisar.

Nos saímos correndo e um Vapor trazia em um carrinnho de mão o corpo dele, sem um dedo.

- Que merda é essa – eu falo

- Quem foi que jogou o corpo dele ? – Rd pergunta.

- Não sabemos, encontramos fazendo a ronda – o vapor fala – não sabemos quanto tempo estava lá.

- Kaio – Rd fala – aquele filho da p**a voltou.

Eu olho para Mauro que está todo desfigurado e dou um chute no carrinho de mão, fazendo com que o corpo de Mauro caia no chão.

- Kaio – Rd fala – é o Kaio – ele olha o corpo – o dedo, está faltando um dedo, que nem Perigo – ele me olha.

- Vai saber se eles não pegaram o dedo para algo – eu falo.

- Você tem certeza que Perigo estava morto quando tiraram ele de dentro daquela casa? – Rd pergunta.

- Você mesmo disse para seguir o plano dele, enterramos o corpo dele em qualquer lugar. Você sabe que isso iria fazer as pessoas acreditarem que ele está vivo – eu falo para ele que me encara desconfiado.

- Aquele filho da p**a voltou – ele fala.

- Nós temos outros informantes, podemos tentar essa informação – eu falo e Rd encara o corpo de Mauro.

- Manda dar para os porcos comerem – Rd fala – eu vou para casa.

Ele fala andando sem falar nada para mim, Jn me encara e eu apenas assinto com a cabeça que era para fazer o que o Rd tinha mandado. Eu entro para dentro da boca.

- O que foi? – Perigo pergunta quando atende.

- Mandaram o corpo de Mauro para cá, toma cuidado. Kaio voltou – eu falo e desligo a chamada, antes que Rd volte do nada.

Eu disse para Perigo que a gente não iria poder ficar assim para o resto da vida e que uma hora ele iria ter que voltar, iria ter que dizer que está vivo.

Eu durmo sentado na boca e acordo com Rosa me sacudindo.

- ei – ela fala e eu abro os meus olhos – fiquei preocupada você não voltou agora de manhã.

- Que horas são? – eu pergunto

- 8h – ela fala. – eu trouxe seu café.

- Obrigado – eu falo para ela que me encara.

- Está tudo bem ? – ela pergunta.

- Não – eu respondo – encontramos o corpo do Mauro.

- Ele não era policial? – ela pergunta

- Sim – eu respondo – estamos achando que Kaio voltou – ela me encara estreitando os olhos.

- Como vocês tem tanta certeza disso? – ela pergunta.

- Para mandar ele morto, só pode ter sido Kaio – eu respondo para ela que me encara.

- Eu preciso ir para ong – ela fala.

- Hoje tem baile – eu falo para ela – não esquece de está pronta.

- Eu vou está – ela fala sorrindo e se aproxima de mim me dando um beijo. – até a noite.

Ela sai de dentro da boca e eu passo a mão pelo rosto, Rd entra dentro da boca junto de Bn.

- Ganhando cafezinho, vou ter que reclamar com a Malu – Rd fala.

- Kaio não voltou – Bn fala – se é isso que você ia abrir a boca para perguntar.

- Obrigado – eu falo. – a morte de Mauro é preocupante. É melhor cancelar o baile.

- Tá querendo fugir do pedido? – Bn fala – nem pensar, já trouxe tudo que eu precisava para hoje a noite.

- Mauro deve ter aberto a boca para alguém – Rd fala – ou alguém dentro da delegacia quer ficar grande e descobriu sobre ele, de qualquer forma ele foi queima de arquivo. Perdemos um grande aliado.

- O que vamos fazer agora? – eu pergunto

- Por enquanto ficar de olho em todas as informações que recebemos , é o melhor a fazer – Rd fala.

Rosa narrando

Não, aquele filho da p**a não poderia voltar!!!

Eu sei que eu entrei dentro do morro como sua informante, mas eu não queria fazer m*l para ninguém aqui dentro, apenas queria dinheiro para manter o meu pai em uma clínica psiquiátrica, nada mais. Depois eu fui me apegando a cada um aqui dentro e principalmente a Ph, Kaio não voltaria para minha vida e destruiria meu relacionamento com Ph.

- Rosa está pensativa – Malu fala.

- Estou querendo que tudo saia perfeito para as crianças – eu respondo sorrindo.

- Você vai ao baile hoje? – ela pergunta.

- Sim, Ph já me mandou ficar pronta – eu falo sorrindo.

- Vocês dois estão super bens, fico feliz – Malu fala.

- Talvez ele esteja esquecendo a Julia – eu falo.

- Não deveria pensar nela – Malu fala – ela está bem, seguindo a vida dela.

- Então nada mais justo que Ph seguir a dele comigo – eu falo para ela.

- Sim, é claro que sim – ela fala sorrindo – eu vou para casa ver Joana e depois mais tarde volto.

- Fica tranquila, eu cuido de tudo – eu falo

- Laura deve chegar mais tarde – ela fala e eu assinto.

- Espera – eu falo e Malu me encara – como é o nome da sua ginecologista mesmo no posto?

- Flavia – ela fala – porque?

- Preciso me consultar, obrigada – eu falo e ela me encara arqueando a sombrancelha. – Eu vi você comentando sobre a sua suspeita de gravidez.

- Deu negativo – ela responde – Preciso ir. – ela diz saindo.

Malu sai, ela nunca escondeu que preferia que Julia tivesse ao lado do Ph do que eu, ela me tratava bem e com muito respeito, mas conseguia ver nos olhos dela que ela queria Julia aqui e se Julia tivesse aqui eu não ficaria com Ph.

O problema é que eu gosto do Ph e não estava disposta abrir mão dele, então eu não me importo com o que eu tenha que fazer com quem se meter na nossa relação, independente quem seja essa pessoa que queira atrapalhar nosso relacionamento.

Eu me sinto enjoada e passo a mão na minha barriga, eu abro um sorriso, era no baile que contaria a surpresa para Ph.