Capítulo Quatro

2114 Words
Era domingo e estava dando graças por ter o dia de folga, sentia falta de Thomas, o pequeno príncipe conseguiu conquistar meu coração em tão pouco tempo. Mas tinhas suas vantagens, ele era um menino tão diferentes dos outros, inteligente, bonito mas com pensamentos primitivos em relação a mulheres, espero consegui ter tirado essa ideia de que mulheres não podem ser nada.  Estava deitada em meu sofá olhando para o tempo nublado com previsão de chuva. Mas algo não me saía da cabeça, aquele estranho na sala privada, seu toque ainda era vivo em meu corpo, sua língua tão atrevida tentando entrar em minha boca, e suas mãos tão macias e fortes apertando meus s***s. Queria poder provar mais dele, senti seu gosto, seu toque e pode ouvir o som que fazia quando sua liberação. Será que Travis me causava essa mesma sensação.  Bati mão minha cabeça para me livrar de tal pensando. De onde veio isso, como podia pensar naquele ogro com coração de iceberg podia ter toques tão quentes e cheio de luxúria e desejo. Mas esse desejo vinha de todos os frequentadores do clube não? Ai, eu não conseguia pensar direito enquanto aquele homem tomava meus pensamentos. Lili entrou na sala usando um vestido longo preto com flores brancas e uma jaqueta jeans preta também, ela estava linda até parecia pronta para um primeiro encontro. — Vai aonde? — perguntei curiosa, ela sorriu timidamente. Essa timidez e meiguice dela a deixava irresistível. — Aceitei o convite de Jensen para ir a um pub — ela respondeu com uma alegria na voz — Como estou ? — Linda, nossa — acho que naquele momento percebi que minha Lili não era mais uma menina de onze anos assustada e sim uma mulher de vinte um — Qual pub vocês vão? — No RaodCafé. Estou tão nervosa Kira o  que eu faço ? — ela veio correndo até mim se sentando ao meu lado —  Eu não sei o que fazer. — Calma, seja você mesma. E uma coisa não aceite nada além da bebida que você pagar e se ele pedir para vocês irem a um lugar desconhecido, não aceite o primeiro encontro e para ser romântico e cheio de amores — sorri pra ela colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha — Você está linda, tenho certeza que ele irá amar você. Ela sorriu, então a campainha tocou . Lili me olhou com expectativa ela beijou minha bochecha indo abri a porta, Jensen era um rapaz bonito, cabelos negros olhos castanhos e um sorriso encantador. Ele segurava um ramo de rosas vermelhas. — Nossa, você está linda. — ele elogiou entrando as rosas — Trouxe para você. — Obrigada — ela pegou respondendo — Kira você poderia colocar em um jarro pra mim. — Claro — peguei as rosas — Divirtam-se crianças. — Kira!  Rir me despedindo da minha irmã. Estava feliz por ela, Lili precisava um pouco de alegria em sua vida, ela passou por tanta coisa, se afundou nos estudos deixando sua juventude em segundo plano ou em plano nenhum. Coloquei as rosas em um vaso bonito deixando na mesa da sala, voltando ao meu lugar olhando no sofá.  Senti meus olhos ficando pesados e meu corpo relaxando, com uma respirando profunda cai no sono. Mãos fortes e macias tomava-me, alisando e apertando cada parte do meu corpo, seus lábios raspando pelo vale entre meus, seus olhos negros e brilhantes penetrava em minha alma fazendo-me gemer cada vez mais alto, seu terno preto intocável fazia pressão em minhas costas, sua outra mão subia pelo meu torso segurando meu pescoço sem apertar apenas para me manter no lugar, ele investia em mim com tanta força e rapidez que podia sentir meus fluidos descendo pelas minhas pernas, sua liberação estava perto quando ele virou meu rosto em um beijo arrebatador então abrir os olhos e dois pares de mares azul cristal me encarava com ondas selvagens e um fogo queimando em meu corpo.   — Minha!  Acordei sobressaltada com o som do telefone tocando estridentemente, meu corpo tremia e a umidade entre minhas pernas mostrava o quanto o sonho tinha me afetado, minha nossa eu estava perdida deixando aquele homem invadir até meus sonhos daquele jeito, peguei o telefone em cima da mesa atendendo sem vê-lo. — Alo — Kira — a voz de choro de Lili despertou-me rapidamente — Estou com medo. — O que aconteceu Lili? — me levantei rapidamente indo ao quarto, calçando meus tênis de corrida colocando uma blusa de moletom — Onde você está. — N-N-No hospital Saint Louis, o Jen-Jen-Jensen — ela gaguejou chorando ainda mais — Po-Po-Por favor vem me encontrar. — Calma, estou indo. Desliguei o telefone pegando o dinheiro de emergência que guardava em um  fundo da gaveta, desci rapidamente acenando para o táxi. O caminho para o hospital foi rápido, olhei as horas e vi que tinha dormido mais do que o esperado, já era de madrugada, só estava torcendo para nada de grave tenha acontecido com Lili.  Assim que eu entrei no hospital perguntei na recepção e me indicaram a ala de emergência, encontrei Lili sentada em uma maca, ela chorava muito e estava sendo amparada por um médico que fazia um curativo em meu ombro. Ela tinha machucados no rosto ombro e um no cotovelo, sorri a abraçando. — Meu Deus! Lili o que houve? Você está bem? — olhei para seus olhos que estavam inchados por causa do choro. — Ele tentou me estuprar Kira — ela pulou em meus braços me apertando — Fiquei com tanto medo, se não fosse o Dr. Scott que estivesse passando bem na hora não sabia o que tinha acontecido. Me virei para agradecer o salvador da minha irmã quando dei de cara com Travis, ele me encarava com aqueles olhos frios e a sombra que tomava seu rosto o deixava ainda mais sombrio. Ele não parecia tão surpreso quando seu por esse encontro. — Senhor Travis.  — Kira. — Obrigada, obrigada por salvar minha irmã. — Sem problemas, ela está bem só teve algumas esfoliações e uma contusão no ombro. — ele respondeu olhando para a prancheta, então tirou o bloco do bolso anotando algumas coisas — Ela precisa tomar esse analgesico para não inflamar o musculo e não ter mais dores. Travis destacou me entregando a receita, fez os últimos exames nela então segurou sua mão. — Você vai ficar bem, tome os remédios no horário certo e melhora dentro de sete dias. Não forçe o ombro ok?!  — Ele se virou para mim fazendo um maneio de cabeça. — Fiquem bem.  Por fim se virou seguindo pelo corredor, devo ter perdido alguma coisa dentro desse meio tempo, esse homem era um poço de confusão. Uma hora e o salvador da pátria outra era um completo cretino. Eu sei tá, estou fazendo drama, também não queria que ele caísse logo ao meus pés ou me recebesse de braços abertos. Mas convenhamos, ser um pouco cortês não faz m*l né. — Vocês se conhecem? — perguntou Lili seguindo comigo pelo corredor. — Ele e o pai do Thomas, meu chefe.  Ela arregalou os olhos em seu presa. — Então foi por isso que ele ficou tenso quando eu disse seu nome no telefone.  Quando cheguei para pagar o atendimento de Lili a recepcionista disse que já estava tudo acertado, o que foi muito estranho. Perguntei o valor do atendimento, e ela me informou, e disse que tudo tinha sido por conta do doutor Travis Scott. Não me considero uma feminista, mas gosto de ter o controle e pode pagar minhas contas.  Perguntei onde ficava sua sala e ela me informou, deixei Lili sentada na recepção e segui pelo corredor até o andar onde era sua sala. Nunca fui uma mulher de fazer barraco ou qualquer escândalo que fosse. Bati na porta de leve.  — Entre! — Com licença doutor. — O que você quer Kira? — Por que pagou a conta do hospital?  Ele levantou os olhos me encarando daquele jeito i********e que só ele sabia ser, sua expressão impassível mostrava o quanto ele era deliciosamente bonito. Mas não recuei ergui meu queixo mostrando que poderia brigar na mesma altura. — Por nada. Sua irmã me contou um pouco da situação de vocês. Só quis  ajudar. — Agradeço, mas não precisamos da sua caridade. — tirei o dinheiro do bolso colocando sobre a mesa dele — Não precisamos do seu dinheiro, quer dizer eu preciso do salário mas só. Obrigada. Ele me olhou com um leve sorriso divertido querendo nascer no canto da sua boca, me virei batendo a porta mas assim que eu saí. Não estava furiosa ou com raiva, mas indignada pela sua atitude em achar que precisamos da sua caridade. Argh que como horrível. Levei Lili para casa passando pela farmácia para comprar seus remédios. Ela chorou um pouco mais por acreditar, contando-me que Jensen a beijou em um beco, que ela se deixou levar pelo momento nada romântico mas estava gostando, até ele começa a avançar e ela pedi para parar mas o filha da p**a a forçou dizendo palavras sujas e a intimidando. — Amanhã vamos a polícia prestar queixa sobre se i****a. Você vai denunciá-lo ao reitor do campus.  — Não posso Lili, ele vai espalhar para todos que eu que quis. Vai dizer coisas ruins sobre mim. Não quero passar por isso de novo. — Fique tranquila Lili, nada de r**m vai te acontecer. Mas você precisa fazer. Cheguei a mansão Scott um pouco depois do meu horário, tinha avisado Magnólia sobre o ocorrido e ela me liberou o dia, disse que não precisava que iria trabalhar mesmo assim. Assim que pisei na na mansão o silêncio reinava, cheguei a cozinha e Diane cortava alguns legumes. — Aconteceu algo? — O pequeno Thomas está doente.  — Minha nossa, vou lá vê-lo. — Leve essa sopa para ele, o coitadinho não comeu nada de manhã. Peguei a bandeja com sopa, pão e um suco de laranja levando para o quarto de Thomas. Assim que entrei encontrei Travis apenas de calça de moletom e uma blusa branca, ele media a temperatura de Thomas e depois fazia algumas anotações.  O menino estava vermelho, e suando tadinho debaixo daquelas cobertas, gemia baixinho toca vez que colocava a mão sobre sua pele. Seus olhos se abriram e um sorriso preguiçoso se fez em seu rosto. — Kira — ele sussurrou me chamando. — Ei guerreiro, soube que você foi abatido em campeão. — Ele riu se sentando na cama. — Papai disse que estou com uma virose — ele tossiu. — Trouxe uma sopa para você, se me prometer tomá-la conto uma história. Coloquei a bandeja sobre meu colo quando estava indo para dar de comer para Thomas, Travis colocou a mão sobre a mima. Por um segundo um lampejo veio a minha mente, essas mãos. Algo sussurrava dentro de mim, meu corpo reconheceu seu toque. — Eu faço isso e você conta a história. Havia algo de diferente nele essa manhã, mas concordei. Fui até o armário de Thomas pegando um chapéu de pirata e um tapa olho, quando voltei ele sorriu ainda mais. — Oba Pirata. — Nas águas de Sentina reza a lenda que uma Deusa pagã deseja dominar toda a ilha de Valoram. Mas uma jovem capitã chamada de Fortune não se permitiu intimidar por tais lendas. Em um dia ela navegava com seu barco sobre as águas e tentáculos enormes saíram das águas batendo no convés do seu barco — fiz um gesto de turbulência para Thomas que vibrou — A Capitã Fortune não se deixou abater então retirou suas duas armas Choque e Ar… Com o decorrer da minha história pude perceber que Thomas ganhava uma corzinha em seu rosto pálido. Esse pequeno príncipe já estava com meu coração em sua mão, tão bonito e meigo cheio de amor. Mas o que mais me chamou a atenção foi que Travis também se prendeu a uma história infantil, e vibrava igual o filho. — A Capitã Fortune se tornou a defensora dos mares de Sentina. — Nossa, ela e um máximo. Você viu pai como ela correu dos tentáculos da Deusa Illaoi. — ele vibrou bocejando — Queria está lá. — Ok então capitão, mas agora você precisa descansar — me aproximei beijando sua testa — Volto mais tarde para a gente comer aquela sobremesa.  Thomas se aconchegou mais na cama bocejando, então em questão ele já estava dormindo. Recolhi a bandeja saindo do quarto, Travis e parou logo que estava na escada. — Onde aprendeu a contar histórias tão bem? — Perdi meus pais muito cedo, Lili tinha apenas onze anos quando isso aconteceu, desde esse dia ele teve vários pesadelos. Então descobri que as histórias a acalmavam, passei a criar algumas e conta outras já prontas. — Kira sobre ontem... — Olha senhor Travis, já passou tá. Vou volta pra cozinha. Desci as escadas sentindo seu olhar em mim, não queria discutir com ele sobre um assunto que já tinha encerrado para mim. Parecia desnecessário render algo que já estava perdido.
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