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1039 Words
POV KLAUS « Dias atuais... — Você está tentando me convencer de que uma vampira com mais de milênios que, por acaso, já foi minha namorada, está tentando acabar comigo e com a minha linhagem de vampiros através de uma profecia tola? — Ri em sua cara com diversão. — Desculpa, Sophie Deveraux, mas eu tenho tempo de vida suficiente para saber que todas as bruxas mentem e, olha só, você é uma bruxa, coincidentemente. Irônico, não? — O que ela diz é verdade, irmão. — Elijah se meteu na conversa. — Você tem tantos inimigos sedentos por vingança. Claro que isso iria atrair uma ex-namorada abandonada. Eu vi na mente dela a profecia se cumprindo. — Eu não acredito! — Balançei a cabeça. — Não acredito em profecias! Eu sou imortal! — Assim como não acreditou quando Hayley disse que esperava um bebê? — Sophie questionou. — Bom, é compreensivo você se sentir traído e enganado o tempo todo. — Sai da minha casa, bruxa! — Gritei, apontando para a porta. — Ou eu não vou me importar de me alimentar do seu sangue sujo! — Ela pode ajudar, Niklaus — Elijah interviu novamente. — Você mais do que ninguém sabe o que bruxas são capazes de fazer. Elas querem nossa destruição. Minha paciência estava se esgotando. Elijah gosta de me provocar com mensagens subliminares de bruxas e magia, mas eu não vou deixar que uma bruxa toque na minha família. Matarei uma por uma se for preciso. — Qual é o real motivo por trás desse ódio pelas bruxas? — Sophie perguntou, como se fosse um desafio eu responder. — Eu vejo nos seus olhos que você sofre quando bruxas são citadas. Talvez o ponto fraco de Klaus Mikaelson seja uma bruxa, estou certa? — Não me desafie, Sophie. — Segurei seu pescoço com as duas mãos, empurrando ela contra a parede. — Na minha mente já se passaram pelo menos mil formas de esfolar seu corpo, vai ser divertido testar. — Se acalme, Niklaus. Sophie só está querendo ajudar. — Elijah segurou meu braço com firmeza. — Ela ajuda ficando calada! — Não desviei o olhar de Sophie. — Sugiro que comesse a correr. Híbridos são muito ágeis na hora de caçar suas presas. Soltei seu pescoço e ela correu, saindo da minha casa. — Por que você insiste em me fazer lembrar daquela noite? — Questionei sem olhar para ele. — Eu não falei nada. — Ele sentou e pegou um velho grimório. — O que está fazendo, então? — Retirei o grimório de suas mãos, com cuidado para não danificá-lo. — Você sabe que esse grimório era o favorito dela. — Por que se recusa a falar o nome dela? — Porque ele se sente culpado em ter arrancado o coração dela, literalmente. — Rebekah sentou ao lado de Elijah. — Não é irônico isso? — Ironia será quando eu enfiar no seu peito uma adaga feita especialmente para você, Rebekah. — É bom saber que mesmo após mil anos, ela ainda causa esse efeito em você. — Ela cruzou as pernas. — Quem? — Hope entrou sorridente. — Não me diga que meu pai anda apaixonado. Eu quero saber sobre tudo. — Não é ninguém, Hope. Foi há muito tempo. — Lancei um olhar mortal para Rebekah, deixando claro que não queria tocar no assunto. — Mas ela ainda é capaz de aquecer os corações mais gelados — Elijah disse. — Essa história parece interessante. — Hope sentou-se em uma poltrona perto da janela. — Você poderia me contar? — Não — neguei, incomodado com a insistência. — Ela era uma jovem bruxa — Rebekah ignorou meus avisos, contando com um sorriso —, a mais bonita da aldeia. Fazia parte do clã Stuart e por isso era cobiçada por todos os feiticeiros. Mas apenas um híbrido ganhou seu coração — olhou para mim —, porém uma mentira foi capaz de fazer seu pai arrancar o coração dela. O queixo de Hope caiu horrorizada com a história. Agora com certeza o título de "híbrido malvado" se encaixa perfeitamente em mim. — Não diga como se só eu fosse o culpado — falei a Rebekah com voz seca. — Você sabe o que você fez. — É melhor deixar essas lembranças no passado. — Elijah quebrou o clima tenso. — Já faz mil anos. — Amor verdadeiro não tem prazo de validade — Rebekah respondeu. — Eu penso no James às vezes... me pergunto como ele ficou com a morte da irmã. — Se não calar a boca agora, Rebekah, eu terei o prazer de fazê-la engolir a própria língua! — Apontei o dedo para ela, dando o último aviso. — Não seja rude, Niklaus. — Elijah segurou meu braço. — Enquanto vocês discutem sobre fantasmas do passado, eu vou me encontrar com as bruxas da cidade e tentar resolver o assunto antes que o problema se torne maior do que é. — Eu posso ir com você? — Hope se levantou com animação. — Não, Hope. Você precisa me ajudar com aquele feitiço... — Pensei, mas nada veio a mente. — O feitiço de localização para o Jackson. — Hayley apareceu e chamou ela. — Um lobo recém criado se perdeu da alcatéia. Ela suspirou e saiu com a mãe, contrariada. — Esconder a verdade dela só piora as coisas — disse Rebekah. — O que há com você hoje, Rebekah? Tirou o dia para me importunar? — Eu estou indo. Comportem-se na minha ausência. — Elijah saiu em velocidade de vampiro. — Você já pensou se algum dia a Mary voltar? — Ela pensou longe, fitando a janela entreaberta. — Não — menti. — Mortos não ressuscitam. Mas eu sabia muito bem que mortos ressuscitam, sim. — Assim como vampiros não existem. Eu entendo sua negação. É mais fácil ser um i****a sem coração a admitir que ainda a ama. — Levantou-se e parou na porta. — Espero que algum dia deixe de ser orgulhoso. Rebekah saiu e me deixou pensando nessa pequena possibilidade. Porém é impossível e é até melhor assim. Não preciso de mais esse problema para minha consciência e nem saberia lidar se algum dia a Mary ressuscitasse.
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