Capítulo 163

1294 Words

Peixão narrando A despedida sempre carrega um peso. Mas, para mim, essa foi diferente. Me abaixei até a altura dos moleques, querendo enxergar além das palavras que eles diziam. O Vitor, mais expressivo, mais sentimental, deixava a ansiedade escapar nos olhinhos atentos. Mas o Léo? O Léo era diferente. Nos olhos dele, eu vi o medo. Medo do abandono. Medo de acreditar. Medo de criar esperança e, no final, acabar sozinho de novo. Ele me encarou, tentando disfarçar a insegurança: — Amanhã você vem mesmo então? Aquela pergunta doeu em mim. O moleque não queria só uma confirmação. Ele queria uma garantia. Ele queria saber se eu ia ser mais um adulto que prometia e sumia. Se eu ia ser só mais um que dizia “eu volto” e nunca mais aparecia. Segurei seu ombro firme e olhei direto no

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