Intromissão

1120 Words
Gregório Schneider Lívia estava linda, a perfeição em forma de mulher, mas o que estava me irritando profundamente era a indiferença que ela olhava para mim. Era como se eu fosse insignificante, uma barata que poderia matar com aquele salto agulha dela. Lívia me odiava, era bem verdade, mas eu precisava saber o motivo de todo o seu ódio. Quando eu somente queria amar ela, a mesma só quer me ferir e me magoar. De alguma forma, eu era o centro das atenções, estava chamando atenção de muitas mães querendo garantir um bom casamento para suas filhas, e possíveis noivas, já e todos conheciam quem eu era. A questão é que eu não queria nenhuma daquelas mulheres praticamente se jogavam em cima de mim, meus olhos e meu coração já tinham dona, eu somente me casaria com uma única mulher, por bem ou por m*l. Meus olhos sempre procuravam pela Lívia, mas a danava sempre dava um jeito de fugir do meu olhar. Estou parada em um canto mais reservado da festa, meus olhos se perderam um pouco do alcance da minha futura noiva. Estava procurando por ela, quando eu fui interceptado por duas mãos em meu peito, o toque queimou como brasa. Não gosto que me toque enfim a minha autorização, mas não podia fazer uma cena em terreno que não era meu. Sou convidado de uma festa é que poucos tiveram acesso, eu não podia fazer uma cena envergonhar o anfitrião. Pelo menos nisso o meu pai soube me criar direito. A morena sorri como se tivesse ganhado ela ontem querida, seu decote exagerado me deixava constrangido. Como alguém vem em um evento de família com esse tipo de roupa? - Está à procura de uma noiva, Dom? - Ela era da organização do Miller ou era alguma filha de aliados da máfia, tenho certeza que queria arrumar um bom casamento. Eu não sabia nada sobre ela, mas pelo visto, ela sabia demais sobre mim. Seus olhos denunciavam a intenção, não era nada boa. - Não estou procurando uma noiva, eu já tenho uma candidata perfeita para o cargo... – A mulher riu largo. A coitada pensa que estou falando dela. – Lívia Miller. – A mulher murcha na minha frente, era como se tivesse jogado no balde e água fria em cima dela. - Vai se casar com aquela garota? – Revira os olhos com desdém. - Lívia não quer se casar com ninguém, meu caro. - Diz com uma certeza que até me faz duvidar das minhas expectativas. - Ela quer ser livre, diferente de todas as meninas que são criadas no submundo. Ao invés dela lutar por um casamento vantajoso e produtivo para organização do seu pai, Lívia somente quer saber de si mesma... - Ela tenta ficar mais próxima de mim. Ao contrário do que ela deseja, faço questão de ficar bem longe dela, quem possa ver nossa conversa do lado de fora, vai achar que eu estou dando margem para ela se aproximar. Sendo que é bem contrário disso, ela que veio até a mim, e está falando coisas sem nenhum sentido. - Até acho que ela gosta de mulher... – Diz com deboche. - Os pais dela nunca iria obrigar a filhinha deles a se casar com alguém que ela não deseja. – Diz como se contra provas, não tivesse argumentos. - Para mim, Lívia nunca vai se casar, então pode tirar seu cavalinho da chuva. - Suas palavras são puro veneno. - Porque acha que ela é lésbica? – A mulher ri como se tivesse me ganhado com aquela conversa louca. - Porque eu sei... – Olho para ela de cara feia. -Eu posso jurar sobre tortura! - Nessa hora eu até sorriu em descrença. Eu sabia que Lívia não era, eu tinha certeza disso, era uma pena que eu não pudesse dizer em palavras do quanto eu sabia que Lívia não era lésbica. Seria totalmente deselegante da minha parte falar sobre algo tão íntimo, fora que eu nunca ia expor a i********e de uma pessoa que não está presente para se defender ou autorizar tal menção. O que a diabinha na minha frente não fazia ideia, era que eu conhecia Lívia muito bem, conhecia ela em todos os sentidos. Eu ainda tinha gravado os seus gritos de prazer em minha mente e alma, não foram inventados ou era uma ilusão da minha cabeça. Vivi sensações intensas com aquela mulher, por isso que eu estava aqui na Itália, por isso estou fazendo de tudo para ter ela como minha mulher. Ninguém me contou, eu tenho marcado na minha pele e na alma tudo que ouvi, senti e me fez amar de verdade. Lívia ainda não sabe, mas eu construí um castelo para ela ser minha rainha, ela tinha um reinado construído tijolo por tijolo para ela. - Sabe o que eu acho... – A morena me lança o seu melhor sorriso. – Que você tem inveja dela... - Seu sorriso morre como a sua esperança de me enganar. - E que você quer o lugar dela de qualquer forma. – Digo vendo Lívia indo para o jardim. - Eu não faço ideia de quem você seja, e sinceramente eu faço questão de descobrir. - Digo arrumando o terno. - Pessoas como você devem ter vergonha de levantar falso testemunho de outras pessoas. Você não conhece a Lívia, nisso eu posso colocar a mão no fogo. Se conhece, tem muito sentimentos ruins em seu coração, não consegue ver a pessoa maravilhosa que ela é. Então, para não ficar feio para nós dois, porque eu odiei eu ver tudo que você falou. E para os pais dela não saibam que tem uma pessoa de tão baixo nível aqui nessa festa, que foi capaz de falar m*l da filha deles. Sugiro que você dê meia volta, e volte para o inferno que você saiu. Eu não espero uma resposta, um protesto ou qualquer desculpa à venda dessa mulher. Acho que já dei até tempo demais para ela, se a Lívia era um demônio na terra, o problema era meu e da família dela, ninguém mais deveria falar nada sobre ela. Deixaria claro para todos que tentassem virar a minha cabeça contra a mulher que eu amava. Vou até o jardim que eu sei que Lívia estava, como eu disse, ela seria a minha mulher por bem ou por m*l. Agora iria lembrar a mesma do porquê ela tinha que aceitar meu pedido de casamento, ou eu teria que contar a verdade para o pai dela. E se eu estiver certo, Lívia nunca vai permitir que o pai dela descubra o que aconteceu entre a gente na Alemanha. Obrigada pelos comentários e bilhetes lunares 🥰
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