Evelin Vanderbilt — Você demorou. — minha voz saiu baixa, embargada, enquanto eu piscava rápido, tentando conter as lágrimas. Mas elas ainda estavam ali, insistentes, presas na borda dos olhos como se bastasse um suspiro para caírem. Chris entrou no quarto em silêncio. Seus passos foram lentos até pararem diante de mim. Ele me olhou com uma calma devastadora, daquelas que desmontam até as muralhas que tentamos fingir que não existem. Seus olhos mergulharam nos meus como se enxergassem tudo e, de certo modo, enxergavam mesmo. — Você chorou? — ele perguntou, num sussurro. Sua voz tinha aquele tom que acaricia, que ampara, que afaga a dor sem pressa. Tentei sorrir, mas falhei. — Não… quer dizer… estou bem. — minha voz falhou. Era uma mentira frágil, e nós dois sabíamos disso. Chris não

