Evelin Vanderbilt Após Luciana sair da minha casa, eu fiquei totalmente perdida, sem entender o porquê ela tomou aquela atitude. Fiquei sentada em minha cama, segurando o ursinho de pelúcia, o mesmo que ela deixou. Foi estranho, sim, muito estranho, mas eu nem tive tempo de raciocinar. O silêncio parecia pesar no quarto, como se aquele simples gesto da minha sogra tivesse aberto uma janela para algo que eu nunca tinha visto: humanidade. Luciana… queria chorar. Não escancaradamente, mas havia dor ali. Nos olhos. No jeito apressado com que saiu. Na voz que falhou. Eu olhava para o ursinho, tentando encontrar alguma explicação escondida em suas costuras. Até que a porta se abriu com um clique suave. — Evelin? — a voz de Dayse soou calma, mas com um leve tom de curiosidade. Ela entrou de

