This Is Not Real

Chapter 5

Helena Greevey’s Point of View

Levei cerca de uma hora e meia para contar todo aquele circo para Ashley enquanto a garota loira escutava tudo atenta.

– E é isso, nem ele e nem eu concordo com isso, mas estamos sendo obrigados. - Ashley respirou fundo e colocou uma mecha do seu cabelo atrás da orelha.

– Eu acho isso... - Ashley procurava uma palavra para definir. – Brilhante! - concluiu, arregalei meus olhos. – Hel, isso é mais comum do que todo mundo pensa, você e o Ethan são um casal perfeito, uma verdadeira história para roteiro de filme. - neguei com a cabeça.

– Ei, é do Black que estamos falando, nós nos odiamos desde... Sempre. - passei a mão no meu cabelo e cruzei minhas pernas me ajeitando no sofá. – A festa é em dois dias eu não sei o que fazer.

– Faça o seu melhor, seja a atriz incrível que você é.

– Não é como um filme, Ashley. - ergui minha cabeça. – Eu não tenho um roteiro e nem sei onde isso vai parar e quando isso vai acabar.

– Talvez em um namoro real. - Ashley brincou rindo e eu discordei dando outro tapa nos ombros da mesma. – Aí, calma moça, eu estou brincando. - ela definitivamente não parava de rir e definitivamente estava me irritando.

Ethan Black’s Point of View

– Ryan, você está me tirando do sério. - avisei, Good estava sendo de longe uma visita irritante e indesejada.

– Qual é, Ethan. - Ryan ria como se tudo tivesse uma graça enorme. – Seu empresário te arranja um namoro com a garota que você mais odeia no mundo e você não quer que eu veja a menor graça nisso?

– É, porque não tem a menor graça. - praticamente me joguei no sofá tirando os meus tênis com os pés mesmo. – James tá me sufocando, ele quer controlar cada passo da minha vida. - escondi meu rosto com as mãos.

– Talvez isso seja bom pra vocês. - tirei as mãos do meu rosto e olhei pra ele que agora estava sentado no sofá menor com o pé direito apoiado em seu joelho esquerdo. – Vocês até que formam um casal bonitinho. - peguei uma das almofadas e joguei com força nele.

– Quando que você começou a ficar tão gay assim? - questionei indignado. – Não, não somos um casal bonitinho, tão pouco somos um casal. - bufei irritado.

– Eu sugiro que você comece a se acostumar com a ideia de vocês serem sim um casal, mesmo que de mentirinha. - era cansativo ficar ouvido Ryan dizer todas aquelas asneiras. – Não vejo a hora de ver Ethan Black fazendo declarações de amor públicas para Helena Greevey. Épico. - aquilo me tirou completamente do sério e Ryan notou isso já que foi agiu em levantar e sair correndo rindo.

Otário.

Me levantei do sofá e aproximei da mesa do escritório pegando o envelope que havia sido entregue para mim e para Helena ontem, era pelo menos a milésima vez que eu lia aquele maldito envelope, apesar de ter concordado com aquela loucura eu não gostava daquilo, eu temia por aquilo, qualquer passo em falso de qualquer um de nós dois poderia ser o fim pra tudo aquilo que nós construímos individualmente em anos.

– Ótima iniciativa. - era James. – Adorei ver que você não se envolveu em um escândalo ontem e sim em começar sua atuação.

– Não foi atuação. - falei sem olhar para ele, andei até a janela atrás da mesa e puxei um pouco a cortina encarando a imensidão de toda aquela propriedade. – Nada daquilo foi planejado, eu apenas estava ajudando a garotinha já que definitivamente a patricinha do Texas não sabe beber.

– Certo, vejo então que vocês ainda não se resolveram. - ri sem humor.

– Nem nunca vamos. - me virei olhando para ele pela primeira vez, me sentei na cadeira e levantei meus pés apoiando os mesmos na mesa de pernas cruzadas. – Sabe, ontem eu desejei boa sorte pra ela, a ajudei com aqueles malditos paparazzi, levei ela em casa e tudo o que ela mais fazia durante todo o caminho era me dar patadas ou criticar tudo o que eu tenho feito ou até mesmo o modo como cheguei a onde eu estou hoje.

– Ela estava bêbada. - James a defendeu me fazendo bufar de irritação.

– Bêbados não mentem.

– Certo, talvez vocês devessem conversar a sós. - ri, foi uma piada.

– Pra quê? Pra gente sair das colunas sociais direto pras criminais? - arqueei minha sobrancelha. – "Ethan Black e Helena Greevey se matam após serem trancados em uma sala juntos e sozinhos" - fiz gestos com a mão dando ênfase ao brilhante título de uma grande matéria.

– Eu prefiro que seja "Helena Greevey e Ethan Black" - Helena entrou no meu escritório sorrindo da forma mais falsa e cínica do mundo.

– James você trouxe essa garota na minha casa sem a minha permissão? – questionei rudemente.

James ergueu os ombros, seus lábios abriram para me responder, mas foi interrompido pela rapidez da garota.

– Não, eu vim por livre e espontânea vontade.

– Eu acho melhor deixar vocês sozinhos. - James disse se retirando da sala e fechando s porta.

Tirei meus pés da mesa e apoiei minhas mãos na mesma observando Greevey retirar o seu sobretudo revelando um pijama curto e completamente provocante, me arrumei desconfortável na cadeira.

– Me desculpa, mas eu tô com calor e infelizmente eu não posso ir pra minha casa agora. - Helena se sentou na cadeira aminha frente.

– Você ainda está bêbada? - ri.

– Não. - Helena passou a língua nos lábios e dedilhou a mesa batendo suas unhas grandes na mesma. – Você vai mesmo fazer isso?

– Isso o que?

– Fingir que tá namorando comigo. - mordi meu lábio inferior de leve e suspirei fechando meus olhos. – Olha, eu sei que parece ser loucura, mas eu estive conversando com Ashley, inclusive ela me aconselhou a vim até aqui com você.

– Não parece. Isso É loucura, Helena. - afirmei.

– É, eu sei.

– Você me detesta, você acha que eu não passo de um drogadinho e um cantorzinho de merda. - Helena franziu a teste e respirou fundo, ela não tinha argumentos para aquilo, tinham sido as palavras ditas por ela dentro do carro.

– Talvez seja porque você leva tudo na brincadeira, Black. - a franja lateral dela caiu em seu rosto, seu cabelo estava completamente bagunçado, mas de uma forma sensual, eu poderia jurar que ela nem havia penteado ele hoje. – Você sempre teve tudo o que queria na mão, eu precisei lutar pelo o que eu tenho hoje.

– O que? - perguntei indignado. – Poderia repetir essa merda que você acabou de dizer, garota?

Aquilo era com certeza o começo pacifico de uma discussão violenta.