Capítulo Cinco Travis Scott

1806 Words
Eu estava pronto para demiti-la, pronto para mandá-la para longe do meu filho, longe da minha casa, longe de mim. Mas aquela mulher petulante com enormes olhos castanhos vinha me desafiando, me fazendo beirar ao descontrole. Como alguém tão pequena conseguia ser tão atrevida, tão abusada, tão deliciosamente gostosa. Deus eu estava enlouquecendo.  Desde o dia em que Kira Ross pisou em minha casa minha vida não foi mais a mesma, eu acho que a vida de todos nessa casa não era mais a mesma. Sua energia, sua risada, sua vitalidade contagiava todos que a cercava. Fazia-se quatro semanas que ela estava trabalhando para mim. Cuidado de Thomas, mas tenho que admitir que ela conseguiu fazer o que muitas babás não conseguiu, ela fez meu filho voltar a viver, voltar a ser a criança alegre e cheia de energia que ele sempre foi.  A morte de Viviane abalou todos nesta casa, mas Thomas se fechou em uma bolha que ninguém conseguia tirá-lo, ele começou a tirar notas baixas, perdeu peso,  perdeu o brilho já não era mais uma criança normal. As brigas na escola se tornaram constantes, e minha paciência pouca. Afundei no meu trabalho como se aquilo fosse a resposta para os meus problemas, como se trabalhar salvando outras vidas tiraria a culpa que eu tinha por não conseguir salvar a vida da minha esposa. Viviane se foi levando todo o brilho e a alegria desta casa, deixando apenas a tristeza e a falta que ela faz. Nos conhecemos na faculdade, ela cursava pediatria e eu clínica geral. Linda, sempre alegre e de bem com a vida. Nos casamos assim que formamos, três anos depois veio Thomas, a alegria da sua vida. Éramos a família mais feliz de toda Londres, assim eu pensava até vir o diagnóstico de um câncer no cérebro em estágio avançado. Mesmo com essa notícia Viviane não deixou se abalar, ela viveu intensamente. Seis meses depois sua morte, ela nos deixou. Ela era minha vida.  Thomas e o seu pedacinho, ele se parece tanto com ela, sua paixão pela poesia e a arte, os olhos tão intensos, e sua simpatia. São tudo dela. Misturo meu Whisky puro tentando organizar as ideias, me sinto culpado por não ser o pai presente que Thomas precisa. Preciso achar uma forma de tentar consertar essa minha falha, uma coisa Kira estava certa, não podia compensar meus erros com bens materiais. Me sentei na poltrona de frente para lareira observando o fogo crepitar, o inverno estava se aproximando, a estação onde Thomas ficava ainda mais vulnerável às doenças. Uma batida leve na porta anunciou. — Entra. Kira entrou em minha sala, seu uniforme branco dava destaque a sua pele cor de chocolate, seus cabelos negros amarrados em um coque bagunçado para o alto, ela era linda, seu jeito tão atrevida mas angelical me deixava completamente encantado. Seus lábios cheios sempre pintando em um batom do mesmo tom da sua pele. — Algum problema?  — Só vim avisar que Thomas já está dormindo, e que já estou indo para casa. Adorava ver o jeito como seus lábios se movimentava ao falar, ela pronunciava meu nome com doce e desejo em sua boca. Aqueles enormes olhos castanhos encontrou, ela ergueu uma sobrancelha. — Por que está me olhando assim?  — Uma vez você me disse que Thomas precisava de atenção, mas como sabe sou médico no maior pronto socorro de Londres. Mas fiquei curioso em saber o que mais Thomas precisa. — Bom, Thomas e um menino como todo o outro, mas ele admira muito o pai que tem. Eu sei ele sente falta da mãe, mas ele sente mais falta do pai que está vivo — ela mordeu o lábio inferior cruzando os braços sobre os s***s — Não e com uma babá ou com algum outro avião que o senhor vai suprir essa necessidade. O senhor sabia que Thomas tem uma paixão na escola?! — Paixão? — fiz uma careta de confusão. — Sim, ele é apaixonado por uma menina linda. — ela sorriu — Ele é muito tímido, mas parece que alguém disse pra ele que meninas não servem pra nada.  — Está insinuando que eu ensinei meu filho a menosprezar as mulheres? — Me levantei colocando o copo em cima da lareira, ela ergueu o queixo como se me desafiasse. Ah como eu adorava quando usava essa língua afiada. — Se a carapuça serviu, quem sou eu para dizer ao contrário — ela fez um biquinho me encarando—  Por fim senhor Travis, acho que o senhor devia passar mais tempo com seu filho, ouvi-lo e até mesmo contar história para ele. — Vou pensar no que disse. Pode ir. — ela fez uma reverência. — Alteza. E saiu da sala, essa mulher brinca muito com a sorte, como consegue ser assim. Passei a mão em meus cabelos tentando não pensar em mil formas de calar aquela boca. Peguei meu telefone discando o número do PussyCat. — PussyCat em que posso ajudar? — Quero falar com Emilie, avise que e Travis Scott. — Só um momento. Ouvi a linha ser transferida até que Emilie atendeu. Éramos amigos de longa data, ela esteve comigo quando Viviane morreu ajudando-me com Thomas. — Oi meu amigo, tudo bem? — Estressado e você? Ela riu suspirando no final, houve uma porta se fechando. — Quando não está estressado Trav? Estou ótima obrigada por perguntar. — Preciso de outro show da Angel ela… — andei pela sala tentando achar uma maneira de convencê-la — Ela mexe comigo, na primeira vez me deixou tocá-la.  — Você sabe que não vendemos sexo Trav, Angel também não irá gostar do que você deseja. Preciso consultá-la antes. Fiquei um momento em silêncio, o que tinha a perder? Aquela mulher conseguia despertar o dominador que existia dentro de mim. Seu jeito confiante e determinado me enlouquecia, seu gosto era doce como o mais puro mel, seu cheiro cítrico me entorpeceu, depois daquela apresentação Angel não saiu mais da minha cabeça, seu cheiro ficou impregnado em mim e seu gosto ficou em minha boca. Eu queria mais dela, queria saber como era seu corpo, senti sua pele na minha, senti-la por inteiro. Sua quase entregar naquela noite despertou a necessidade de tê-la em meus braços. — Pago o valor que quiser, mas tenta convencê-la. — Não é questão de valor meu amigo. Angel e muito exigente. Mas irei falar com ela. Ligue-me daqui uma horas. — Obrigado Emi. — Como está meu pequeno?  — Bem, Kira tem feito bem a ele. A anos não vejo Thomas rir. — Que bom meu amigo. Então até mais tarde. Emi desligou, deixando-me com os meus pensamentos torcendo para que Angel aceitasse minha proposta. Eu tinha um relacionamento com Crystel uma socialite que estava comigo apenas para aparecer nas manchetes de revista de fofoca. Eu sabia disso, mas se tornou hábito está com ela, a conheci em uma festa um ano depois da morte da minha esposa, estava cansado, frustrado sei que se aproveitou disso para usar-me para a mídia, desde aquele dia ela não sai mais do meu pé. Ouso dizer que se tornou rotina está com ela, mas não a considerava como namorada como muitas revista diziam por aí.  Resolvi subir para tomar um banho e me arrumar, assim que eu passei pelo quarto de Thomas a luz estava acesa e uma movimentação chamou minha atenção. Abri a porta com cuidado vendo meu garoto sentando em sua escrivaninha desenhando, olhei as horas no celular e já era quase onze da noite. — O que faz acordado essa hora? — perguntei me aproximando. Thomas se virou para mim mostrando um desenho de um monstro com grandes tentáculos. — Tive um pesadelo com a Deusa Illaoi. Kira disse que sempre que eu tiver um pesadelo para que eu desenhe e guarde, assim ele ficará preso na prisão dos monstros. Olhei para meu filho que estava concentrado em terminar seu desenho. — Você gosta muito dela? — Perguntei. — Muito pai, Kira é incrível sempre me conta histórias legais com guerreiras e xerife — ele tira um desenho onde eles estão brincando na grama como no seu primeiro dia — Será que ela vai gostar?  — Claro campeão, e muito lindo — me abaixei ao seu lado olhando para seu desenho — Thomas, eu sei que não sou o melhor dos pais mas… — Tudo bem pai, eu te perdoou. Kira disse que você é muito ocupado salvando vidas — ele encontra meus olhos, com um sorriso — Você é o melhor pai de todos. Thomas se joga aos meus braços me apertando, como eu sentia falta do seu abraço e do seu carinho. Em uma coisa aquela atrevida tinha razão, Thomas me admirava.  — Tentarei ser o melhor para você amigão. °°° Horas depois cheguei ao PussyCat, estava cheio como o habitual, a barwoman servia alguns clientes, um número se apresentava no palco principal. Cortei por entre as mesas cheias indo para sala privada torcendo para Angel aceitar minha proposta. Coloquei minha máscara me sentando na poltrona de frente ao mini palco que tinha na sala. The Weeknd - Earned It começou a tocar mãos surgiram por de trás da poltrona passando pelo meu corpo, descendo pelo meu peitoral até onde se encontrava meu cinto. Vou cuidar de você Vou cuidar de você, você, você, você Você faz parecer que é mágica (oh, yeah) Porque eu não vejo mais ninguém, ninguém além de você, você, você Nunca fico confuso, hey hey E eu estou tão acostumado a ser usado Angel parou na minha frente dançando para mim, a visão do seu corpo me deixava louco, as curvas perfeitas os s***s fartos a barriga perfeita sua pele n***a, macia e quente fazia meu p*u reagir por imediato. Mordi o lábio olhando para ela. Hoje ela usava um espartilho de renda preta com o sutiã vermelho, a calcinha vermelha era pequena de renda fina, meia sete oitavo presa a uma cinta liga preta com fitas vermelhas.  Você sabe que nosso amor seria trágico (oh, yeah) Então você nem dá, nem dá atenção, atenção, atenção Nós vivemos sem mentiras, hey hey Você é o meu tipo de noite preferido Então eu amo quando você liga sem avisar Porque eu odeio quando o momento é previsível Então vou cuidar de você, você, você Vou cuidar de você, você, você, você, sim Puxei ela a sentando em meu colo, passei a língua em seu pescoço descendo minha outra mão pelo seu corpo. Angel afogou indo de encontro ao meu toque. Suas mãos passaram meus braços arranhando por cima da blusa. Subi uma mão pelo seu torso segurando seu pescoço sem apertar, ela gemeu em resposta, então percebi que Angel gostava de ser dominada, gostava de se entregar, hoje ela estava a minha mercê. Finalmente tomei sua boca em um beijo arrebatador e cheio de luxúrias, seus lábios cheios ia de encontro ao meu, seu gosto doce. Abri suas pernas passando as mãos por suas coxas até ir de encontro sua carne úmida e macia.  — Tentarei ser gentil — sussurrei em seus lábios a beijando novamente. Quando separei nossas bocas ela estava ofegante, seus lábios inchados era uma visão para mim. — Faça-me Sua.
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