Chapter 6

1067 Words
– Só não gosto de você. - ela não repetiu o que eu pedi, mas realmente não seria necessário. – Isso não é crime, caso queira saber. – Por que não gosta de mim? – Por que você se importa? - ela foi rápida. – Não respondeu minha pergunta. – Nem você. – Helena, eu estou tentando... - ela me interrompeu. – Olha, Ethan. Eu realmente não sei qual o seu problema, você não gosta de mim, nunca gostou, desde o dia que me conheceu, eu apenas te dei a reciproca, então, por que se importa? - ri sem humor. – Não me importo, mas se vamos realmente fazer isso, temos que nos conhecer melhor, temos que saber coisas um do outro. - ela levantou a sobrancelha esquerda, parecia querer dizer algo, mas não disse. – Eu não preciso disso, eu te conheço muito bem. - ela finalmente disse algo. Sorri de lado e neguei. – Não, não conhece. – Sim, Ethan, conheço! - Helena se levantou e veio até mim. – Ethan Edward Black, o astro pop do momento. - Helena se aproximou novamente da mesa e se sentou exatamente na minha frente em cima da mesma cruzando suas pernas. – Tem todas as garotas do mundo aos seus pés, toda a grana do mundo, tem tudo o que quer aqui - ela levantou uma de suas mãos e apontou pra mesma. – Na palma da mão, o luxo é seu mundo, ostentar é o que você sabe fazer. Você não se importa com ninguém além de você mesmo. Paga de sensível e de bom homem, tem músicas com letras incríveis que eu me pergunto, como alguém como você pode escreve-las? Você é vazio por dentro, não possuí sentimento algum aí dentro de você, tudo em você é uma farsa, Black - ela praticamente cuspia as palavras em minha cara, mas eu apenas a encarava sem nenhuma emoção. – Você anda por aí com seus carros de luxo em alta velocidade sem se preocupar com quem está na rua e que você acidentalmente possa atropelar, você se deita e fode com todas aquelas prostitutas que você nem ao menos se importa em perguntar o nome, o que importa é que você enfie esse seu pauzinho nelas. - era estranho ver ela falando daquela forma suja jamais imaginaria aquilo vindo dela. Ela colocou uma mecha do cabelo atrás do cabelo em sinal de impaciência. Eu a encarava curioso, porém inexpressivo. – Você vive no seu mundinho sem consequências, se você faz algo errado, James tá lá pra encobrir, você nunca é culpado, você sempre teve tudo o que quis, na hora que quis, você não sabe o que é lutar por algo, você não luta nem por você mesmo. - ela suspirou forte e esperou alguma reação minha, cruzei meus braços e continuei calado e a encarando, sem o menor interesse. Respirei fundo e soltei uma risada. Comecei a aplaudir e Helena me encarou como se tentasse decifrar o que eu queria dizer com aquelas palmas. – Estou impressionado, Helena. Você realmente me conhece muito bem. - o sarcasmo tomou posse de mim. – Sim, você é como todos os outros. Fechei minha expressão e me levantei bruscamente fazendo ela se assustar e se afastar alguns palmos pra trás fazendo algumas coisas caírem da mesa. – NÃO, VOCE NÃO ME CONHECE. - gritei. – Você não sabe nem metade sobre mim. - Helena tremeu logo abaixo de mim. – Você não tem noção do que eu fiz pra chegar aonde estou hoje. Eu vim de baixo, minha mãe tinha dois empregos só pra me sustentar, enquanto eu estava em uma cidade pequena do Canadá batucando as panelas dela, você estava aqui sendo a nova queridinha de um programa infantil. EU PRATICAMENTE SOBREVIVI DE ESPERANÇAS DEPOIS DE VÁRIOS NÃOS QUE EU GANHEI, MINHA MÃE LARGOU O EMPREGO PRA VIM PRA DROGA DESSE PAÍS ME AJUDAR A CONQUISTAR MEU SONHO. - eu já estava vermelho de raiva, tinha certeza que estava, sentia meu sangue quente em minhas veias. – Eu sempre tive que batalhar por tudo o que eu tenho hoje e tudo isso se deve única e exclusivamente ao MEU esforço. Você acha que porque a droga do seu namoradinho morreu o mundo tem que sentir pena de você e se ajoelhar aos seus pés, mas você não sabe de nada da vida. - Helena paralisou quando eu toquei no nome dele e seus olhos se encheram de lágrimas, mas não me importei. – Você não me conhece. Então pare de agir como se conhecesse. – Você é pior do que eu pensei. - Minha boca se abriu em um "O" perfeito e logo Helena começou a chorar, não sei porque, mas um sentimento de culpa me dominou. – Helena, eu.. - tentei tocar em seu braço, mas ela se afastou e logo depois depositando um tapa em meu rosto, ardeu. – Não toque em mim, você, você.. - ela procurava as palavras certas enquanto passava as mãos no cabelo o bagunçando e completo desespero. – É um mostro. Eu te odeio mais do que imaginava. Helena vestiu o seu sobretudo e saiu correndo tropeçando nos próprios pés e chorando, passei as mãos pelo cabelo me amaldiçoando por minhas palavras e chutei a mesinha de centro daquele escritório. Fiz tudo ao contrario do que deveria ter feito com aquela conversa. – Você é um i****a Ethan Black. - disse a mim mesmo. – Você realmente é um i****a. - me assustei com tais palavras vindas de Charles que se encontrava encostado na porta que Helena fez questão de deixar totalmente aberta. – c*****o, qual que é o problema de vocês em pedir pra serem anunciados ou em bater nessa p***a de porta? - perguntei furioso, mas Charles ignorou. – A garota que acabou de sair daqui era a Helena? - ele se jogou no sofá, completamente relaxado. – Helena Greevey? - assenti. – É, tivemos uma briga barulhenta. - Charles deu risada. – Quando vocês se encontram que vocês não faltam se matar? - eu estava me irritando com tantos sorrisinhos vindos de todo mundo. – Isso pra mim é amor encubado. - peguei uma almofada e a taquei em Charles violentamente. – Vai se f***r, Charles. Sai daquele lugar completamente furioso decido a ir até a casa daquela coisa tentar me desculpar pela indelicadeza sobre o noivo dela.  
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