Um CEO me conquistou

Capítulo Um

Rubí

Faz três anos desde que concluí a minha graduação de secretariado executivo, sem perder tempo cursei uma pós-graduação de dez meses depois para poder trabalhar na área de secretariado quanto como assessoria empresarial. Foram longos anos de estudo e esforço até conseguir alcançar o meu objetivo, trabalhar na maior empresa de advocacia do Rio de Janeiro, Montenegro Company. É o meu sonho trabalhar nessa empresa. Estava acessando os sites de emprego e vi que estavam precisando de uma secretária executiva, nem acreditei no que estava vendo. Mas não podia perder essa oportunidade, sem pensar duas vezes mandei o currículo para o e-mail do anúncio. Pronto, agora é só aguardar. Tomara que eu consiga essa vaga, eu estudei tanto, batalhei tanto... É o meu sonho entrar nessa empresa, espero que Deus ouça minhas orações, trabalhar nessa empresa me encheria de alegria... Pedi uma ajuda certa vez a Deus, era uma prova no vestibular e estava tão nervosa, eu sabia as respostas, mas estava tão preocupada naquele dia que não conseguia preencher as lacunas. Mas foi só eu fechar os olhos e conversar com o Deus um pouco que me acalmei e passei na prova. Sei que se eu falar com Deus, e fizer a minha parte posso ser aceita. Tudo está nas mãos de Deus. Só tenho que torcer um pouco para tudo dar certo... Após pensar sobre tudo isso, desligo meu notebook e me arrumo para deitar.

***

Se passaram duas semanas depois que enviei o currículo, não demorou para ser chamada para uma entrevista. A responsável pelo RH gostou do meu currículo. A moça que fez a entrevista foi extremamente simpática. Disse que ia passar para o Sr. Montenegro o meu currículo. Que era para aguardar que eles me ligarão. Saí de lá toda esperançosa. Chegando em casa fui para o meu quarto, joguei a minha bolsa na cama, me ajoelhei e fui conversar com Deus mais uma vez. Claro que vou pedir para dar aquela forcinha. Agradeço por essa oportunidade que apareceu, orei um Pai Nosso. Levanto-me e me sento na cama para tirar o sapato, meu celular toca, pego a minha bolsa. Ah, é Carol a minha amiga. Aposto que vai me chamar para ir ao cinema ou sair?

— Oi, Carol, o que tu manda? — Jogo-me na cama, e enrolei uma mecha de cabelo.

— Oi, gata. Estava pensando ir aí para assistirmos àquela série da Netflix, Toy boy, o que você acha? — pergunta. Hmm, pelo nome parece ser bem interessante.

— Até gostaria, miga. Mas vou sair com o Bruno, ele me chamou pra sair — comento, segurando o celular no ombro e tirando a calça com as mãos, deitada mesmo.

— E te chamou, porém, é você quem vai pagar, né? — Depois que consigo tirar minha calça, me levanto e fico sentada com as pernas cruzadas. Dou uma bela bufada pra não mandá-la pro inferno.

— Carol, minha linda. Eu te amo, mas não gosto quando você fala assim do meu namorado. — Chamo sua atenção, saio da cama e vou em direção ao banheiro.

— Então me prenda por falar a verdade — diz em um tom de ironia. — Mas não adianta, continua com esse traste.

— Continuo porque gosto dele, por favor, dá para não falar assim dele. — Peço, enquanto ligo o chuveiro e vejo como está a temperatura. Está ótima. Coloco o celular na pia e clico no viva-voz, quando tiro a minha blusa para entrar no chuveiro. — Foi ele que me chamou pra sair, tá!

— Sério? Nossa, a noite está tão linda. — Escuto-a segurando o riso na outra linha, reviro os olhos com esse comentário.

— Isso mesmo, pode debochar à vontade. Mas quando eu estiver no restaurante chique jantando com meu boy, quero ver se vai continuar me zoando? — digo, com a toalha enrolada no corpo, pego o celular e tiro do viva-voz, coloco no meu ouvido.

— Uau... Que maneiro... — comenta a minha amiga, que fica surpresa e não diz mais nada. Até eu fico surpresa com essa atitude do Bruno. Não precisava, mas ele insistiu que deveríamos comemorar, pois ele conseguiu um trabalho de vigilante noturno em um supermercado.

— Como você já tem compromisso hoje, vou assistir a série sozinha mesmo, nessa sexta-feira. — Choraminga a minha amiga. Ai, ai, como gosta de fazer um drama.

— Carol, não faz drama. Podemos assistir outro dia, que tal? — Encosto na pia do banheiro.

— Pode ser...

— Então fica combinado assim — falo, ela concorda, me despeço da minha amiga e desligo o telefone. Deixo o celular ali na pia e vou tomar banho, daqui a pouco o Bruno chegará. Não demoro muito no banho, enrolo a toalha nos meus longos cabelos negros, depois enrolo outra toalha no meu corpo, vou para meu quarto escolher a roupa, ao chegar ao closet, encaminho-me para o lado esquerdo onde fica os meus vestidos. Hmm... Qual escolho? Pego o vestido preto de manga comprida, que tem um decote nas costas e justo no corpo, valoriza as minhas curvas. Logo ao lado estão os meus sapatos, pego um salto agulha na mesma cor do vestido. Perfeito. Agora é só me vestir.

Já estou na sala produzida para o meu boy, esperando ele vir me buscar. Com o celular na mão, dou uma olhada na hora pela segunda vez. Estou ficando impaciente, cadê o Bruno? Levanto-me do sofá já p**a da vida, ele tinha que está aqui faz meia hora. Calma, Rubí! Pode ter acontecido alguma coisa? Ele não é maluco de fazer essa s*******m comigo, né? Vou até à cozinha beber uma água, depois vou voltar pra sala e ficar ali sentadinha esperando o meu lindo namorado aparecer.

***

Droga e droga! Faz uma hora e nada do Bruno? O que aconteceu com esse moleque? Não demora para o meu celular vibrar no sofá, pego o celular e noto que tem uma mensagem no w******p do Bruno, finalmente!

Oi, gata. Desculpa, mas não vai dar para sairmos. Um colega pediu pra trocar com ele, mas domingo estarei aí com você, tá? Até. Bjs.

Fala sério? Estou toda produzida, linda e maravilhosa, e ele pede desculpas? Não acredito! Inclino a minha cabeça pra trás no sofá de indignação. Não tem jeito, vou lá no quarto trocar essa roupa de mulher fatal, por uma calça de moletom e uma camiseta. O negócio é assistir algum filme na Netflix. Só um momento, hoje tem aquela série que a Carol disse que queria assistir comigo. É isso, vou ligar pra ela e ver se está de pé assistirmos àquela série?