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1673 Words
Segunda, terça e quarta foram dias descontraídos em que passei ajudando Karol em várias coisas e depois fazendo outras coisas com Vilma, mas sem me distanciar de chamadas e conversas demoradas com minha irmã. Quando o sol de quinta-feira nasceu, procrastinei para me levantar mas o fiz especificamente porque alguém bateu na minha porta. – quem é?_ pergunto antes de abrir a porta. – abre logo_ a voz do i****a soa do outro lado da porta, me fazendo destrancar e abrir a porta com a sobrancelha arqueada_ trancou a porta porquê? – porque eu quis, agora fala, veio fazer o que aqui essa hora?_ observo sua vestimenta, uma calça jeans e camiseta polo preta, o mais casual que eu já o tinha visto. – arrume uma bolsa com roupas e coisas necessárias, nós saímos em uma hora e ficaremos fora por 3 dias_ fala se preparando para dar a volta e sair. – espera aí 3 questões: 1° quem é nós? 2° pra onde vamos? E 3° e mais importante, por que eu tenho que ir junto?_ cruzo os braços confusa. – você e mais quem eu quiser, pra onde eu disser e porque eu disse_ responde minhas perguntas enquanto contava com os dedos. Em resposta eu fecho a porta, mas não a consigo fechar por completo pois ele me impede colocando sua mão na porta. – calma, quanto mau humor_ reclama. – me acorda e espera que eu esteja de bom humor?_ o olho incrédula. Ele levanta as mãos em rendição_ vou eu, você, meu melhor soldado e meu braço direito, nós vamos para Sicília e você vai porque é médica_ dá de ombros. – e com quem você viajava antes de me conhecer? Eu cuido da sua irmã, não posso deixá-la por 3 dias_ argumento. – a pessoa que viajava comigo antes de você vai ficar cuidando da minha irmã, fácil quanto isso. – por que eu? Pode ser o contrário. – você me pertence Gabriela, eu quero que você vá e ponto final. – ou você confia mais em mim?_ pergunto com um sorrisinho provocativo. Ele revira os olhos_ eu conheço ela a mais tempo_ fala obvio. – então porquê você me quer no lugar dela?_ faço uma careta de desgosto. – é difícil simplesmente fazer o que eu falei?_ me olha impaciente. – pra me fazer viajar com você, tem que me dar pelo menos UMA razão plausível_ mostro meu dedo indicador. – eu preciso de uma médica pelo sim ou pelo não, você quer me conquistar, então unimos o útil ao desagradável e temos 1 razão_ primeiro vai mostrando cada mão ao falar os motivos e depois junta as mãos ao passo que fala sobre unir o útil ao desagradável_ e se essa razão não foi suficiente, o fato de você me pertencer implica que posso te levar para onde eu quiser, logo posso simplesmente decidir e te levar do jeitinho que você está até meu carro e puff, te levar comigo, agora vê se faz logo o que eu pedi e não acaba com minha paciência?_ me olha seriamente. – calma, quanto mau humor_ reclamo, usando sua mesma frase_ eu vou arrumar, não precisa arranjar mais argumentos não, até porque você não é bom nisso_ dou as costas para ele. – óptimo, não leva muita coisa_ fala indo embora da minha porta. Sigo até o banheiro, tomo banho, faço todas as minhas higienes e me arrumo, depois organizo uma pequena bolsa apenas com o necessário para 3 dias fora, arrumo o quarto e quando me dou conta um cara já vinha buscar minha bolsa e me avisar que estava tudo pronto para sairmos. Peguei um lanchinho que Veni preparou, me despedi de Karol e fui para o carro sem ver Vilma que havia sido engolida pela terra. – hey_ Vilma abre a porta do carro e sorri para mim_ ansiosa para viajar?_ se anima. – nem um pouco_ n**o. – você vai adorar Sicília, lá é lindo, maravilhoso, vai servir pra descontrair_ argumenta com um sorriso. – eu estou em Florença e não estou feliz, não acho que isso vai mudar por eu estar na Sicília. – oh criancinha inocente_ abana a cabeça negando_ vai se divertir sim, agora me deixa sentar_ faz sinal para eu me afastar pra ela poder sentar. – você também vai?_ sorri em expectativa. Ela me olha como se dissesse "óbvio nem" e sorri_ vamos para a Sicília bebê_ se senta do meu lado e sorri. De seguida Enzo, um dos guardas que não sei o nome e Desmond entram no carro, dando partida em direção a sei lá onde enquanto eu e Vilma assistíamos a qualquer coisa no celular. No aeroporto particular, antes de entrar no barco os homens discutiram mais uma vez se era seguro levar Vilma como a única soldada dele, e impressionantemente Enzo foi firme ao enaltecer as qualidades e habilidades da garota, afirmando que ela, Des e ele poderiam lidar com qualquer pessoa e se precisassem de mais gente, teriam o pessoal que está na Sicília como apoio e seria suficiente. Depois disso embarcamos no avião e seguimos nele pelas 3 horas seguidas. ••• Sicília Quando saímos do jato particular, vários carros nos esperavam no aeroporto particular, eu fui a última a descer do jato e por isso a última a ser notada pelo homem que falava com Enzo. – nossa priminho, você só tem médica gata_ ele fala num tom baixo, mas ainda assim consigo ouvi-lo_ olá, eu sou o Alex_ estende a mão para mim, e eu estava pronta para a segurar quando Enzo baixa minha mão e olha de cara feia para o homem, que em resposta levanta os braços em rendição. – fica longe dela_ são as 3 únicas palavras que o moreno diz antes de sair caminhando na frente e uma comitiva se mover junto dele. – m*l humorado como sempre_ Alex responde olhando para Enzo_ não posso toca-la mas posso ao menos saber seu nome?_ olha para mim. – Gabriela_ respondo por cortesia. – ah Gabriela Summer, agora entendi_ o sorriso de seu rosto aumenta significativamente e após um breve aceno de cabeça ele vai até Lorenzo e segue do seu lado. A viajem de carro até a casa onde ficaríamos foi um tanto legal, pela janela eu podia ver vários pontos turísticos, vi o mar e até já tinha alguns lugares que não queria poder visitar enquanto estivesse na cidade, bom, pelo menos tentar nem. A casa era enorme tal como a casa de Florença mas um pouco mais rústica, com uma vista para o mar de um lado e uma vinha do outro lado, local fortemente vigiado, talvez ainda mais que a casa de Florença, era uma grande propriedade para grandes crimes. Nos instalamos na mansão e então me joguei na cama enorme que havia no quarto que eu fui instalada, o quarto era todo em tons de castanho e pastel, tinham belas decorações na parede como pequenos quadros, tinha um vaso na cómoda, um armário de madeira e um enorme espelho na porta do armário. Decidi tomar um banho rápido, me troquei e então voltei para a cama, levando comigo os históricos médicos de Vilma, Enzo e Desmond para os analisar por via das dúvidas. ••• Umas horas depois ouvi batidas na porta e segui para a abrir, não me admirando ao ver Enzo ali parado. – que foi?_ falo o encarando confusa. – oi pra você também_ fala irónico_ eu só vim ver como você estava, mas pelos vistos você está óptima, estou vazando_ ameaça me dar as costas, mas para quando seguro sua mão. Solto sua mão quando obtenho sua atenção_ está saindo?_ analiso suas roupas. – sim. – e vai para onde?_ questiono morrendo de curiosidade. Ele cruza os braços e suspira_ não que seja da sua conta, mas só porque estou de bom humor vou te responder, eu vou andar por aí_ descruza os braços e coloca as mãos nos bolsos. – você vai passear por Sicília e nem me convidou? Eu nem deveria me surpreender, você é um mafioso sem coração e tal, mas sério? Me convida poxa_ reclamo indignada por seu comportamento egoísta. – está bem, quer sair comigo Gabriela? Um sorriso de satisfação surge em meu rosto_ não, eu não quero_ o meu sorriso se transforma em uma gargalhada, enquanto o moreno me olha com os olhos semi cerrados. Ele não fala nada, simplesmente dá um passo em frente e me pega no colo. – Enzo me solta, Enzo, Enzo_ falo desesperada enquanto ele desce as escadas comigo em seus braços. – se você continuar se mexendo assim vai chegar muito mais rápido ao andar de baixo, e não garanto que será bem_ para pra me avisar, mas logo continua a descer. Eu me agarro ao seu pescoço só por precaução enquanto ele sai da casa e vai até ao estacionamento, escolhe um carro e me coloca lá. Quando ele vai dar a volta ao carro para entrar, eu saio do carro e o encaro indignada. – entra no carro_ fala autoritário. – não pode me obrigar a sair com você. – eu ia te deixar lá quieta, você quem se prontificou a vir comigo, agora você vai mesmo_ falou sério. – o bom de ser convidada é poder me recusar Enzo_ falo óbvia. – agora já não é um convite, é uma obrigação, entra logo nesse carro. – eu estou descalça, vestindo um short_ reclamo. – quer que eu venha te colocar no carro?_ apoia seus dois braços no tejadilho do carro e me encara. Eu bufo frustrada, abro a porta com irritação e a fecho com toda a força possível assim que me sento naquele assento acolchoado, de seguida Enzo entra no carro e segura meu rosto com sua mão esquerda, me fazendo olhar para seu rosto. – se anime Gabriela, você vai se divertir_ ele sorri e então solta meu rosto para então dar partida e sair em disparada da casa.
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