Falando a verdade

1072 Words
Falando a verdade Lívia Miller Pedimos licença e nós retiramos para começar a saga de comprimentos, estava noiva de fato do Dom da Alemanha. O mesmo queria conversar comigo, e não atender a todos que estavam radiantes pela união que aconteceria em breve. Naquele lugar tinham homens honrados e leais, mas infelizmente tem também homens insuportáveis que estamos esperando Gregório cometer um deslize para fazer da vida dele um verdadeiro inferno. O par que ele confia de olhos fechados são um deles, e graças a Deus que não estão aqui. Não sei se conseguiria fingir costume com Cassandra bem na minha frente. - Temos que comemorar Gregório, esse é o iniciou de uma aliança vindoura. – Um dos conselheiros da máfia alemã para o meu noivo em sua marcha para longe daqui daquele lugar comigo. - Preciso conversar com a minha noiva, mas aproveite a festa, é uma data para ser comemorada. – Suspiro quieta no meu canto. – Não demoramos. – Gregório me guia delicadamente, mas sinto que a sua possessão estava em um nível alarmante. - Não pode dar atenção por dois minutos aos seus subordinados? – Pergunto vendo que Gregório estava sem paciência. - São cinco anos nesse chove não molha, Lívia. Está na hora de ter uma conversa séria e definitiva com você. – Me calo, também já estava cansada de me comportar como uma adolescente fazendo birra. Tento afastar pensamentos errôneos, mas dura pouco, e palavras afiadas que custam a ficar na minha boca. Alguns conhecidos vêm em nosso encontro, e começam uma conversa desagradável de como Gregório tinha acabado com a crise que estava certa de estourar na máfia Alemã. Como se ele ao se casar comigo poderia evitar o armagedon. Um dos idiotas estava demorando o seu olhar em mim, não gosto nada disso e me sinto desconfortável. Estava pronta para mostrar que eu fui criada por mulheres fortes, minha mãe nunca me disse para aceitar tal afronta calada. - Agora sei o motivo desse casamento tão rápido, quer logo consumar o casamento Senhor Schneider. No seu lugar já estaria casado a muito tempo e aproveitado dessa beldade. – Um dos membros fala, me sinto enojada e querendo matar aquele infeliz aqui mesmo. Não precisei dizer um “a”, Gregório engravatou o sujeito com a boca solta e falou como se a sua voz fosse um trovão rasgando o céu. - Acho que o Senhor perdeu totalmente o amor a sua vida. – Gregório parecia ter crescido alguns centímetros de tanta raiva que emanava em seu ser. - O dia do meu casamento, só diz respeito a mim e minha noiva! Não gosto de engraçadinhos como você, imaginando o que não é da sua conta. Então, te aconselho a tomar muito cuidado com certas insinuações. Seus pensamentos e comentários são infelizes, e pode te causar dores que jamais vai ter imaginado sentir. Meus castigos geralmente não são só físicos, e se ainda quiser ostentar um pouco de riqueza que eu lhe permito ter. Tenha modos e nunca mais abra a boca para falar da minha noiva, estamos entediados? – Todo o salão tinha parado para ver a interação. - Aliás tudo relacionado a minha mulher, mexe com meu lado ciumento e possessivo. Tenho que tomar cuidado para a fera que guardo dentro de mim não venha átona. Porque geralmente ela não deixa nada para nem ser velado no final. – Lucca se aproxima e tenta me puxar. - Perdão Senhor... A culpa é da alegria e do vinho. Não quis ser indelicado com a sua senhora. – O homem quase urina ali na frente de todos. - Muito bem, está mostrando que honra as calças. – Lucca bate no ombro de Gregório que olhava o homem praticamente sair correndo do salão para fora. - Esse vai morrer e nem vai saber de onde veio o anjo da morte. – Lucca ri. - Poético, mas leve a minha irmã para tomar um ar, ambos estão nervosos, é melhor sair de cena um pouquinho. – Gregório acena que sim. Assim Gregório faz, saímos de todos os olhares e vamos para uma sala afastada de toda a muvuca. - Esse cara é do seu conselho? Não me surpreende Cassandra fazer o que quer naquele lugar! Todos são uns idiotas completos, pessoas que acham que podem falar o que querem e dizer o que se passa na cabeça. – Bufo frustrada. - Já entendi, vou reformular toda a minha máfia se for preciso, Lívia. No entanto, eu preciso conversar com você agora. – Olho para o lugar que parecia abandonado. O lugar está silencioso. As cadeiras estão empilhadas no canto e as mesas, sem toalhas, refletem a luz fraca que entra pelas janelas. O piso de madeira, antes polido, agora exibe arranhões. No centro do teto, um lustre de cristal, coberto por um plástico, parece um fantasma que guarda a memória das luzes e risadas que preencheram o espaço. - Credo... – Sinto Gregório atrás de mim. - O que aconteceu na manhã seguinte que tivemos a melhor noite de nossas vidas? – Sinto o seu hálito fresco na minha nuca. - Você nunca teve nenhuma ideia do que possa ter acontecido? – Gregório encosta a testa na minha nuca. - Para de brincar comigo, Lívia. Me fala o que aconteceu, e o que Cassandra tem a ver com isso. – Sinto seus braços me puxarem para mais perto. Olho para frente e vejo a lua entrando pela janela. - O que ela fazia no hotel naquele dia? – Gregório me vira de uma vez. Encontro os seus olhos que estavam surpresos. - Como assim Cassandra estava no hotel? – Rio sem emoção. - Ela estava na ante sala do seu quarto, Gregório. Aquela mulher teve a ousadia de me olhar nos olhos e dizer que era a sua noiva. – Gregório me solta de uma vez para passar as duas mãos nos fios loiros da sua cabeça. - Lívia, o que está falando é muito sério, Cassandra é a minha conselheira. – O interrompi. - Eu sei, por isso eu estou falando com toda certeza do mundo que aquela mulher é responsável por toda a dor que estamos sentindo há cinco anos. Gregório Schindler parecia que tinha levado um choque, ele não sabia se acreditava em mim, ou se tentava me convencer que eu vi e ouvi tudo errado. Obrigada pelos comentários e bilhetes lunares 🥰
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