Vidas Cruzadas

Periferia de Curitiba 1980,quatro amigos estavam sentados na calçada conversando e jogando truco,enquanto crianças jogam bola,as mães sentadas em frente seus portões conversam,um grupo ouvindo música em uma roda de vióla,uma noite típica de verão,na periferia da capital do estado;porém m*l sabia os quatro amigos que a partir aquela noite a vida deles mudaria e consequentemente a destino de outras pessoas. João é conhecido por toda a vizinhança era o mais extrovertido dos amigos,sempre fazendo seus corres para ajudar a mãe com a venda de doces e salgados,para complementar a renda da família,já que a mãe cria sozinha seus dois filhos após a morte trágica de seu marido; João tem 16 anos,fora o tempo que passa ajudando a mãe,ele estuda e atarde trabalhava como empacotador em um mercado da região. Paulo tem 18 anos, é o mais misterioso dos quatro amigos, mora com sua avó desde criança, após sua mãe sumir no mundo e o abandonar,ele tem um relacionamento com Cristina, irmã de João ,uma jovem muito bonita e estudiosa porém muito,muito ambiciosa . Renan tem 17 anos e mora com os pais, abandonou a escola para ajudar o pai na oficina da família,aos poucos ele vai descobrir que o pai não é o herói que ele tanto admirava. Leandro(leco) tem 16 anos, flamenguista roxo,vive falando que ainda jogará no seu time do coração. Estavam os quatro amigos jogando truco na frente da casa de João se divertindo,até que por volta de 20 horas,passou um rapaz de moto e ao parar chamou Paulo ,que logo ficou sério e desconversou com o questionamento dos amigos sobre quem seria o rapaz da moto,enquanto Paulo conversava com o motoqueiro,Renan olhava meio desconfiado,aquele homem não era estranho,ele só não lembrava de onde conhecia,ao perceber que Paulo estava ficando um pouco alterado com a conversa,Renan chamou a atenção dos amigos que estavam distraídos vendo as meninas dançando na rua ,logo Paulo se virou para os amigos e disse que já tava indo embora,que tinha que resolver um assunto urgente do trabalho,despediu de seus amigos e subiu na moto,nessa hora pediu pro João avisar Cristina que amanhã bem cedo antes das 09:00 passava ali para buscar ela, João só concordou com a cabeça,e o motoqueiro saiu acelerando,os 3 amigos desconfiavam um pouco sobre qual seria o trabalho de Paulo,afinal ele sempre estava bem arrumado,porém ninguém sabia aonde ou o horário que trabalhava,o mesmo não deixava faltar nada na casa da avó sempre a ajuda com as contas e os remédios,com o passar das horas,os jovem se despediram, João entrou em casa e ao ver sua mãe na cozinha terminando de enrolar alguns salgados,foi lhe ajudar a embalar os que já estavam prontos,para o evento no dia seguinte em um parque da cidade ,os dois ficaram um bom tempo ali jogando conversa fora ,até que Cristina entra em casa cheia de sacolas de uma certa loja, sua mãe logo a repreendeu pelo horário é a questiona sobre o proceder do dinheiro para aquelas compras, pois a mesma tinha dito que não poderia ajudar em casa este mês pois teria que pagar umas aulas extras no cursinho que fazia, começaram ali uma discussão e com elas já alteradas, João teve que intervir,levando a irmã para o quarto e passando o recado do Paulo ,deu as costas e foi para a cozinha junto a mãe que estava chorando sobre a mesa ,ele a abraçou, João - mãe não liga para as loucuras da Cristina,a senhora sabe como a guria é ambiciosa,achou mesmo que não ia subir na cabeça dela estudar com um monte de patrícia. Regina - aí meu menino o que seria da minha vida ,da nossa família sem você pra me ajudar ,vocês são as melhores lembranças do seu pai , mas eu sinto que esse namoro da sua irmã com o Paulo ,ainda vai nos trazer vários problemas. João - minha mãe o Paulo é um mistério pra todo mundo , mas pense pelo lado bom,logo ele se casa com a Cristina e leva ela daqui aí esse paraíso será só nosso minha rainha ,eu nunca vou te deixar sozinha porque te amo minha velha. A mãe dá uma t**a de leve no braço de João enquanto ri do que ele falou ,ele lhe dá um beijo no rosto e segue para o seu quarto. Renan ao chegar em casa percebo a agitação do meu pai no telefone,e fico atrás da porta tentando ouvir e entender o porquê do pai estar tão bravo,boa coisa sei que não é,porém minha mãe me chama atenção. Márcia - sai daí pia que coisa f**a ficar escutando a conversa dos outros! Renan - aí mulher que susto,a senhora sabe com quem o pai tá falando?sabe se tem a ver com aquelas peças que chegaram ontem na oficina? Márcia - não tenho certeza,só sei que seu pai já está a horas nesse telefone,vamos deitar que já tá tarde pia,boa noite meu amor! diz me dando um beijo na testa. Renan - boa noite,durma bem minha mãe. Entro no meu quarto e aí me vem na cabeça de onde eu conheço o cara da moto,ele que entregou as peças na oficina ontem,qual será o rolo ,e será que o Paulo tem algo com isso,fico martelando minha mente até que pego no sono . João O dia m*l clareou,e eu já estou ajudando minha mãe com os kits,para não acontecer nenhum imprevisto durante o dia, após deixar tudo ajeitado tomamos um bom café,em seguida sigo tomar um banho e me vestir,escuto uma buzina lá na frente ,saiu na porta e vejo o Paulo de moto. João - fala piá,já cedo querendo dor de cabeça atrás da minha irmã,me diz como aguentar aquela guria? Paulo - fala periquitinho, quando você achar uma guria que faz tudo que você quer na cama ,você vai ter essa resposta. João- credo que nojo ,não preciso saber da vida s****l daquela doida,entra aí vou chamar a Cristina. Paulo - valeu ,mas espero ela aqui, sei que tua mãe não vai com a minha cara. João - você que sabe! Entro em casa e vou até o quarto da Cris,a garota tava parecendo uma árvore de natal,cheia de brilho,isso que são só 08:30 da manhã ,não sei como ela conseguiu, garota influenciável misericórdia. João - o rica da favela ,não gostei nada do jeito que você falou com a mãe ontem em, não esqueça que você tá aonde tá hoje é porque aquela mulher se sujou muito ,passou noites em claro para madame aí ter uma cama quentinha pra dormir. Cristina - me erra ranhento ,eu sei o que faço da minha vida e favelada e sua querida aninha, "OPS" desculpe ela não é sua! Ela diz dando risada e sai dali ,só dá um bom dia pra nossa mãe e sai batendo a porta ,a gente fica olhando pela janela. Regina - aí João aonde eu errei com sua irmã? João - a senhora não errou em nada mãe,só que as amizades subiram subiu na cabeça dela.