CAPÍTULO 2

1827 Words
Bem, uma semana completa havia se passado, eu coloquei meu material na bolsa e me movi pelo apartamento, antes de sair e voltar a minha rotina, peguei o envelope e guardei o resto dos papéis, era hoje que as coisas começavam e recomeçaram. Bem, eu não podia ficar mais uma semana vegetando, vivendo em uma rotina que não fazia parte de mim. Era hora de voltar e tentar encaixar as coisas de novo, toda aquela bagunça. Eu havia tirado uma semana pra mim, pra limpar a m***a toda dentro da minha cabeça, pelo menos a parte da revolta estampada e aumentada, em um grau alto, do caos, o resto agora era com o tempo e eu tinha todo tempo do mundo para passar por isso. Havia falado com Tia Rose, depois que contei a história toda ela entendeu o meu lado e toda a bagunça, conversou e tentou ficar o mais perto que pode, não tinha tantas pessoas que pudessem entender as coisas todas sobre meu pai e o restante do pessoal. Ela foi a única que falei nessa semana que passei quieta, não havia atendido ligação nenhuma, recebido ou ido pra lugar nenhum além do meu canto, na verdade nem no mercado eu havia ido. Estava quieta e escondida, como um coelho amedrontado, mesmo que amedrontada não fosse bem a palavra que descreveria o que eu havia sentido. Ali eu pude passar a primeira fase de luto da minha vida consciente das coisas por um acontecimento, realmente, tinha os cinco estágios do luto, da negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. Era engraçado pensar assim. Acho que era a passagem de luto mais rápido que eu vi, agora era hora da reação, poderia ser pesado e até r**m de minha parte, mas eu não podia esperar mais para tomar a iniciativa que iria tomar ou como iria lidar com tudo aquilo. Havia mudado tudo sobre papai. Fechei o lugar e desci, nesse momento eu analisei que eu ainda tinha uma vaga na lanchonete e tinha minha adicional na biblioteca, o que me ajudaria a não pensar abobrinhas diante o dia e me ocupar com as matérias que não vi. Coloquei o envelope no correio e suspirei por um segundo, era uma medida agora, uma providência uma atitude. Analu, Analu... Sorri, com uma ironia estampada na minha cara e com um receio pequeno, mas não tanto. Antes que conseguisse dar um passo pra ir para universidade, eu encarei o carro que passou ao meu lado e a cabeça de j**k surgiu, com ele passando devagar ao meu lado. - Ana - Eu encarei para dentro do carro e vi que ele não estava com Louise, agradecendo mentalmente, sabendo que as coisas agora estavam erradas e estranhas até entre mim e ela, como se não bastasse Riller. - Mamãe disse que era pra te levar pra universidade. Me obrigou, mesmo eu sendo um primo bom e tentando fazer ela entender que você vai saber o que fazer. - São alguns minutos de caminhada. Eu falo que você tentou. Ele da uma risada, balançando a cabeça e acho que entendendo de verdade a bagunça toda ou meus meios. - Eu estou aqui, indo pra lá, vamos, já que saiu do casulo, deixe alguém estar com você, o que me diz? Isso não é só para mamãe, mas pra todos nós. Você é uma Smith, isso significa que tenho que ajudar de alguma forma ou tentar. -Louise vai encontrar-se com você? - Eu paro de andar e ele para o carro. - Bem, a gente se falou faz dois dias, ela não está muito bem também, com essa história toda as coisas estão r**m. Dei a volta no carro e entrei. Precisava agora de uma prévia, pelo menos de Louise, não era lá muito sensata ignorar ela ou não dar um sinal de fumaça positivo pra ela. - Ninguém esperava isso - Falo. - Sabe, isso tudo, parece que minha vida virou enredo de livro ou até uma novela mexicano, daqueles bem dramáticos. - Com a diferença de não ter lá um lado muito positivo pro final - Ele para no sinal e balançou a cabeça, como se percebesse o que aquilo que ele falava era r**m, e é, era. - Desculpa, ainda estou meio chocado com isso, mesmo não sendo o centro da história, mas vendo alguém que gosto muito, na verdade, três pessoas que gosto muito, passar por isso. - Eu entendo, relaxa. Foi tudo meio, sei lá, bosta! - Louise descobriu aquele dia também, eu estou do lado dela, mas a história de Heid, eles e sua, parece enredo de novela mexicana mesmo, mas aqui não temos um roteiro do que fazer. Isso era verdade, não tínhamos roteiro nenhum, por isso a falta de pró-atividade em o que fazer agora ou o que vem agora. Ninguém sabia. Bem, pelo menos eu não. - Sabe que me envolvi com Riller, não sabe? - Sim, vocês ficaram também. O cara não está bem, acho que se não fosse o último semestre dele, bem, ele já teria dado no pé. Ele gosta de sumir, sabe? - Não está fácil pensar nele como meu irmão, j**k, não está nenhum pouco fácil! Admito, lembrando da última vez que eu vi ele, da última vez que vi nos olhos dele tudo aquilo, que era reflexo do meu. Ficar apaixonada pode ser um problema as vezes, isso era uma anotação que eu iria levar como aprendizado e maturidade. - Mas vocês não sabiam. A culpa não é sua, nem dele. Parem de pensar e se culpar, sigam a vida de vocês, isso vai passar, vão ficar m*l, mas sigam em frente. Vocês não são o passado dos pais de vocês. Louise está repetindo isso pra ela ficar bem, sabe, ver Louise assim não é algo que eu goste, eu não conheço a mãe dela e nem esse Haid, mas já não gosto deles. - Jack... - Você sumiu por uma semana, sumiu mesmo, se isolou naquele cubículo. Louise ficou quieta e não faz comentários sobre minhas camisas ou o modo como eu arrumo meu cabelo. - As coisas saíram dos eixos. - Mas deve fluir, agora não fica parada, nada fica parado. Deixa fluir, Analu. - Já não é tão importante pra mim j**k, acho que agora é só o tempo, eu não quero me prender nisso, quero minha paz e minha rotina, estudar e alcançar meu objetivo aqui. Agora mais que nunca preciso dos meus planos e metas, objetivos e sonhos. - Isso, eu sei que sou seu primo faz pouco tempo, não somos tão próximos, mas estou aqui para o que precisar, de verdade. Eu gostei de saber que tenho uma prima e de ver minha mãe sorrir, então conta comigo pra o que precisar. Fiquei em silêncio, vendo ele estacionar o carro e suspirar por um segundo. - Preciso de um advogado. Jack me encarou, analisou o meu pedido e depois riu. - Um advogado? Pra que você quer um advogado, prima? - Sim, eu ainda não falei com sua mãe sobre, mas eu vou recorrer ao seguro e aos bens da minha mãe, com a correção monetária justa. Eu não quero nada dele, apenas o que minha mãe tinha, ele traiu ela, assim como eu de alguma forma. Jack me encarou surpreso, ficou calado, pensando no que poderia falar ou se me ajudaria, eu esperava e estava pronta se ele não me ajudasse ou a mãe dele, mas ele conhecia bons advogados pelo tempo de universidade e meio que ele estava inserido, além de estar estagiando em um escritório da cidade. Tia Rose havia comentado algo e eu podia tirar proveito disso. Os fins iriam justificar os meios. - Heid já sabe? - Mandei um aviso, logo ele vai saber do meu desejo e vontade. - Acha que vai precisar de um advogado, Ana? - Não sei, mas quero estar pronta. Acho que nessa altura posso dizer que não conheço meu pai tão bem assim, ele se mostrou imprevisível e agora eu também tenho que ser de alguma forma se tratando desse assusto. Ele nunca nem citou. - Certo, acho que no seu lugar faria o mesmo, levando em conta as circunstâncias - j**k puxou o celular dele. - Eu tenho um contato sim, ele é meu tutor no escritório, ele é ótimo e pode estar interessado no caso, retomar posse. Posso tentar, o que acha? - Ótimo - Deslizei meu telefone até ele. - Não, você vai lá e conversa com ele, eu vou marcar e você conversa com ele diretamente,eu faço estágio lá e uma outra galera, ele já ajudou alguns. Seu caso pode ser que dá certo. - Obrigado. - Se precisar de alguma coisa pode me ligar ou mandar uma mensagem, leva a sério o que eu falo ou minha ajuda. - Tá bom. - Ana - Eu fechei a porta e encarei ele pela janela. - Posso te pedir um favor, de coração? Como alguém que está vendo tudo que está acontecendo e como está acontecendo? - Diz. - Se ver Louise ou ela for até você, pra falar com você, bem - Ele fez uma pausa, dando um sorriso triste. - Fica bem com ela, ela também não está legal, mesmo tentando ser forte com tudo isso, eu sei que ela tá sentindo a história toda. Não imagino o que se passa com vocês, mas vejo o quanto estão r**m. Os três. Sorri pra ele, lembrando da frase que eu tenho refletido comigo e levado comigo mesma nos últimos tempos, até mesmo pra Riller, antes da confusão toda. - Ela não tem culpa de nada. Não se vive de passado. Eu vou tratar ela bem, ela ainda é uma boa amiga e me deu uma força quando cheguei aqui. - Obrigada, de verdade. Ele sorriu, parecia agradecido por eu apenas dizer que iria tratar ela bem, pra fazer bem pra ela. Era bonito aquilo, a preocupação e o cuidado. Bem, isso me fazia ver outro ponto, um ponto sobre Riller. Como ele estaria depois dessa semana? Eu não havia respondido alguma mensagem dele e algumas ligação, até pensei que ele havia ido no meu apartamento e eu não havia abrindo a porta, fingindo não estar em casa. Ele havia tentado saber sobre mim, na verdade muita gente, enquanto eu fiquei em silêncio, absorvendo aquelas coisas e pensando nos meios. Bem, eu tinha a sensação que logo eu saberia sobre Riller. Não me pergunte como, apenas sabia. Mas poderia ser que eu estivesse esperando isso, ver ele e saber como ele estava. Eu ainda preocupava com ele. Na verdade sentia muita coisa por ele. AVISO - Mais um capítulo fresquinho (finalmenteeee), para ficar por dentro adicione o livro na biblioteca, comente sempre nos capítulos para eu poder saber o que vocês acham e deixe o seu voto maravilhoso ou me sigam para receber novidades e atualizações. Até amanhã com mais um capítulo. Att, Amanda Oliveira, amo-te.
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