Donna chegou a Nova York nove horas depois de sair de Milão. O cansaço pesava em seus ombros, mas, quando o avião começou a taxiar lentamente pela pista do Aeroporto Internacional John F. Kennedy, ela se inclinou discretamente para olhar pela janela. O céu estava nublado, um cinza opaco se espalhava sobre o asfalto molhado, onde os reflexos de luzes amarelas e vermelhas tremeluziam nas poças de chuva acumuladas. Ela inspirou fundo, sentindo uma estranha mistura de excitação e medo apertar seu peito. Nova York. Era real agora. Não mais um plano, não mais uma ideia. Ela estava aqui. Levantou-se assim que a fileira à frente começou a se mover, puxando sua mochila e ajustando as alças sobre os ombros. Caminhou pelo corredor estreito, quase tropeçando nos sapatos de um homem que demorava a pe

