Maya narrando Acordei com aquele silêncio estranho que grita. A casa toda quieta, sem o som dos passos dele, sem o cheiro do cigarro ou da maconha que sempre denunciava a presença do Cobra por perto. Virei de lado na cama, ainda meio grogue, procurando por ele com a mão… mas só encontrei lençol amassado e frio. Suspirei. Peguei o celular no criado-mudo, desbloqueei e mandei a mensagem antes que minha mente criasse mil paranoias: “Poxa… você foi embora sem me acordar? Fiquei esperando você voltar, mas acabei dormindo. Acordei agora…” Fiquei olhando a tela, esperando aqueles três pontinhos aparecerem. Mas nada. Nenhuma resposta. Nem visualizado. Respirei fundo e larguei o celular no colchão. Me sentei devagar, com o corpo ainda mole da noite passada, dos beijos, dos toques, da confusã

