Byun Baekhyun spends a lot

2495 Words
Lu Han apareceu na empresa no dia seguinte, e ele ainda não havia assinado nenhum dos papeis, e pra piorar havia aparecido de surpresa, ou seja, Jongin não estava lá para inventar alguma história mirabolante e ChanYeol teria que se virar sozinho daquela vez. Tudo bem, era só manter a calma e fingir que não está nervoso. Como se finge que não está nervoso? — Vi Baekhyun agora há pouco, ele parecia bastante chateado com alguma coisa, juro ter visto ele amaçar um papel enquanto resmungava alguma coisa sobre você, tenho certeza que ouvi o seu nome. — o chinês comentava com o Park. Mas Baekhyun não estava só chateado, ele estava puto mesmo, a conversa com os chineses havia se prolongado demais, e ele só conseguiu ir para casa muito tarde da noite, e ainda teve que ouvir sua mãe fazendo dezenas de perguntas sobre o seu suposto namorado. Esse lance de namoro falso com ChanYeol só estava lhe rendendo mais trabalho e mais dores de cabeça. Ainda estava esperando o momento em que se beneficiaria com isso, e quando essa hora chegasse, se vingaria de seu chefe, isso todos poderiam ter certeza, ChanYeol não perde por esperar. — É como já discutimos, ele quer tornar tudo público, mas não me sinto pronto para um passo tão grande, eu nem sei o que minha família vai falar. — o plano era apenas manter as coisas como já estavam, quanto mais evitasse o assunto ajuda, mais facilmente sairia daquela enrascada — Quer dizer, eu tenho vergonha de certas coisas. Não deveria ter dito aquilo, com certeza não deveria ter dito. Lu Han até mesmo se levantou da cadeira em que estava, e depois de ver esse ato, SeHun teve certeza de que era agora que as coisas começariam a pegar fogo, o chinês sempre foi muito defensor de sua “categoria”, assim como as pessoas costumavam falar, e ouvir alguém dizer que tem vergonha de sua sexualidade era como ativar um botão na cabeça do Lu, botão esse que não deveria ser tocado. Pois sempre que acionavam o Lu Han, muita coisa acontecia, isso SeHun estava muito ciente. — Mas você não pode sentir vergonha de quem você é! — o mais velho quase gritou e se aquela mesa fosse de vidro ela teria quebrado — Deve sentir orgulho do seu eu verdadeiro, e Baekhyun tem razão em querer se abrir para o mundo, como poderão ser felizes juntos se vocês precisam se esconder de todos? O sorriso amarelo de ChanYeol já dizia tudo. — Mas eu... — Sr. Park, o relacionamento de vocês está se complicando por causa do seu medo. — ChanYeol nunca tinha visto alguém falar daquela forma — Me diga, o que é mais importante, o que as pessoas vão pensar ou o seu amor pelo pequeno Baekhyun? Agora sim tudo estava perdido, dessa ele não conseguiria escapar. — O meu amor pelo Baekhyun. Estava ferrado, com certeza estava muito ferrado, podia sentir o gosto do ferro na boca de tão ferrado que estava. Mas o que poderia fazer? Tinha que mostrar para o chinês que Baekhyun era a coisa mais importante de sua vida, por mais que essa mentira fosse a pior que já contou. — Nós vamos sair hoje à tarde, vamos ao shopping, só eu, SeHun, você e Baekhyun, vamos sair como casais e deixar de lado esse lance de empresa e contrato, não posso simplesmente assinar os papeis sabendo que estou deixando para trás um casal que precisa urgentemente de ajuda. É, ferrado, e com ferradura de cavalo.   [...]     — Ele é louco, Jongin, e esse seu plano está saindo completamente fora de controle! — ChanYeol desabafava batendo no volante, os três estavam dentro do carro indo em direção à uma loja, loja esta que fazia parte do teatro que Jongin adorava fazer. O Kim ria por dentro, só tinha que se segurar para não deixar transpassar, por mais que todos ali já soubessem o quanto ele estava se divertindo com tudo aquilo. Afinal, o sonho de Jongin sempre foi ser diretor de cinema, e agora realizava parte de seu sonho transformando a vida de ChanYeol em um teatrinho muito bem montado. Ou nem tanto. — Se você bater esse carro eu juro que a minha alma vai te atormentar pra sempre no além-túmulo. — Baekhyun se deu a chance de reclamar, não estava nem aí se ele era seu chefe. Estava quase voando em seu pescoço mesmo, se alcançasse sua cabeça lhe daria um cascudo. — Precisamos deixar tudo pronto para esse passeio no shopping, os chineses não podem desconfiar de nada, e pode ser até que o Lu Han não desconfie nunca, mas o marido dele me assusta, ele é muito quieto, e pessoas quietas pensam demais, ele pode perceber que é tudo mentira a qualquer momento. Jongin tinha razão em advertir, SeHun era um perigo para seus planos. — Você já me fez beijar um homem, Jongin, não tem como piorar. Pobre iludido, com Kim Jongin sempre tinha como piorar, sempre tinha como piorar muito, e isso ele já deveria ter certeza há muito tempo. E depois de terem parado de frente à tal loja de artigos para casais, ChanYeol começou a sentir que as coisas começariam a piorar bem ali, sem nem ter dado tempo para torcer. Os três desceram do carro e entraram na loja, o Kim já saiu os puxando como uma criança puxa os pais quando vão comprar uma bicicleta nova. Jongin nem disfarçava a satisfação e escolher coisas combinando, e ele parecia um figurinista de uma série adolescente, e como Baekhyun era pequeno, ficou bem fácil arrumar camisas que servissem, e sim, meus caros amigos, Kim Jongin acabara de convencer ChanYeol a comprar uma roupinha de casal, muito fofa por sinal, e podia-se dizer que combinava com os dois, já que eram listradas em preto e branco e simples, nada muito chamativo. E para coroar tudo, o moreno comprou pulseiras iguais, ambas pretas e de couro, com alguns detalhes em prata. — Jongin, você está exagerando. — foi a primeira coisa que o Park disse assim que pagaram tudo e voltaram para o carro — Não somos dois adolescentes, isso é ridículo. A cara de falsa ofensa do moreno foi claramente exagerada. — Eu apenas penso em tudo, okay? — e lá vamos nós em mais uma teoria criada na cabeça do Kim — ChanYeol, Baekhyun é seu primeiro namorado homem, vocês dois estão vivendo um romance jovem, cheio de novas descobertas, o que inclui virar um casal clichê de cinema gay, então se entrou na chuva é pra se molhar! Já estava molhado. Sua masculinidade e dignidade estavam encharcadas.   [...]   Jongin realmente os convenceu a vestir a roupinha de casal e colocar as pulseiras, por mais que ChanYeol tenha colocado um casaco por cima, Jongin já estava satisfeito só em ver aquela cena, ele até conseguiu tirar uma foto, e pra completar ficou insistindo até que ambos tirassem uma self para colocar no papel de parede do celular. O importante era não deixar ninguém além de Lu Han ver isso. E agora Jongin repassava seu “plano” antes de deixar os dois saírem do apartamento do Park, e com “passar o plano” estamos falando de dar uma bronca antecipada em ChanYeol e praticamente implorar para que os dois não discutissem na frente dos chineses. Era só ficar calmo e parecer um casal. Durante o trajeto até o shopping não conversaram muito não, na verdade Baekhyun estava com raiva da noite passada, e isso demoraria a passar. O pior mesmo foi quando chegaram, o caminho até o ponto onde combinaram de se encontrar foi a coisa mais desconfortável do mundo, pareciam dois estranhos. Somente quando estava quase lá que Baekhyun puxou o casaco de ChanYeol chamando sua atenção. — Me dá a mão. — o menor estendeu sua mão em direção ao Park, que demorou até corresponder. Nunca, jamais, em nenhum segundo de sua vida que se imaginou segurando a mão de um homem enquanto andava em um shopping, sua masculinidade gritava dentro de seu peito, e a vontade de jogar ácido sulfúrico em Jongin aumentava cada vez mais. Lu Han e SeHun já estavam no ponto de encontro, e os dois sorriam tanto enquanto conversavam que não havia ninguém no mundo que não notasse o quanto eles pareciam estar apaixonados, uma imagem que nunca conseguiria passar estando com Baekhyun, isso ChanYeol tinha certeza. Os chineses logo notaram a presença dos dois, não havia como não notar alguém do tamanho de ChanYeol andando por aí. E Lu Han acenando para os dois o fazia parecer cada vez mais adolescente, era impressionante, quanto mais olhava para o Lu, mais jovem ele parecia ficar. — Vendo vocês assim de longe e de mãos dadas vocês formam um casal perfeito. — Lu Han comentava enquanto via os dois se aproximarem. É Lu Han, só de longe mesmo. — Quer dizer, você é bem alto e o Baekhyun todo pequenininho, — joga na cara — Eu e o SeHun somos altos, então não fica algo tão fofo assim, mas vocês realmente ficam muito fofos, e com camisas iguais. Jongin havia dito que as camisas iguais ajudariam a passar uma imagem de casal fofo, e ChanYeol ainda não conseguia acreditar que realmente tinha funcionado, seria um soco a menos que daria em Jongin no fim daquela história toda. Lu Han agarrou o braço do marido o fazendo levantar, e nessa hora SeHun estava distraído, a cara de susto foi a primeira nova expressão que ChanYeol viu do Oh, já que ele sempre estava com aquela mesma cara de quem nem queria estar ali. E o entendia muito bem, ele também não queria estar ali, a culpa era toda de Jongin. — Vamos dar uma volta, eu vi um casaco em uma lojinha aqui perto, um luxo! E foi assim que Lu Han começou a arrastar todos pelo shopping, e ninguém ali sabia quem estava mais desconfortável, se era ChanYeol, Baekhyun ou o próprio SeHun, que não engava ninguém, todo mundo ali estava vendo o quanto ele queria fazer o marido parar de se meter tanto na vida dos outros. Já dentro da tal loja Lu Han começou a escolher um monte de roupas, tanto para si quanto para Baekhyun, o Byun tentava falar, mas Lu Han parecia não ouvir, parecia um daqueles loucos compulsivos por compras, o que de fato ele era, e SeHun estava tão acostumado com aquilo que já tina sentado em um cantinho. — Mas eu não trouxe dinheiro pra comprar tudo isso. — depois de muito esforço Baekhyun conseguiu chamar atenção de Lu Han. O chinês só deu uma risadinha. — Não se preocupe, meu querido, é pra isso que serve o ChanYeol, ele paga. A cara de ChanYeol já dizia tudo. E era exatamente aqui onde Baekhyun se vingaria de seu chefe, isso o próprio Park já tinha certeza, ainda mais quando viu o Byun pegando tudo o que lhe agradava pela frente. Iria à falência antes mesmo de assinar o contrato, essa era sua maior certeza no momento. E Baekhyun realmente comprou muita coisa, desde roupas à acessórios, o que com certeza era bem mais do que seu salário dos próximos seis meses podiam pagar, e depois de rodar por praticamente todas as lojas que passaram pelas vistas de Lu Han, os quatro finalmente pararam em uma praça de alimentação para poder comer e descansar os pés um pouco. ChanYeol queria morrer. Mas antes mataria Jongin, e Baekhyun também. — Não se sente mais leve, querido? — Lu Han perguntou à Baekhyun, que depois daquela tarde inteira já se sentia mais à vontade andando com o chinês. Já eram praticamente amigos. — Com certeza me sinto melhor. — o menor respondeu, estava sendo sincero, estava mesmo muito satisfeito com suas 15 sacolas cheias. Que diga-se de passagem, havia feito ChanYeol carregar. — Sempre que se sentir chateado com ChanYeol faça isso, pegue o cartão de crédito dele e faça compras, eu sempre faço isso quando brigo com SeHun. — esse era o pior conselho que Lu Han poderia ter dado. — É por isso que eu evito brigas. — e esse foi um dos momentos raros em que SeHun falou alguma coisa, e dessa vez foram mais de três palavras. ChanYeol estava puto, os planos de Jongin sempre saiam caros, mas dessa vez estava se superando, havia comprado muita coisa para Baekhyun, e não podia devolver nada — seria pedir demais —, e nem pegar nada para si, já que Baekhyun era — muito — menor. Esse seria mais um soco acrescentado na conta de Jongin quando aquilo acabasse, um não, três. E pela forma que conversavam parecia mesmo que Baekhyun havia ganhado a simpatia de Lu Han, o que era muito bom, quanto mais amigos fossem, mais facilmente o contrato era assinado, e se no fim da noite Baekhyun conseguisse a primeira assinatura e liberar parte do dinheiro para o inicio do projeto, diria que tudo o que gastou com ele valeu à pena, nem reclamaria depois. Quando Lu Han pediu batata frita, ChanYeol não esperava presenciar uma cena como aquelas, a forma como ele colocava a batata frita na boca de SeHun demonstrava o quanto era apaixonado pelo mesmo, e a forma como os dois sempre se olhavam era um exemplo para o casal falso. ChanYeol se sentia incomodado, nem de longe ele parecia ser o namorado de Baekhyun naquele momento. O que Jongin? Discretamente passou seu braço pelos ombros do Byun, que até estranhou o ato, e pra completar estendeu seu braço por cima do braço de Baekhyun, entrelaçando seus dedos no final, e o ruivo era tão pequeno que fazia aquilo ser muito fofo, algo que não passou despercebido pelos olhos do chinês. — Fico feliz em ver vocês mais próximos, no começo até pareciam dois estranhos, eu sabia que fazer compras melhoraria a situação. Por fora calmo, por dentro furioso. Isso era ChanYeol. — Sim, isso me fez pensar, não posso obrigar ChanYeol a fazer algo que ele não quer, se ele não se sente confortável acho que posso manter tudo em segredo por mais tempo. E o Park realmente chegou a acreditar que isso pararia Lu Han, já estava começando a ficar orgulhoso de Baekhyun. Mas é uma pena que a vida não seja tão fácil assim, e suas esperanças foram completamente destruídas e pisoteadas pela frase seguinte do chinês: — Mas você não pode permitir que ChanYeol se feche pra sempre, isso vai destruí-lo, e como seu namorado, deve ser o primeiro a ajuda-lo a se libertar de seu medo e ser livre. — isso era um mau sinal — Já sei, vamos organizar um jantar com seus amigos mais íntimos para que você possa se assumir pra eles, garanto que com o apoio de seus amigos tudo ficará mais fácil. Isso não acabaria bem.  
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