Um prova de amor - Parte 2

4619 Words
As sete e cinco Luna estava na porta. Ela estava usando um shortinho branco e um moletom folgado, sorriu ao ver Nicolas. Os dois subiram rapidamente para o quarto e o garoto trancou a porta; seus pais não estavam em casa e não voltariam tão cedo. Nicolas estava sem camisa, embora estar frio. Ele entrou nas cobertas da cama e se enrolou. Luna tirou o chinelo observando o quarto, a mesa de estudos estava toda bagunçada, tinha roupa no chão e o tênis do colégio estava no meio do quarto. Sem falar no que Nicolas lanchou a tarde: duas barrinhas de cereal e uma vitamina de banana. As embalagens e o copo sujo estavam na cômoda. A garota tirou o moletom e deixou em cima da cama, por baixo ela usava uma blusa lilás cheia de rendinhas nas mangas, era nova, comprou pela internet. O cabelo estava lavado, seco no secador, penteadinho, arrumadinho. Que merda, ela estava até com delineador.  O quarto estava todo bagunçado, receber Luna assim, significava desleixo ou i********e? A garota torceu para ser o segundo. Ficou parada esperando que Nicolas reparasse nela, quando ele olhou, ela sorriu e inclinou a cabeça para o lado. Ele deu de ombros e ela se sentiu i****a. Era só para dar um elogio, dizer que estava bonita. Desistiu e sentou na beira da cama e observou Nicolas; Luna estava mascando um chiclete, então jogou fora em uma folha de caderno. Nicolas fez sinal para que ela se aproximasse com um estralo de dedos e um ‘vem cá’. Luna engatinhou para ele, sem entender quais eram as intenções dele agora. Sentou próximo, esperando as instruções. – O que quer fazer? – Nicolas perguntou. – Poderíamos... – Luna sorriu encarando o colchão – Jogar uno e jogar conversa fora. – Nicolas fez careta, apanhou o controle da TV e ligou, a tela da Netflix iluminou o quarto. – Ah, você quis dizer... – no sexo? Ela não chegou a completar. Nicolas puxou a coberta, levantando para que Luna entrasse, ela entrou, ainda em dúvida. As instruções estavam confusas hoje. Nicolas estava passeando pelo catálogo da Netflix, assistindo ao trailer automático de The Witcher. Luna escorregou lentamente, deitando-se tão devagar, pensando que Nicolas não notaria a cabeça no peito dele, se encolheu no peito de Nicolas e, na velocidade da luz, jogou o braço para abraçá-lo. O moreno a lançou uma mirada, com um sorriso malvado no rosto. Luna não olhou para ele, estática como uma estátua. Prendendo a respiração. – Cadê o seu celular? – Nicolas perguntou. – No meu bolso. – Ela sussurrou. – Pegue. – Luna se encolheu no corpo de Nicolas, ele não costumava deixar que Luna o abraçasse. Ele deveria estar muito bem-humorado para deixar hoje. O moreno suspirou vendo que Luna não iria se mover e procurou em seus bolsos, achando no da frente. Ele sabia a senha. Primeiro conferiu o w******p novamente. Miguel mandou mensagens novas a tarde, fotos do cachorro e Luna disse que era fofo demais, falaram sobre o cachorro por 10 minutos e depois se despediram. Fora isso, estava deserto. A garota não estava esperando, Nicolas colocou o braço em torno dela, fechando o abraço. A garota sorriu, apertando-o. Em seguida, Nicolas checou o **, nunca tinha nada novo. Luna não era muito de redes sociais, mas Nicolas checava mesmo assim. Tinha apenas uma mensagem, uma de um indiano, que Luna não havia visto ainda, era em inglês e pedia uma foto. Nicolas bloqueou o perfil e saiu do aplicativo. Quando entrou no Word, ficou impressionado, eram vários arquivos, entrou em um que dizia "Loucos" e pôde rolar para baixo e simplesmente não acabava. – Qual você quer que eu leia? – Nicolas perguntou mostrando o celular. – Ah, você vai ler mesmo? – Luna suspirou levantando-se do peito de Nicolas, a cabeça levantada, o sorriso estampado, clicando no arquivo certo. Eram 19 páginas agora. – Você é tão legal, ninguém nunca leu. – O sorriso dela foi de orelha a orelha. – Eu escrevi a tarde, quatro páginas, fui produtiva. Nicolas observou a garota falar, ela não falava muito. Então estava surpreso por ela falar algo que não era uma resposta. Falando por vontade própria. – É sobre um grupo de amigos que são a escória da escola e a escória da família. Eles são bem únicos e... – Ela riu – Profundos. Esse não é o primeiro capítulo, então pode se sentir um pouco perdido. É um monólogo da Blue, ela é uma garota trans, que é apaixonada pelo melhor amigo e... Ele não a vê como uma garota e isso a deixa muito triste. Nicolas está passando o dedo pela tela, vendo as palavras infinitas e os parágrafos grandes. – Leia, leia. – O moreno voltou os olhos ao celular. Luna deitou-se no peito dele com um frenesi correndo pelo seu corpo. – Ah, não acredito que está lendo. – Ela tampou a boca, pensando em chorar por um instante – Eu passei, tipo, umas 9 horas dedicada a isso. Nicolas sorriu, se concentrou e Luna deitou em cima dele, com a cabeça em seu peito ouvindo o coração dele bater e decidida que era a melhor música de todas. Ela tentava se manter quieta, não queria interromper a leitura. Quando teria outra chance de mostrar os escritos? Nicolas bem-humorado era raro, uma vez no mês. Ela aproveitaria. Luna estava tensa hoje, ela teve uma ideia. Ela não estava prendendo a atenção de Nicolas o suficiente, por isso ele ainda estava dando bola para Evah, ela precisava mostrar que ele podia ter tudo com ela, precisava ser melhor. Ela viu ele rolando a tela rápido demais, não estava lendo de verdade, e sentiu-se culpada por isso. Que encontro era esse? Nicolas a chamava para sua casa e ela pedia que ele lesse 19 páginas? Era por isso que não gostava dela, Luna o entediava.  Continuava rolando a tela, às vezes lia, às vezes não, Luna tentou entender o que ele estava fazendo. Estava lendo os diálogos? Os diálogos e algumas palavras chaves, diria. Era a primeira vez que mostrava aquele escrito para alguém que conhecia… Era pedir demais que lesse tudo? A garota se levantou do colo dele, inquieta.  – Eu tenho uma ideia melhor. – Ele olhou para ela, que hesitou, deu uma olhada no quarto, engoliu em seco. – Podíamos tentar algo novo hoje. – Ele só ficou olhando, esperando ela terminar de falar, mas ela estava tensa. Achando a ideia um pouco loucura e não tinha certeza, se queria mesmo. Ela viu na internet que doía. – O quê? – Perguntou, depois da demora. A garota escondeu o rosto no pescoço dele e deu uma risada. – O quê, Luna?  – Poderíamos tentar atrás… – Sussurrou. O rosto dele vai de entediado para sacana.  – Quando?  – … Agora? – Ela disse sem jeito. O sorriso dele abriu, ele a puxou pela nuca para ele. A garota riu, quando ele começou a beijá-la. Estava deitado e daí se sentou puxando Luna para o seu colo. – Você fez o que tinha que fazer? – Perguntou. – O quê? – Ele parou por um momento, se afastou dela.  – O que, Luna? – Ela ficou na dúvida. – O que precisa ser feito para fazer anal?  – Ah sim, sim. Tudo ok.  – Eu tinha que perguntar… eu não duvidaria, se você dissesse que não sabia do que eu estava falando. – Ele riu, a derrubou deitada na cama. – Você é toda tontinha. Vai saber. – Ela teve a ideia de fazer anal. O que tem de tontinho nisso? A iniciativa foi dela. Ela estava progredindo. Não era mais a virgem inexperiente, só era a Luna. Toda tontinha. Sorriu para ele. Voltaram a se beijar. – Você lembra qual é a nossa palavra segura? – Ela assente. – Use palavras, Luna. – Lembro. – Quer incluir aquilo? – A morena leva um leve choque. Rindo de nervoso. Ele queria mais entretenimento. – Aquilo?  – Você sabe… – Sabia mesmo. Ela respirou fundo, seria melhor que Evah, Evah nunca, nunca faria nada assim, Nicolas iria perceber isso. Assentiu. – Quando quiser que eu pare, vai ter que falar. Não sussurrar, não pensar e esperar que eu adivinhe, não balbuciar, ou dizer em código Morse. Entendeu? — Nicolas diz próximo ao rosto de Luna. Ele solta uma risada. Coloca o celular na cama, interrompendo a leitura, é o último pensamento de Luna Nicolas reconheceria os limites dela sem precisar de uma palavra de segurança, achou gentil da parte dele de lembrar. Nicolas é gentil. Ele mudou os lados, girou Luna para a cama e ficou no topo. Nicolas, calmamente, e não mais que torturante, reclinou seu corpo até roçar seu nariz nas bochechas dela, sentindo o cheiro de sabonete em sua pele. Com os lábios entreabertos, roçou aquela maciez. Suspirou sobre ela, e Luna sorriu. Virou um pouco o rosto, tentando alcançar um beijo; no que Nicolas, de supetão, se afastou. Luna jogou os ombros, desviando o olhar para sua camisa, abaixo. Sentiu-se repreendida como uma criança que mexe com algo de vidro. Nicolas examinou-a friamente; sorriu quase que sem gosto. A mão se enfiou na saia dela, dedilhando a pele quente, brincando com o gelo que Luna sentia na boca do estômago.  Nicolas não deu nenhuma expressão de satisfação, desceu a mão até a saia, levantando e deixando o tecido cobrindo a barriga. A mão deslizou por entre as coxas devagar, ele não estava com pressa. Sua mão passeou por cima da calcinha levemente, os dedos suaves deslizando e ganhando pressão aos poucos, até que parou. Ele manteve a mão lá parada e desceu para beijar seu pescoço. Luna se arrepiou e a mão dele continuava a acariciar, puxou a calcinha para o lado e os dedos roçaram furtivamente. Só queria deixá-la ansiosa, queria que ela ficasse molhada sem que a tocasse realmente para se gabar depois, para dizer que Luna se excita só com uns beijinhos dele. Ela fechou os olhos, e Nicolas, finalmente, entrou com a mão por debaixo do tecido da calcinha. Levou sua boca até o lóbulo da garota, e mordiscou, sorrindo.          Nicolas foi até ela, puxando seu lábio inferior para si com os dentes e sons molhados ecoaram pelo quarto. Quando Luna tentou colocar sua língua no beijo, Nicolas negou, pescando novamente o lábio inferior da garota, beijando, primeiramente, e então mordeu, fazendo os lábios de Luna ficarem inchados, avermelhados.  Beijou a garota, mas isso porque ele quem queria, e não Luna. Nunca quando Luna queria. E levou dois dos seus dedos até a garota, para que ela chupasse. E chupou.  Luna provou seu próprio gosto, não era tão r**m, pensou. Nicolas afundou seu indicador e médio para que ela chupasse, e chupasse tudo. A dedou como queria fazer com seu p*u, fazendo luna se engasgar e comprimir os olhos e pressionar os lábios ao redor da base dos dedos de Nicolas. Ele afundou os dedos no começo da garganta da morena, que se arrepiou. O corpo agoniado. Nicolas próximo de si firme, sem deixá-la escapar. A mão de Nicolas agarrou o queixo de Luna, jogando para a cama, ela deitou contra a vontade, tendo Nicolas sobre ela.  O tapa que atingiu o rosto de Luna, jogou sua cabeça para o lado. Nicolas arrancou a blusinha lilás e por baixo ela estava usando um sutiã rosinha claro de renda. Tão meigo e delicado, fez Nicolas rir, pois a garota estava longe de ser uma garotinha fofa. Luna levantou as cotas do colchão para dar espaço a Nicolas tirar seu sutiã, ele estava com o rosto na altura dos s***s dela, quando tirou a peça e jogou para o lado. Tão lentamente, deslizando a língua até beijar a ponta, como um beijo de língua. Apertou o outro seio com a mão e subiu para ela.  A garota já estava como ele queria, abobalhada, com aquela carinha de boa menina. Nicolas a beijou e nada mais importava no mundo para Luna. Eram só eles dois. Nicolas foi até seu ouvido, enquanto abaixava a própria bermuda, que foi ao chão.  – Você é minha, não é? – Ele roçava seu m****o em sua entrada, apenas para deixá-la ansiosa, esperando por quando ele decidisse penetrá-la. Hoje, onde ele quisesse. Porque, ela era inteiramente dele. – Você é toda minha. – Sussurrou. Luna se entregava por completo, abaixo dele, arrepiada, esperando. Nicolas levou os lábios até seu pescoço, lambendo e deu uma mordida. Uma dor fina fez a garota gemer soprado e Nicolas sorriu.  – Diga que é minha.              – Sou sua… – Sussurrou. Se afastou e deitou ao lado dela, que rapidamente se levantou, sabendo o que ele queria e se abaixou na altura de sua cintura. Nicolas roçou o m****o nos lábios da garota, e então, sem aviso, enfiou de uma vez nos lábios entreabertos de Luna, forte e direto. Luna fechou os olhos, pairando as mãos sobre as coxas de Nicolas, enquanto se engasgava. Vai até o talo e ela engasga, sem chance de se recompor, Nicolas não deixa. A morena está lacrimejando e Nicolas aprecia essa visão, aproveitaria cada lágrima que escapasse. Era uma visão admirável. A baixinha abaixada, sofrendo por ele.  Ela não imaginava o quanto Nicolas poderia ir adiante, o quanto, em todas às vezes, ele apertava o freio para não assustá-la. Só poderia ser ingênua, era o que Nicolas pensava e esse pensamento o deixava mais duro. Luna não sabia onde estava se metendo. Assistindo Luna aplicada em o satisfazer, sem se preocupar consigo mesma. Ele quase sentia culpa. Em dúvida, se era para agradá-lo ou se ela era tão masoquista, quanto Nicolas era sádico.    Nicolas apertou o nariz da garota e continuou as estocadas, se Luna estava sufocada antes, agora estava pior. A princípio, Luna suportou bem. Não tentou fugir. O movimento e a mão em seu o rosto a deixava um pouco atordoada. Tentava focar em manter a boca preparada e não arranhar Nicolas sem querer. A cabeça dela latejava, deu batidinhas na perna de Nicolas, mas o moreno se manteve firme, esfregando seu p*u na boca de Luna até ver os olhos dela jorrarem lágrimas. Tentou empurrá-lo, mas não funcionou. Nicolas viu o estômago da garota se comprimir, ameaçando vomitar e retirou-se de Luna, que tossiu, cuspiu no chão, segurou o pescoço com a mão, massageando. Ela estava resfolegando, os lábios babados e sujos de pré-g**o e saliva.   Nicolas a puxou pelo cabelo, fazendo Luna encará-la ainda se recuperando. Em seus olhos marejados, viu algo como "Por favor... só um tempinho…", e Nicolas sorriu, sentindo seu p*u pulsar.   Puxou os cabelos de Luna, estabilizando o rosto dela. Encheu a mão mais uma vez, dando um tapa que estralou um som de clap no quarto. Luna virou o rosto para o chão, mas Nicolas agarrou-a de novo pelos cabelos, enroscando mais seus dedos.   — Você está vendo o que faz comigo, Lua? — disse Nicolas, voltando a se masturbar. Enquanto Luna choramingava, engolindo em seco os gostos que já não sabia diferenciar em sua boca, Nicolas esfregou seu p*u dolorido de t***o no rosto de Luna, que fechou os olhos instintivamente. — Você merece ser castigada por isso, não merece?  Luna fechou os olhos, suspirando.  — E-eu...  E sentiu seu rosto arder de novo. A mão de Nicolas cada vez estava ficando mais pesada, e Luna não sabia como; mas estava. Talvez, porque já estivesse doendo. Lágrimas escorregam pelas suas bochechas vermelhas. Doía.  — Alto. Eu não ouvi. — Eu mereço. Eu mereço — tentou gritar. A voz ressentida falhou em algumas partes. Enquanto chorava, tentava reprimir o choro.  — Você merece — Nicolas confirmou. Reclinou a cabeça um pouco, tentando vê-la de outros ângulos.    Nicolas se abaixou, os lábios roçando os dela lenta... torturante... sensivelmente. Luna chorou, as lágrimas fugindo do seu rosto, querendo muito, naquele momento, ao menos aquele carinho de Nicolas. Inclinou-se um pouco, implorando... implorando, sim... que Nicolas lhe desse ao menos aquele beijo, para mostrar que realmente estava fazendo um bom trabalho. Mas, tão próximos aos seus lábios, Luna não precisou ver a expressão de Nicolas. Somente sentiu, sobre seus lábios, Nicolas abrir um sorriso malicioso. Perverso. Sádico. E gemeu uma dor suprimida, porquê... ela não tinha ido bem assim para isso... Luna sabia. O moreno reergueu-se, satisfeito. Pressionou, com sua mão na nuca da garota, o seu p*u, enquanto estocava impiedosamente: um misto de dor lancinante e prazer extasiante que emanavam do seu m****o para o seu corpo, que se esquentava pela glande, estendendo-se pela base lubrificada, até a boca. Ah, Nicolas suprimiu um gemido. Estava bom. E mais outro gemido. Nicolas sentiu as gotículas de suor escorrendo pela base da sua coluna, e uma energia incontrolável ardendo em sua virilha. Ele tirou o p*u da boca de Luna com rapidez; Luna não esperava. Voltou a se masturbar, mirando o g**o no rosto de Luna, numa ardência estridente, enquanto fluía pelas pálpebras, contorno dos olhos e bochechas do garoto. Provou um pouco do sabor de Nicolas enquanto seus lábios entreabertos sentiram o gosto salgado. Nicolas suspirava, gemia com a voz gutural, respirando pesado para recompor-se. Luna observou o quanto ele ficava mais imponente... E saber que estava lhe dando tanto prazer... o fez satisfeita consigo. Ele foi até a mobília próxima à parede em passos calmos. Puxou uma gaveta e viu o material reluzir. Luna só conseguia ouvir. Os passos do moreno voltando, o som estalado do material, a sua própria respiração temerosa e descompassada. Nicolas voltou para ela, observando sua b***a quase intocada. Luna sentiu o tecido de couro deslizar pesado sobre as suas costas. Frissons percorreram sua espinha, fazendo-a ficar em alerta. O que era pior: porque ela achava que doía mais assim, quando ficava tensa. Nicolas ameaçou um riso de canto de boca. Puxou os braços de Luna até as costas, e a imobilizou, o cinto prendendo-a pelos pulsos. Apertou até o último buraco, e Luna gemeu. Seus dedos tremeram nas mãos, os pulsos gritando de dor. Por um momento, um extenso momento, Nicolas admirou aquela visão, como se estivesse contemplando, como se estivesse fotografando mentalmente. Deslizou a palma pelo dorso da garota à sua frente, de gemidos embargados e com sentimentos ambíguos — p***a, Lua... você não tem ideia de como está... — E deixou a oração flutuar nos ouvidos dela. Nicolas abaixou-se, deixando uma trilha de beijos pela pele de Luna, com marcas dos dedos do moreno. Nicolas deixou sua língua brincar com as porosidades dela, e sua língua era hábil, fazendo Luna se arrepiar de novo. Vez ou outra Luna mordia o próprio lábio, e não se importava mais com o gosto de sangue e suor: mordiscava com força. Tentava usar uma dor para suportar as outras. — Lua, você está tão linda... Algo dentro de Luna estremeceu com o elogio. Sim, comentou consigo mesma. Eu estou fazendo um bom trabalho Ele não falou bonitinha. Não. Luna estava linda. Nicolas deu a volta, contemplando novamente a visão de Luna de quatro. Ele abaixou-se, sorrindo ao sentir o cheiro da pele de Luna, e o seu cheiro na pele de Luna. Pôs-se atrás da garota, e se ajoelhou   Luna se ajeitou na cama, tomando cuidado para não machucar os braços a ponto de se torcerem, de tão apertados. Luna empinou mais, para Nicolas, que a recebeu com um tapa estrondoso. Nicolas ouviu seu suspiro e, p***a, como queria f***r aquela garota. – De quatro não. – Ele ficou sem entender, encarando-a, enquanto ela saía da posição e deitava na cama de barriga para cima. – Eu li que machuca mais, li que, para as primeiras vezes, é mais recomendável deitada... – Ele continuou encarando, um pouco frustrado. Um pouco entediado. Tédio não, por favor. Ela estava sorrindo por fora, mas estava em pânico. Nicolas não parecia empolgado ou nada parecido. Se ela queria fazer algo que o agradasse, que fizesse direito. Ela soltou uma risada nervosa. Nicolas não precisou dizer nada, ela se levantou e se pôs de quatro novamente. Nicolas se sentiu o máximo por isso, não precisou reclamar, sua expressão bastava. O quarto estava tão quieto, ela conseguia ouvir a própria respiração, ou o barulho que os seus lábios faziam, quando ela abria e fechava a boca, inquieta. Luna ouviu Nicolas atrás dela abrindo o lubrificante, o tac da embalagem, Nicolas manuseando o plástico.  – E se a gente colocar uma música? – Ela tentou se esticar e pegar o celular e o garoto a segurou pelo quadril. Ela olhou para trás, para se explicar, dizer que o silêncio estava enlouquecendo-a. Balbuciando. – Fica quieta, Luna… – Pareceu aborrecido, mas entretido. Ela sentiu ele a tocar, passar um pouco do lubrificante e a respiração falhou. Sabe quando você está na fila da montanha-russa e todo o tempo você fica pensando em desistir, mas você continua, continua até a sua vez. Senta no carrinho, coloca o cinto. E pensa que ainda pode desistir, fica esperando todos os outros entrarem e se prepararem, ainda pode desistir, pode pedir para descer, então o carrinho anda e é tarde demais. Terá que fazer o todo o percurso.  Sentiu a mão de Nicolas em sua coluna, ele a impulsionava para baixo, a garota entendeu o que ele queria, se abaixou até deitar a cabeça na cama. Se ficar nervosa, é pior, é o que dizia no site. Precisava se acalmar, ficar relaxada. Se se contraísse, seria horrível e o carrinho já estava andando, teria que fazer o percurso. Que ideia precipitada você teve, Luna.  Ela arfava antes mesmo de Nicolas começar. Ele achou isso engraçado, ela toda tensa. Foi devagar, ela se contraiu. Se conteve pensando: relaxa, relaxa, relaxa. Ele esperou alguma reação, pedindo que parasse ou fosse devagar. Nada. Ele continuou.  Se fizesse isso, talvez Nicolas percebesse o quanto ele era importante para ela. Poderia parar de ser tão frio e a pedir em namoro logo. Deixar Evah para lá, porque a Luna estava se esforçando. Ele precisava notar que ela estava se esforçando e valorizar isso. Porque, bem, doía. E ela tolerava a dor por ele.  Alguém tinha que dizer a ela: Foi você que teve a ideia, sua louca.  Mesmo assim! Ele precisava entender, precisava se apaixonar por ela, porque, se não fizesse isso, ela não tinha ideia do que mais poderia fazer. Precisava ser suficiente. Ela gemeu e soou como um choro um reprimido. Nicolas olhou para ela, entretido, gostando. Missão cumprida, Luna: Ele não estava entediado.  O garoto a puxou pelo cabelo, a levantou até que ficasse de quatro e com a cabeça erguida para trás. Ele se aproximou um pouco e disse: – Está doendo? – Ela balançou a cabeça, os olhos cerrados e soltou um sopro. Nicolas deu uma risadinha. – Não?  – Não. – A voz saiu trêmula. Ele foi mais fundo, ela gemeu. – Não?  – Não. – Mais rápido.  – Não? – Ela só calou a boca. Era melhor. Cale a boca. Ele entendeu isso. – Você é linda… – Luna achou que não era um bom momento para perguntar se ele gostou do delineado, mas sorriu. Não durou muito, não conseguiu, voltou a ficar séria, concentrada em parecer bem.  – Ok, sim, um pouquinho.  – Espera… – Pediu. Ela esperou. Continuou esperando.  – Nicolas... – Ela tentou de novo, reprimindo gemidos, tentando não soar tão inexperiente.  – Já estou acabando. – Ah, certo. Então tudo bem? Ok, certo. Ela esperou. A mão dele estava empurrando ela para baixo de novo, para que ela deitasse o rosto na cama. Ele a puxava pelo quadril, as mãos firmes. Só precisava esperar. No fim do percurso, o carrinho para e você percebe que está tudo bem, que está viva. Mas nem sempre, às vezes você machucou a cabeça no loop, bateu as orelhas na proteção, ou está tonta e precisa vomitar. Às vezes, se arrepende e decide que jamais irá naquele brinquedo de novo.  Luna deixou o corpo cair na cama, olhando para o teto, se acalmando. Nicolas colocou a bermuda de volta, abotoou o botão. Ela ficou parada por um tempo. Sentindo o próprio corpo, sentindo partes que ela não sabia que poderia sentir.  – Sua maquiagem borrou. – Nicolas disse e entregou o celular para ela, que abriu a câmera. Ela estava com uma manchinha preta embaixo dos olhos. Percebeu que havia chorado e o seu rímel não resistiu.  Nicolas saiu do quarto, deixou a garota sozinha para buscar um lanche para eles. Voltou em menos de 5 minutos. Sua carne estava molenga, sentia que iria desmontar, se curvou, escondeu a cabeça e abraçou-se sob a coberta.  Luna ouviu os passos e o barulho de saco de Ruffles. Nicolas havia feito pipoca e os refrigerantes estavam na cômoda. Ele se aproximou, alisou, o que achou que fosse o braço da garota. O moreno deitou ao lado dela, mantendo a mão em seu braço. Pegou o controle da TV, passando pelas opções da Netflix.   Luna sabia que precisava tomar cuidado com Nicolas, ele era o típico garoto bonitinho de ensino médio. Não era popular, mas fazia natação e tinha um corpo legal, então as pessoas sabiam o nome dele. É só que ele não gostava muito de gente e isso por algum motivo louco era um charme para Luna, aquela pose de garoto malvado que ela lia nos livros.         — Finalmente saiu à nona temporada de The Walking Dead, quando foi? Na sexta? Não sei, foi por esses dias. – Nicolas falou. – Você gosta? – Luna não respondeu. – Sabia que a décima temporada já está disponível em sites piratas há muito tempo? E ainda não está na Netflix do Brasil. Odeio isso. – Ele comenta sozinho. Olha para a garota embaixo do edredom.      — Lua? – Nicolas sabe que ela está ouvindo, mas gostaria de uma resposta. Ele a descobre e a puxa para si, como se ela fosse um filhote de cachorro, colocando-a na mesma posição que estavam antes. Nicolas estava bem-humorado. Ele olhou para o rosto da garota, segundos antes dela tampar com as mãos – Você entende que permitiu, né? – O moreno docilmente separa os dedos da garota, mirando os olhos dela. – Né? — Uhum. Nicolas não queria dar play na série, antes de normalizarem a situação. Ele esperou um pouco, encarando o teto. Soltou um suspiro. — Verbaliza, por favor. — Eu sei.  – A voz estava um pouco anasalada. — Quer batatinha, pipoca? — Batatinha. – Ela responde e Nicolas a entrega. Passa um minuto, Nicolas está prestes a dar play. Mas espera um pouco mais. — Eu diverti você? – Luna sussurra e Nicolas sorri, encarando-a. — Pode apostar que sim. – Ele confessa. A garota sorri com os lábios, fungando. — Se a Evah ligasse agora, você ainda me mandaria embora? – Ela falou tão baixinho, Nicolas não entendeu metade da frase e pediu para que repetisse. – Nada. Nicolas passou a mão pela bochecha da garota, enxugando as lágrimas. Ela havia parado de chorar. Nicolas estava observando Luna respirar cansada, as mãos ainda trêmulas. E soltou simplesmente: — Dois a zero, Lua. – Ele resmunga. — Hm? — Você não gostou, gozou? — Não... Mas não tem problema, você leu o meu livro. – Disse ainda chorosa. — Está brincando. — Não, é bem importante pra mim. – Ela sussurrou, Nicolas soltou uma risada junto de um suspiro. — Vou terminar de ler. – Nicolas se estica para apanhar o celular de Luna na cômoda e volta a abraçá-lo. Abre o Word, tendo 12 páginas adiante. — Diz o que achou depois? — Claro. — Obrigado.      
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