Significado de Todas as Coisas

3365 Words
Às vezes sacrifícios precisam ser feitos para proteger o que é importante. Por um breve momento, meu corpo paralisou como se estivesse entorpecido. Não sabia se era por medo ou por não saber o que fazer. Independente da razão, eu simplesmente estava congelada. Havia um vazio estranho em mim. Tente não focar minha mente nisso, me concentrando apenas no que podia acontecer e principalmente de que estava segura com Dante. Ace deu um passo para frente, fazendo com que mecanicamente recuasse enquanto Dante se interpunha entre mim e ele. Dava para sentir as faíscas entre eles. As coisas estavam bastante complicadas para nós já que não tínhamos com o que nos defender — no meu caso, não é tão necessário. Reuni minha energia e criei um arco e flecha. Afastei-me da proteção que Dante mantinha sobre mim e apontei a flecha luminosa e cheia de poder destrutivo para Ace. — Ora, vejo que nesse meio tempo você evoluiu — Ace manifestou, andando tranquilamente de um lado para outro — Mas não é o suficiente! Para minha desagradável surpresa, Ace ergueu o braço revelando o brilhante e imponente Santo Graal. Foi uma luta para não ofegar em descrença. Eu estava confiante que nada poderia acontecer e que ninguém poderia sequer tocar no Santo Graal. Principalmente tratando-se de Ace. O Santo Graal rechaçava demônios e todo tipo entidade sombria. Seria impossível para Ace pega-la. Podia não saber que ser era Ace, mas ele definitivamente não era humano e até juraria que fosse na realidade um demônio. — Surpresos? — Ace abriu um sorriso pretensioso. — Nem tanto, fiquei surpreso pela sua completa falta de bom senso em ter voltado. Quer relembrar a surra que te dei na ultima vez? — Dante ralhou, fingindo um bocejo. — Pena que nesse momento os ventos estão a meu favor — Ace rebateu, sem se deixar levar pelas palavras de Dante. — Hãn? O que? Desculpe, não escutei — Dante colocou perto do ouvido, como se estivesse tentando ouvir plenamente o que Ace dissera. Apesar do aparente tom debochado de Dante, a mascara de frieza e seriedade na expressão de Ace não se abalaram. — O que você quer Ace? Como conseguiu pegar o Santo Graal? — indaguei, minha voz saiu tremula e esganada. — Eu quero você, Ivy — Dante olhou para mim confuso. “Ivy?” Sabia que uma hora ele descobriria a verdade. Eu nunca esconderia nada de Dante, mas não acho que meu nome verdadeiro seja tão importante assim. Diva é apelido. Meu nome é Ivy Valentine! Longa historia... — O Santo Graal é uma arma que recusa demônios, mas não me recordo de ter dito que era um. Alias, nunca te disse o eu era. Bem, chegou o momento, eu sou um nephilim. Eu não era nenhuma especialista no assunto e nunca me chamou tanta atenção para saber. No entanto, pelo pouco que sabia Nephilim era descendente de anjo. Olhando para Ace era impossível acreditar em algo assim. Como pode alguém que tenha sangue de anjo correndo em suas veias possa ser tão perverso e c***l. Isso soava irônico, Dante é um mestiço de demônio e possuía uma alma verdadeira, bondosa e nobre como o pai dele, Sparda. Ace, por outro lado, era um híbrido de anjo e possuía uma aura tão sombria e carregada de um ódio mortal. Comparar ambos é a mesma coisa que comparar o céu e o inferno. De qualquer forma, o ódio que encobria o coração de Ace devia ter um motivo. Naquele momento, era a ultima coisa queria saber. — Vamos cortar o papo furado. Ela fica e se quiser pega-la vai ter que passar por mim. — Dante me puxou para perto — Previno que não serei tão bonzinho, e não te darei uma chance como da outra vez. — Farei você engolir suas palavras, filho de Sparda! — Pode vir! Nephilim ou não terei todo prazer em acabar com você. — Dante deu um sorriso arrogante. Ainda estava tentando entender a razão de tanta confiança. Não tínhamos vantagem. Dante desarmado, o Santo Graal com Ace e eu... Espera, podia invocar as armas de Dante até aqui. Bati em minha própria testa. Eu devia ter pensado nisso antes. Posicionei minhas mãos, criando uma esfera de energia. A lancei para Dante que estendeu a mão, sendo encoberta pela luz. Com a intensa luminosidade, fechei os olhos cobrindo-os com as mãos. Assim que os abri, percebi que Dante estava equipado tanto com as pistolas gêmeas Ebony & Ivory quanto com Rebellion. — Que tal um beijo de boa sorte? — Dante instigou, olhando-me provocantemente. Não pude negar o pedido dele. Na pontinha do pé, o beijei rapidamente. — É bom que ganhe! — sussurrei segurando seu rosto bem próximo ao meu. — Hm, se eu ganhar terei alguma recompensa? — Sim, não te matarei! — Como se você pudesse — ele revirou os olhos —, mas farei isso apenas para te ver feliz, doçura. — Bom saber. Chute o traseiro dele por mim. — brinquei. As mãos de Dante deslizaram lentamente pelas minhas costas para meu b***a. Inacreditável que mesmo em uma situação com essa, ele não deixe esse lado pervertido. Pergunto-me se isso é a seca — quase uma extrema abstinência de sexo. Nem fiz questão de tira-la de lá. — Com todo prazer! Ainda nos braços de Dante, olhei para Ace. Finalmente a mascara que ele mantinha se suavizou, e seu rosto estava retorcido em um misto de fúria e repulsa. — Aproveitem esse pouco tempo juntos. Posso até afirmar que aproveitaram muito — Ace debochou sarcástico. Cerrei os punhos, irritada. Tentei não dar o gostinho a ele de perder o controle e acabar eu mesma com essa batalha. Senti o calor de Dante afastando-se de mim. E nesse instante, um calafrio percorreu meu corpo. As nuvens grossas e escuras no céu noturno anunciavam uma forte tempestade. Não dava mais para ver a lua ou as estrelas. O brilho de um trovão cortou a escuridão e seu ensurdecedor som ecoou. Aquilo fora o bastante para que chegasse a chuva. Dante se posicionou com Rebellion e Ace fez mesmo. — Daremos um fim... — Dante começou. — A essa nossa batalha... — Ace continuou, andando na direção de Dante e vice versa. — De uma vez por todas — disseram em uníssono. Houve um choque quando as laminas se riscaram e fez com que uma rajada de vento varresse o local. Eles se encaravam, confrontando-se pelo olhar. Dante viu em Ace um adversário em potencial. A chuva se intensificara quando Dante moveu-se para atacar o pela direita, que conseguirá bloquear o ataque com rapidez. Todo cuidado era pouco, se caso o Santo Graal tocar nem que seja em um minúsculo corte na pele, Dante agonizaria. Afastei-me para não atrapalhar a luta. Os golpes de ambos eram rápidos, precisos e com muito poder. A colisão consecutiva das lâminas em meio à chuva era imperceptível a olhos não tão treinados quanto os meus. Dante tentou atacar furtivamente por cima, Ace jogou-se para trás. O ataque não foi certeiro, mas deu um segundo de vantagem para Ace, que prontamente revisou. O Santo Graal cortou uma parte da camisa de Dante, por sorte não encostou na pele. Ele por sua vez, atirou-se para trás refazendo sua posição. Algo muito errado aconteceu para Dante se distrair e se deixar a mercê dessa forma. O vento rugia por entre nós, balançando folhas e as gotas de água pelo campo. Respirei longamente para me acalmar do susto. Isso foi quase. Dante se encontrara em posição de ataque, podia ver um pequeno sorriso de satisfação no rosto dele. Ace avançou contra ele, como investidas velozes que Dante desviou facilmente. Eu me sentia um pouco inútil, mesmo encarando Ace frente a frente, ainda tinha medo dele. Então, mesmo depois de tanto esforço, ainda não estou preparada para uma luta. Eu era fraca fisicamente e psicologicamente. Ace olho de soslaio para mim. Meu corpo se enrijeceu. — Isso é patético. Ela — ele aponta a espada para mim — se tornou sua fraqueza. Fraqueza? Senti-me um pouco abatida e angustiada. Nunca tinha pensado nas coisas dessa forma. Além de não ajudar Dante em nada, de quebra era sua principal dor de cabeça. “Não ligue para ele, doçura!” De repente, Ace sumiu. Desesperadamente, olhei para todos os lados. Dante me olhava em sinal mudo para que ficasse totalmente alerta. Caminhei em sua direção, porém algo me impediu de prosseguir. Ace estava na minha frente, imóvel como uma estátua de gesso. Logo, senti um forte formigamento e ardor no meu rosto, o calor ondulou pela minha bochecha. Ele me bateu. Toquei o lado dolorido, as lágrimas de humilhação e raiva queimaram em meus olhos. Não importa o que acontecesse, eu não choraria. — Desgraçado! — vociferei. — Filho da p**a! Ele pegou pelos ombros, lutei de imediato, violentamente, tentando me livrar dos braços do meu algoz. Nada pareceu adiantar. Ace virou-me para encarar um olhar em chamas. — Solte-a, agora — Dante exigiu, ele lutava para manter a voz estável, mas ainda senti a raiva tremular. — Ela é tão delicada! — Ace fez um fino corte no meu pescoço, um filete de sangue escorreu pela ferida. — Nossa doce Unchant, tem um sangue poderoso assim como sua antecessora, Arya! Ace deixou o sangue escorreu sutilmente pela lâmina do Santo Graal. A espada ressoou e emitiu um brilho dourado absorvendo o sangue. — Como suspeitava... Ele me empurrou, eu tropecei e cai no chão molhado. A luta recomeçou. Não prestei tanta atenção nela. A ferida começara a cicatrizar. Levantei e olhei para os dois homens lutarem incansavelmente. Ace levava a vantagem pelo poder repelidor do Santo Graal. A situação não era das melhores. Foquei minha energia em Dante, tanta que m*l consegui ficar de pé. [Píer] A chuva já se tornara uma terrível e pressentida tempestade. — Acha que devemos ajuda-los? — a garota de longos cabelos negros, perguntou. Ela observava a cena com um binóculo. Por ele, consegui ver claramente o antigo companheiro e o filho de Sparda lutando. — Ele está com o Santo Graal! — Vamos ver até onde o filho de Sparda consegue — o homem contestou friamente, seus olhos negros olhavam na mesma direção que a garota olhava. — Mesmo para um descendente do sangue de Sparda, não é capaz de lutar contra uma arma como o Santo Graal. — Os anos fez com que perdesse a força — ela objetou, mordendo os delicados lábios inferiores. — Mesmo se estivesse em plenos poderes precisaria do sangue para alimenta-lo... — Não é o que parece — ele a interrompeu. — No momento, não se preocupe Rainy que agiremos conforme o plano. — Vincy, acha que Alexander ficaria orgulhoso de nós? — Não sei, mas faremos o desejo dele! Vamos proteger o legado de Alexander! A garota sorriu abertamente. Diva I can't feel my senses, I just feel the cold Eu não consigo sentir meus sentidos, eu apenas sinto frio All colors seem to fade away, I can't reach my soul Todas as cores parecem desaparecer, eu não consigo alcançar minha alma I would stop running, If I knew there was a chance Eu pararia de correr, se eu soubesse que havia uma chance It tears me apart to sacrifice it all but I'm forced to let go Me machuca ter de sacrificar tudo mas eu sou forçada a desistir Ace achou uma brecha na defesa reforçada de Dante. Permitindo fazer um minúsculo corte no braço de Dante. Pela primeira vez, vi uma expressão de dor no seu rosto. Aproveitando-se do momento oportuno, Ace andou em minha direção. A espada riscando no chão gerando um ruído de atrito, o olhar dele era frio e penetrante. — Isso vai terminar aqui! Seu salvador está incapacitado e você está desprotegida. Se eu tivesse um pouco mais de energia, poderia criar um escudo e curar Dante, mas m*l conseguia mexer meu corpo. Fechei os olhos esperando a dor, mas não veio. Tell me I'm frozen but what can I do? Me diga que estou congelada mas o que eu posso fazer? Can't tell the reasons I did it for you Não posso dizer as razões mas eu fiz isso por você! When lies turn into truth I sacrificed for you Quando mentiras se tornam verdades eu me sacrifico por você You say that I'm frozen but what can I do? Você diz que eu estou congelada mas que eu posso fazer? Foi tudo muito rápido, quando dei por mim notei a ponta do Santo Graal ensanguentado. Havia uma defesa vermelha impedindo o golpe certeiro. A espada perfurou o corpo de Dante, atravessando-o. A lâmina ficou a poucos centímetros de mim. — Ah, que tocante! — Ace zombou. O sorriso era evidente no rosto sombrio dele quando retorceu o Santo Graal no peito de Dante, que solto Rebellion e deu um grunhido de agonia. O sangue de Dante respingou no meu rosto e pelo meu vestido. I can feel your sorrow. Eu posso sentir sua tristeza You won't forgive me, but I know you'll be all right Você não me perdoará, mas eu sei que você ficará bem It tears me apart that you will never know but I have to let go Me machuca e você nunca vai saber mas eu tenho que desistir — Veja em primeira mão a morte do seu amante, Diva! Não! Isso não pode estar acontecendo! Ace tirou a espada e eu corri imediatamente para acudir Dante. O sangue escorria livremente pelo enorme ferimento. Eu o abracei desolada. Ficando entre Ace e ele. Meu coração se apertou, dando uma batida vacilante antes de começar a bater descompassadamente. Ace fez menção de me atacar, o observei com horror. — Se for me matar, faça logo! Tell me I'm frozen but what can I do? Me diga que estou congelada mas o que eu posso fazer? Can't tell the reasons I did it for you Não posso dizer as razões mas fiz isso por você! When lies turn into truth I sacrificed for you Quando mentiras se tornam verdades eu me sacrifico por você Dante tentou se levantar. Mas era visível a dor em seus movimentos, principalmente com demasiado esforço. Minhas lágrimas se misturavam com a chuva. Estava tão frio, e a sensação de vazio tomava conta do meu corpo. O que significava tudo aquilo? Dante estava morrendo nos meus braços? Não podia aceitar isso. Nunca. Coloquei minhas mãos no ferimento no peito de Dante, focalizando o restante da minha energia naquele ponto, para assim cura-lo. Não adiantava, eu estava quase sem forças. Os passos de Ace me fez tremer de medo. Queria que ele me deixasse sozinha e que tudo que acontecia fosse apenas um pesadelo. — Dante, não me deixe! — minha voz saiu embargada. No entanto, Ace hesitou. Seus olhos mostravam relutância, algo que nunca tinha visto em nenhuma ocasião desde que nos conhecemos. Uma forte ventania começou. E uma fita branca pegou o braço de Ace, e reparei duas presenças no local. Visualizei as figuras de um homem e uma mulher. — Faz muito tempo — Ace expôs, encarando por cima dos ombros a figura que enlaçava seu braço. — Muito tempo, Ace — a mulher rebateu, ela o afrontava com tristeza. — O que fazem aqui? — Viemos proteger o legado de Alexander — a garota respondeu. — Você sabe muito bem disso. — Como pode nos trair? — o homem se pronunciou, sua voz gélida e afiada. — Trair Alexander? You say that I'm frozen but what can I do? Você diz que eu estou congelada mas que eu posso fazer?! O que? Ace e Alexander estavam relacionados? Por que Alexander nunca me disse? Lembrei-me do que Alexander me dissera uma vez, mesmo que não seja com total certeza, ele comentou algo sobre um santuário onde podia esclarecer todas as minhas duvidas. Balancei minha cabeça, que latejava com a lembrança. — Isso não importa! — Claro que importa — a mulher gritou, explodindo em cólera. — Você era nosso companheiro! Ace se soltou da faixa e andou para fora do alcance daquelas pessoas. Antes de partir ele me encarou. — Ainda não acabou Diva! — então ele desapareceu na escuridão. Tanto o homem quanto a mulher olharam para mim. — Diva? Como você cresceu — a mulher murmurou gentilmente, esboçando um sorriso. — Irmão, lembra quando Alexander nos mostrou ela. Diva era tão pequena. — Isso é óbvio, ela ainda era um bebê na época. Franzi o cenho. Eu estava confusa com todo aquele papo estranho e sem sentido. Entretanto não tinha tempo para perder com esses assuntos, pelo menos não agora. Toquei o rosto de Dante, ele estava gelado. Everything will slip way Tudo irá embora Shattered peaces will remain Destroços ficarão When memories fade into emptiness Quando lembranças desaparecem no vazio Only time will tell its tale Apenas o tempo dirá If it all has been in vain Se tudo foi em vão — Não, Dante! Não me deixe! — o sacudi — Isso é tudo minha culpa, não servo para nada. Agora o homem que amo está morrendo. — Fique calma! — Calada! Deixe-me em paz! — gritei, nervosa. Novamente pousei as mãos no ferimento, tinha que tentar quantas vezes meu corpo permitia. Fiquei frustrada com minha falha. Um soluço jorrou pela minha garganta, iniciando um ataque de pânico. Olhei para minhas mãos encobertas com sangue e me lembrei do sonho que tive quando acabara de chegar nesse mundo. O cenário não era o mesmo, mas ainda era a mesma situação. Eu estava com sangue em minhas mãos e não eram meus, mas de Dante. Eryna estava errada, a morte não me rondava, ela rondava aqueles que estavam a minha volta, as pessoas valiosas para mim. Apesar isso, mesmo não morrendo a sensação de perda era tão grande e avassaladora que era como se eu estivesse morta. A chama se extinguira. I can't feel my senses, I just feel the cold... Eu não consigo sentir meus sentidos, eu apenas sinto frio... Frozen... But what can I do? Frozen Congelada... Mas o que posso fazer? Congelada... Tell me I'm frozen but what can I do? Diga-me que estou congelada mas o que eu posso fazer? Uma morte sem morte estava viva fisicamente, mas morta espiritualmente. Sentia que minha alma queria se despedaçar. Não tinha motivos para continuar viva. Essa é a sensação de se perder algo muito importante? Sacrificar tudo por algo? Transtornada, peguei Ivory mesmo temerosa e apontei para minha própria cabeça. Não, nunca pensei que faria algo assim, nunca fui do tipo que se deixava levar pela tristeza. Agir daquele modo era impulsivo e i****a da minha parte. Dante ainda pode me ouvir? A mulher tirou a arma de minhas mãos. — Não seja estúpida, acha que ele gostaria que se matasse? — ela me repreendeu — Que fosse fraca e se entregasse ao desespero? — Dói tanto — sussurrei, minha voz saiu rouca e baixa. — Tanto que não consigo respirar Can't tell the reasons I did it for you Não posso dizer as razões mas fiz isso por você! When lies turn into truth I sacrificed for you Quando mentiras se tornam verdades eu me sacrifico por você You say that I'm frozen, frozen... Você diz que eu estou congelada , congelada... — Eu sei — ela me abraçou, afagando minhas costas. Eu estava sendo consolada por uma mera desconhecida, que de certo modo salvou a minha vida. — Chore o quanto tiver que chorar, estaremos aqui por você. As lágrimas corriam livremente pelo meu rosto. — Estou congelada! Ele levou meu coração e minha alma com ele. Não era para terminar assim! Eu nem ao menos pude fazer nada... Tudo isso é minha culpa! Minha culpa! — Não se culpe! — Dante... me perdoe... — Vamos tirar vocês daqui — o homem disse, agachando para ficar cara a cara comigo. — Prometo que faremos o que estiver no nosso alcance para salva-lo, não chore mais. Eu tinha prometido a Dante que não choraria, era isso que iria fazer. — Espere por mim, Dante!
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD