Marcão narrando Tô dirigindo sem rumo, o volante firme na mão e a cabeça a mil. A noite passou, mas a cena dela me evitando… me olhando com medo… Essa p***a não sai da minha mente. A Bárbara que eu vi lá… Não é a mesma mulher que deitava no meu peito e dizia que eu era o mundo dela. Agora ela olha pra mim como se eu fosse um monstro. E talvez eu seja mesmo. Encosto o carro num canto qualquer, apago o farol. Fico ali, no escuro, com a cara nas mãos. Ela perdeu o nosso filho… por minha causa. Essa frase bate no peito mais forte do que qualquer rajada que já encarei na vida. Ela tava grávida. E eu não soube. Eu tava longe… ocupado demais com bebida, com p*****a, com o poder que o morro me dava. E ela… sozinha. Levanto o rosto, encaro o retrovisor como se tivesse coragem de me

