Os dias passaram rápidos, quase como folhas levadas pelo vento que começava a soprar frio pelas ruas de Roma. A rotina intensa que seguiu a aprovação de Donna havia consumido todo o tempo: ela saiu do café onde trabalhava, conseguiu o visto de estudante, fez exames médicos, correu atrás dos últimos documentos, conversou com a administração da NYU e, quando percebeu, o outono já batia timidamente à sua janela. Agora, sozinha em seu quarto, o mesmo onde crescera, Donna terminava de revisar a mala pela milésima vez. Cada dobra meticulosamente pensada, cada espaço aproveitado ao máximo — não podia esquecer nada. Seu casaco favorito, um livro de direito internacional, fotografias da família escondidas entre as roupas. O passaporte estava na mochila de mão, ao lado da carta de admissão que ela

