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1640 Words
Tinha uma lona no canto que foi levantada e pude ver 3 motos, Vilma pegou uma, Des outra e Enzo a última me estendendo um dos capacetes e usando o outro. Vilma e eu tivemos que rasgar uma parte de nossos vestidos para poder subir na moto, retiro a máscara e quando as motorizadas saíram uma seguida da outra, vi Desmond mostrar seu dedo do meio para um dos policiais que quase atirava na gente mas por sorte não o fez, apenas correndo atrás de nós tentamos nos pegar (uma idiotice considerando que ele estava a pé e nós de moto) até que o despistamos e seguimos em direção a sei lá onde. ••• Quando a moto parou e eu desci, vi os 3 oferecerem as motos e tudo que tinham delas para uns estranhos que simplesmente aceitaram (bem eu não julgo, também faria o mesmo) e de seguida se sentaram nos bancos ali na costa despreocupadamente enquanto eu ainda processava tudo e estava até tremendo. – nossa Gabie aquele soco foi tão f**a_ Vilma fala animada_ ver aquele i****a jogado no chão foi meu sonho realizado_ suspira. – foi sem querer não foi?_ Desmond me encara enquanto cruza os braços sentado no sofá. – foi instintivo, ele me segurou e o soco saiu_ falo ainda desacreditada. – relaxa, ele mereceu_ Des me tranquiliza. – deixa eu ver sua mão_ Vilma pede e eu estendo minha mão em sua direção_ você não é uma amadora, isso dói?_ pergunta apertando onde estava avermelhado e eu n**o, apenas assentindo quando ela toca perto do meu dedo indicador_ acho que você quebrou o nariz dele por isso aqui dói_ assentiu e então soltou minha mão. – eu juro que foi sem querer, ele não vai ser um problema para vocês?_ falo arrependida. – f**a-se, se ele tentar alguma coisa eu dou uma lição nele_ Enzo fala olhando para o mar e permanecemos em silêncio por uns instantes. – a noite está tão linda_ Vilma olha para o céu_ fazia tanto tempo que eu não fugia da polícia desse jeito_ sorriu. – você gosta dessa coisa de fugir igual uma criminosa?_ pergunto olhando confusa para ela. – Gabie, se você não puder sentir a adrenalina correndo por suas veias, o medo se espalhar por suas entranhas ou a intensidade de suas ações em cada poro de seu corpo, por que você está vivendo? A vida é feita para se viver intensamente, cada segundo, cada minuto tem que ser sentido por todas as partes do seu corpo_ ela explica. – eles chegaram, vamos_ Enzo se levanta. – eita amiguinhos, que rachas hein princesas_ Alex fala analisando o meu e o vestido de Vilma. – se continuar olhando para nossas pernas cê vai ficar cego_ Vilma avisa. Ele levanta os braços em rendição_ me comportei_ sorriu. – por que saíram tão cedo da reunião?_ o homem que estava junto de Alex pergunta confuso. – a polícia foi acionada por algum traidor_ Des dá de ombros enquanto recebe uma muda de roupa. – aqueles bostinhas não cansam de vir atrás_ Alex reclama enquanto vai distribuindo roupas para seus amigos até estender umas para mim. – obrigada_ recebo as peças. – de nada ruivinha_ sorriu e se afastou. Como todos os outros estavam se vestindo assim mesmo ao ar livre, também entrei na onda e facilmente me troquei usando primeiro a calça, depois a camisa de mangas compridas as riscas e só então é que tirei o vestido. Vilma também se trocou sem dificuldade alguma, mas os dois homens que estavam de terno tiveram que se despir primeiro o que me fez desviar o olhar e só depois de cinco minutos voltar a olhar para eles já vestidos. – poderia me dar seu vestido donzela?_ o desconhecido pergunta e então assinto dando para ele a peça de roupa. Eles amontoam tudo e tacam fogo como se aqueles vestidos não tivessem valido o olho da cara de tão caros que eram. – vocês sempre queimam as roupas_ pergunto para Vilma que acaba rindo. – se houver a possibilidade de sermos rastreados com base nisso sim, mas nem tudo vai ao fogo_ dá de ombros. – dinheiro é o que não falta pra vocês mesmo_ constato. – o dinheiro é que faz a máfia e o crime existirem meu bem_ ela explica_ vamos lá, temos um álibi para forjar_ segue em direção ao carro como todos os outros e estamos indo embora. ••• Música alta, bebidas alcoólicas, carros desportivos e motas correndo, várias mulheres seminuas mesmo com o frio que estava fazendo e então eu estava vendo aquele cenário típico dos filmes de acção que acontecem corridas e coisas do tipo. Logo a chegada todos sumiram só restando Enzo ao meu lado que segurou minha mão e me guiou por entre a multidão até chegar a uma casa que ali tinha, seguindo até a cozinha e pegando uma garrafa de cerveja e um sumo de framboesa. – você está bem?_ pergunta me analisando. – hummm_ faço uma expressão pensativa_ bem é uma palavra muito forte, eu posso dizer que ainda estou processando a noite de hoje_ assinto pensativa. – você não tem com o que se preocupar, nem a polícia e nem o Ferguson vão chegar a você_ ele pousa o sumo de framboesa na minha frente. – eu tenho que tomar sumo de novo?_ reclamo me sentando na cadeira próxima ao balcão da cozinha. – você bêbada não é exatamente o que eu chamo de normal_ ele dá um gole de sua cerveja. – eu estou rodeada de pessoas que não são exatamente normais então qual o m*l de não ser?_ pego em sua cerveja e dou um longo gole, arrancando um sorriso dele_ e se eu ficar bêbada você só precisa me mandar para casa_ dou de ombros. – mandar pra casa uma ova, era capaz de você sair correndo e eu ter que te procurar como da última vez_ reclama rindo. – mentira que eu fiz isso_ levo minha mão ao rosto para ocultar minha cara de surpresa. – fez isso e muito mais Gabriela, você pira completamente quando está bêbada_ bebe mais um gole de sua cerveja. – eu não estou acostumada a beber até ficar bêbada, eu só saía para encontros arranjados e não tinha amigas além da minha irmã, ambas éramos de certa forma muito focadas no trabalho e sou médica, não posso beber demais_ dou de ombros. – mas você não era a garota das festas e corridas ilegais?_ arqueia a sobrancelha. – naquela época eu tinha 16 anos, eu nem bebia, tinha medo de beber, bater o carro e morrer_ argumento. – se tinha medo de morrer porquê corria?_ se sentou na cadeira do meu lado. – pra me sentir viva, esquecer os meus problemas que naquela época eu achava que eram gigantescos, pra espairecer na verdade_ suspiro_ de certa forma é aquilo que a Vivi disse, a vida é feita pra viver intensamente, mas não pra tentar morrer a cada instante como vocês fazem_ aponto para ele_ você sabe que um dia algo pode dar errado e você pode se dar m*l não é? – eu sei, mas todos morrem um dia não é? Cedo ou tarde eu vou morrer, sendo criminoso ou não_ argumenta. – mas você nunca sonhou em ter uma vida normal? Se casar, ter um emprego normal, filhos_ tomo um gole de meu sumo. – não acho que combine muito comigo e você não sente falta do que nunca teve_ dá de ombros_ eu nasci e cresci nessa vida, aprendi a matar e torturar antes de aprender a andar de bicicleta, me ensinaram a ser leal e de certa forma um pouco obsessivo, eu sou tão ferrado Gabriela, mas ainda assim quando quero uma coisa eu a arrasto em direção a mim sem medo algum do que possa acontecer, só pra poder cuidar disso eu mesmo e mantê-la comigo para sempre_ pega em sua cerveja e dá um gole. – mas e se o que você quiser ter não for a fazer bem para si? – não importa, se me arrancar o coração e esmagar for fazê-la se sentir satisfeita, então que ela o esmague. – você está falando de mim Lorenzo?_ arqueio a sobrancelha. – de certa forma_ assentiu. – então você me arrastou em sua direção premeditadamente? Não foi uma simples coincidência meu pai ter oferecido uma das filhas para você?_ olho confusa para ele. – não foi o que eu disse, mas a vida é cheia de surpresas Gabie_ leva sua cerveja a boca. – então o que você disse?_ cruzo os braços. – que se esmagar meu coração for te fazer ficar comigo, eu certamente te daria ele em uma bandeja_ larga a garrafa no balcão e me observa passar a mão em meu cabelo surpresa por sua frase. – o que você quer de mim Enzo? O que tudo isso significa?_ pergunto confusa. Ele se levanta_ que eu sou completamente obcecado por você Gabriela_ ele me faz levantar também_ eu não acho que esteja apaixonado ainda, mas você consegue despertar em mim 3 coisas diferentes, curiosidade, t***o e uma certa irritação_ segura meu rosto_ agora resta saber até onde vai isso tudo_ me analisa. – isso está ficando doentio Enzo, se continuar jogando assim um de nós vai se machucar_ aviso. – isso não me assusta_ sorriu_ você é quem tem que tomar cuidado para não ser como a doutora Harley Quinn que se tornou na Alerquina do Joker e se tornar na mulher de um mafioso_ depositou um beijo em meus lábios e passou por mim_ vamos lá Gabriela, tem uma festa lá fora_ espera por mim perto da porta. – eu tenho que ir embora ou enlouqueço_ sigo atrás dele e novamente mergulho na festa deles.
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