Capítulo 8 Bella

1207 Words
2 dias depois Por mais que eu suplique por uma liberdade, o Fera insisti em me deixar presa nessa casa, nesse quarto e isso me deixa completamente maluca, não sei qual vai ser o meu final diante de tudo, mas essa guerra me deixa maluca, com medo do que pode acontecer com a minha família. Fera é um homem perigoso e o que me surpreende nele, é a loucura, como foi capaz de agir desse jeito, me sequestrando e mantendo presa nesse lugar. O pior de tudo é saber que não tenho nenhuma chance de sair, portanto, vou ter que andar conforme as regras dele se quiser sair desse lugar viva. Agradeci a Deus por esses dois dias que ele não me procurou, mesmo estando longe, ele me manteve presa no quarto e por mais que eu tenha medo, confesso que prefiro ficar sozinha e presa, do que livre ao lado daquele monstro. Cansada, tirei a minha roupa e seguir para o banheiro, fechei meus olhos enquanto relaxava debaixo da água quente, por um minuto, tive a sensação de estar sendo espiada, meu coração acelerou e eu acreditei ser o Fera, mas ao olhar assustada encontrei um dos capangas dele. — SOCORRO! — gritei me tremendo. O homem entrou de vez no banheiro, segurando minha boca. — Cala a p***a da boca, sua v***a — vociferou me surpreendendo. — Por favor, não faz isso — supliquei, mas ele estava disposto. Passou a boca no meu pescoço e acariciou meus s***s, me levando ao passado, causando gatinhos horríveis na minha vida, de quando o Marcio tentava me violar e me tocava desse jeito. As lagrimas molharam meu rosto, eu estava totalmente sem brilho, sem forças para lutar, por mais que eu quisesse, como eu continuaria? Fiquei imóvel, em total estado de choque, enquanto ele tentava me beijar. — Me beija, vagabunda — ele deu uma tapa no meu rosto e eu permaneci em silêncio enquanto observava a situação. A água continuou caindo, meu corpo estava molhado, quando o ouvir um som de chute na porta que a levou a baixo. Fera entrou furioso, pegando o homem pela cabeça. — Filho da p**a, eu vou te matar — vociferou e eu me joguei no chão em posição fetal abraçando minhas pernas enquanto as lagrimas molhavam meu rosto com intensidade. Fera socou o rosto do homem com força, ele estava sendo violento e aquilo não me afetava, pois me sentia completamente machucada. Feito um animal, ele jogou o homem sobre o espelho o fazendo se partir. O homem furioso pegou um pedaço de vidro pontudo enfiando-o na jugular, o homem olhou para ele com o corpo ensanguentado. — A pior merda da sua vida, foi tocar na minha mulher. Vou te matar de forma c***l — gritou bravo. — Perdão, a culpa foi dela, essa mulher me seduziu e eu não resistir — mentiu me deixando atordoada. Fera pegou o revolve, sem querer saber o que era real. Destravou-o e atirou na cabeça do homem o deixando morto no chão do meu banheiro. O homem sobrinho caminhou até mim com uma fúria nos olhos, meu coração acelerou. De forma bruta, ele desligou o chuveiro e me puxou tirando-me do chão, me sentia completamente sem jeito, sem chão e acima de tudo, era como se eu não estivesse ali, não me importava com a minha nudez, apenas queria fugir, não dava para acreditar que estava acontecendo de novo, que outro homem tocou no meu corpo sem a minha permissão, ele me acariciou do mesmo jeito que o Marcio fazia. — O que ele disse foi verdade? — vociferou me assustado. — Isabella, eu estou falando contigo — segurou meu rosto. — Acha que eu faria isso? Não ver o meu estado? — perguntei chorando. — Filho da p**a! Eu queria reviver e matar novamente — gritou com raiva. — Por favor, me deixa em paz, me liberte! Olha o que aconteceu comigo, eu não quero viver desse jeito — supliquei enquanto uma lagrima teimosa molhava meu rosto. — Acha que fico feliz em saber que passou por isso? Eu não quero que sofra desse jeito. Eu me sinto m*l só de pensar que aquele homem tentou te tocar — afirmou tocando meu rosto. — Vai continuar me mantendo presa depois disso? — sussurrei ofegante. — Sim, eu vou te deixar presa até perceber que me ama, pois eu te amo e não posso te perder — afirmou com uma lagrima teimosa. — Me deixe voltar para o morro. O que eu preciso fazer para que me deixe voltar? — perguntei. — Precisa entender que é a minha mulher — balbuciou me deixando sem saída. Pelo visto, esse era o meu destino, não tinha como fugir desse homem, se eu tivesse que aparecer novamente para o mundo, teria que andar conforme os desejos deles, teria que pensar em uma forma de me ver livre e não sabia como iria acontecer, mas não seria fácil. — Alessandro, eu aceito ser a sua mulher — confirmei e ele me olhou surpreso. Vir um brilho diferente nos seus olhos. — Repete, meu amor — falou segurando meu rosto com as duas mãos. — Eu aceito ser sua mulher. Só lhe peço que tenha paciência comigo, pois é tudo novo para mim — sussurrei sem jeito e ele grudou nosso rosto. — Terei paciência. Tive todos esses anos. Juro por Deus que não queria te sequestrar, mas você estava se engraçando com o João, ameaçando ir para sempre e eu não tinha como permiti — disse sorrindo. — Não iria embora com o João, eu nunca deixaria a minha mãe — balbuciei a voz tremula. — Esse é o seu problema! — vociferou me assustando. — Não tem que pensar em deixar a sua mãe. Tem que pensar em mim — rosnou me deixando assustada. — Não vou te deixar, Alessandro. Isso não é uma mentira. Por favor, vou abrir meu coração — falei assustada e ele grudou a testa na minha. — Se esse amor for verdadeiro, essa historia é verdadeira, ele olhou para ela, se encontrou nos seus lindos olhos azuis. Ela tinha tudo o que queria dele e para concretizar a união deles, um beijo de amor verdadeiro — sussurrou grudando nossos lábios. No inicio me assustei, tentei não corresponder, mas ele pediu passagem e eu dei. Enquanto nossas línguas se encontravam, as lagrimas molharam meu rosto, para mim aquilo era um pesadelo, eu estava na mão de um louco e não teria nenhuma solução para mim. O Fera mordeu meu lábio inferior e foi se afastando bem devagar, me surpreendendo com seu sorriso, por mais que aquilo fosse difícil, não dava para negar a química, o beijo quente e ardente que ele me deu. Seus olhos brilhando de felicidade. — Meu amor, voltaremos para o morro, mas você não pode morar com a sua mãe. Vai morar comigo e espero que não fale nada sobre como a nossa relação começou. Eu te salvei e você se apaixonou. Quero que saiba que está proibida de encostar no João ou em qualquer outro homem — advertiu-me. — Não se preocupe, vou fazer a sua vontade — confessei enxugando as lagrimas que molhavam meu rosto.
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