– nem com mil chances eu acertaria o que tinha nesse quarto_ falo ainda pasma pelo que meus olhos viam_ você usa isso?_ olho para ele que só responde com um huhum simples_ e você faz, ou fazem com você?_ desvio o olhar dele e volto a olhar para aquele quarto.
– eu faço, gosto de ter o controle_ responde calmamente.
– nossa_ é só o que consigo soltar.
– você já experimentou algum deles_ pergunta um pouco mais próximo de mim.
– não, eu nunca experimentei acho que não faz muito o meu estilo_ dou de ombros.
Ele acabou rindo_ eu acho até que você se viciaria nisso_ fala convencido e tenho que olhar para ele com a sobrancelha arqueada.
– sinto muito em te decepcionar, mas insisto que não faz meu tipo_ falo séria, mas seu sorriso não some e nem vacila.
– e qual o seu tipo?_ arqueia a sobrancelha.
– sou igual uma princesa, gosto de delicadeza_ falo sem rodeios.
– ah mas não pareceu isso naquela tarde viu, pedir pra ir mais forte não é gostar de delicadeza não_ retruca_ eu repito o que já falei antes, eu posso te mostrar o mundo de um jeito que você nunca viu antes, mostrar ao seu corpo novas sensações que nenhum homem te fez sentir nunca_ fala olhando no fundo dos meus olhos_ você só precisa alinhar nessa doideira e esquecer todo o resto_ fica a poucos centímetros de mim.
– você está sugerindo que eu esqueça meus valores, que esqueça quem você é, que eu esqueça a própria moral em troca de uma noite de sexo?_ cruzo os braços e arqueio a sobrancelha.
– eu acho que você já atropelou isso tudo por conta de uma rapidinha no seu quarto Gabriela, agora eu só estou propondo que você o faça por algo mais excitante_ dá de ombros.
– estou me sentindo em uma daquelas cenas de cinquenta tons de cinza, só falta você me fazer assinar um contrato_ falo com deboche_ ah lembrei, você já fez_ passo por ele e volto para a sala e pego meu celular desligando a música.
Assim que me sento no sofá ele aparece vindo do corredor e se senta do outro lado_ quer continuar jogando ou prefere outra coisa?
– por que você disse que de um jeito ou de outro eu estaria aqui?_ pergunto confusa.
– porque eu te traria aqui mesmo contra sua vontade, se você voltasse a me ignorar naquele dia eu iria pegar você a força e te levar para a minha casa_ fala mexendo em seu celular despreocupadamente.
– você iria me raptar?_ pergunto incrédula.
– você dúvida?_ me olha por um instante_ sou civilizado, deveria agradecer_ volta a se focar em seu celular.
– obrigada por não ter me raptado_ reviro os olhos e volto a repetir a primeira música que havia tocado em meu celular e que eu nem sequer havia escutado.
Cada um ficou no seu canto, eu estava escutando a música e quando chegou o coro de certa forma me remeteu a pensar no i****a do meu lado, parecia muita coincidência, o G de Glória também servia pra Gabie, minha foto com a irmã na proteção de tela dele, bem, ele não era o pra sempre que eu sempre procurei, mas estávamos em uma casinha, com a geladeira cheia e só faltava as brincadeirinhas, dormir de conchinha e esse tal primeiro beijo. Acabei sorrindo dos meus pensamentos idiotas e desliguei a música, liguei a TV e comecei a surfar pelos canais, sem parar por mais de 2 minutos em nenhum até que me cansei e sai da sala em direção ao quarto, mas a porta semiaberta do outro quarto me fez parar e entrar no mesmo para admirar de perto todas aquelas coisas que eu só havia visto nos filmes e na internet.
A cama, os chicotes, bolas tailandesas, cordas, vibradores, algemas, tudo naquele quarto não parecia real, ele tinha as paredes pintadas em uma mistura de vermelho paixão e preto, a luz era fraca e tinha uma caixa de som sobre a cómoda. Olhei para a variedade de objetos sexuais que ali tinha e me lembrei das cenas do filme em que a protagonista aparece amando cada nova sensação, cada toque e cada vibração no meio de suas pernas, droga, porque ele tinha que ser tão convincente?
Saio do quartinho do sexo e vou direto para a sala onde ele estava, tomo um grande gole do uísque e o encaro_ vem_ estendo a mão para ele que me encara confuso_ só vamos Enzo_ insisto e ele se levanta, mesmo com aquele olhar de desconfiança e vem atrás de mim até a porta agora quase totalmente aberta.
– o que foi?_ ele cruza os braços e me olha esperando que eu fale logo.
– eu quero que você me mostre essas tais sensações que nunca senti antes_ aponto para o quarto e ele sorriu.
– tem certeza? Porque se você entrar não tem mais volta e vai ter que seguir todas as minhas regras sem exitar.
– eu tenho certeza_ assinto.
Essa foi sua deixa, ele me deixou entrar na frente e se dirigiu até a pequena caixa de som onde ligou i wanna be yours dos Arctic Monkeys e então se virou para mim.
– senta_ mandou e eu obedeci. Foi até uma das gavetas e voltou com uma bandana preta em sua mão_ vou vendar você mas fique calma, não farei nada muito extremo_ fala enquanto dobra a bandana e a passa por meus olhos me deixando na escuridão total.
Sinto sua mão na camisa que eu usava e lentamente ela foi sendo levantada, o que me fez levantar os braços para facilitar a saída dela pela minha cabeça_ agora eu preciso que você se deite, vou algemar você a cama_ fala guiando meu corpo em direção ao colchão e depois prendendo meus braços no cima da cama_ eu já venho_ oiço passos se distanciando e um minuto depois oiço passos se aproximando, a porta fechando e a cama afundar do outro lado_ abra a boca e chupe_ manda colocando duas bolas tailandesas na minha boca e me fazendo chupar elas, deixando elas bem molhadas_ abra suas pernas_ obedeço e ele coloca a bolinha em minha i********e, me fazendo até tremer um pouco com a vibração do objeto_ você não pode fazer barulho, para cada barulho é uma punição, entendeu?_ pergunta e eu assinto_ não ouvi nada.
– entendi_ falo com a voz meio falha.
– você só vai poder gozar quando eu mandar_ acrescenta e assinto umas vezes seguidas.
Sinto algo gelado tocar meu ombro e me arrepio, ele vem com o gelo em direção aos meus s***s e enquanto vai passando o gelo num dos meus m*****s, sua mão faz carinho no outro e logo sinto o calor de sua boca no mesmo. Ele vai alternando entre o gelo e o calor de sua boca, me torturando lentamente e me levando a um limite que eu nunca havia explorado antes, sensações que eu nunca sequer havia imaginado sentir estavam sendo experimentadas pela primeira e não poder protestar ou fazer qualquer outra coisa sem seu comando estava sendo até que bem interessante, eu poderia descrever tudo detalhadamente mas isso não é um filme pornô por isso me limito a sentir e aproveitar.
•••
Acordo e me sinto completamente encurralada pelo braço dele que estava sobre meu corpo, minha cabeça estava encostada ao seu peito por isso eu não podia me levantar sem o acordar e nem me mexer demais sem atrapalhar seu sono, apenas consegui levantar um pouco o rosto e ver sua carita angelical dormindo. Eu não deveria me surpreender por ele estar tão lindo dormindo já que até quando está sendo um escroto ele ficava lindo, naquele instante parecia que eu o estava vendo sem filtros, seu braço sobre mim por mais que fosse pesado dava uma certa sensação de proteção e um calor bom de se sentir.
– dorme Gabie_ ele murmura enquanto move sua mão nas minhas costas, me deixando arrepiada_ não acha que está cedo para tranzar?_ abre os olhos e me analisa.
– eu não estou querendo tranzar, para de ser i****a_ retruco me virando para olhar pro outro lado, ou seja, dou as costas a ele.
– huhum, claro_ me puxa em sua direção e me aperta mais contra seu corpo_ só mais alguns minutos e nós repetimos a dose_ fala contra meu pescoço e ali deposita um beijo casto.
– um mafioso impiedoso vulnerável a sexo? Interessante_ falo para mim mesma.
– não, um mafioso impiedoso vulnerável a você, perigoso_ retruca dessa vez colando nossos corpos por completo.
– vulnerável a mim?_ sorri desacreditada_ já agora, sabe que estamos nus nem?_ falo por conta de nossa proximidade.
– eu sei, e se você não me deixar dormir, eu me concentro em outra coisa_ sussurra.
– tá bom, você pode dormir, só me deixe levantar_ tento tirar sua mão e sem sucesso.
– não, se você levantar eu terei que levantar, então shiiiiu, só dorme.
Como minha mãe sempre me ensinou a respeitar o sono dos outros, me mantive quieta para que ele pudesse dormir e consequentemente acabei voltando a adormecer.