Um pequeno pedaço do Paraíso

3338 Words
Eu não sabia ao certo o que sentia. E, apesar disso, cada parte do meu corpo queimava — não de uma maneira r**m —, um leve ardor percorria todos os locais onde as mãos de Dante passavam. Eu fiquei paralisada por um segundo tentando absorver o que estava acontecendo. Mas algo no meu inconsciente me dominou; uma avassaladora e intensa vontade de ignorar todos os sinais de alerta e pular de cabeça na situação, não importando os riscos. Eu não queria me opor aquilo. Dante era a chama que me aquecia e enquanto estivesse nos seus braços, nada e nem ninguém poderia apagar — o engraçado de se gostar de alguém é que da noite para o dia, nos tornamos poetas. Quando senti a língua de Dante pedindo passagem, percebi que estava totalmente a sua mercê. Meu corpo reagia com o dele, movendo-se em uma sincronia perfeita, uma forte corrente elétrica passou dele para mim. Dei permissão para que o beijo se aprofundasse. Percebi que a cada toque possessivo e levemente restritivo de Dante aos poucos se tornaram suaves sem permitir que algum de nós se afastasse, como se ele quisesse me tomar para si. Um tremor percorreu meu corpo e ele pareceu senti-lo, já que me seu aperto ficou firme. Havia uma gentileza quase assustadora em seu toque. O ar começou a ficar escasso, mas não era como se eu tivesse força para parar. Aos poucos, o beijo ficara urgente. As mãos de Dante tatearam até a dobra da minha camiseta. Se continuasse naquele jeito, ficaríamos colados — sem contar em outras coisas que poderiam acontecer. Com delicadeza, ele afagou minhas costas e me nos afastamos. Respirávamos rapidamente, num mesmo ritmo. Os olhos azuis de Dante mostravam determinação e espírito. E, muito diferente das outras vezes, no qual eu desviava ou sequer tinha audácia para olha-lo — sequer podia sustentar meu olhar sobre ele —, nessa tinha coragem suficiente e não havia duvida ou hesitação da minha parte. Eu estava presa, hipnotizada pelos azuis dos olhos de Dante. Era como se visse um pequeno pedaço do céu nos olhos dele. Eu conseguia sentir o calor familiar no meu rosto. Concentrei apenas em normalizar minha respiração. — Aham! — ouvimos alguém limpar a garganta. Agora eu me lembrei da presença de Nero. Eu não me mexi, estava extremamente constrangida. Dante só me olhava, olhar tanto penetrante quanto hipnotizador, enquanto absorvia sua intensidade. Sem duvida fora o momento mais intenso que eu tivera com um cara. Sorri e me afastei dele. Rapidamente ajeitei minha roupa e meus cabelos. Minha visão foi varrendo o local e pousaram-se sobre Nero. Ele evitava nos olhar e estava visivelmente desconfortável. — Agora que eu finalmente te encontrei, vou ter certeza de nunca perde-la de vista — Dante disse, lançando um sorriso despreocupado. — Nunca conheci alguém, principalmente sendo uma garota tão difícil de encontrar! — Nem é tão r**m. Você me encontrou! — contestei, alegremente. Por um breve momento, senti uma estranha tensão no ar — tanto que ficamos em silencio mortal. Não sabia o porquê, mas conclui que era apenas impressão. Num movimento rápido, Dante me tirou do chão. Coloquei a mão em seu peito. — Antes de partir, tenho que falar com a Kyrie! — disse, olhando diretamente para Nero. — Poderia me acompanhar? — pedi a ele. Ele assentiu. Com um pouco de relutância, Dante colocou-me no chão. — Dante poderia me esperar aqui? — A principio, Dante pareceu não se importar muito – se for o contrario, pelo menos ele não deixava transparecer —, talvez não fizesse tanta questão de passar pela cidade, até porque as pessoas poderiam ficar impressionadas com sua presença. — Prometo que volto inteira. Claro, que Dante, apesar de parecer bem indiferente não gostou muito da ideia de me deixar sozinha — ou quase. Eu entendia que ele queria me proteger, mas enquanto Nero estivesse comigo nada me aconteceria. Demorou mais do que o necessário para convencer Dante a me esperar — e acreditava que ele não ligava muito para isso. Ledo engano. Meus passos ecoaram na calçadeira juntamente com os passos pesados de Nero. O ar estava fresco e com um suave aroma de maresia; o céu limpo num azul claro e ofuscante. O orfanato ficava duas quadras do apê onde vivia com Kyrie e Nero. Era uma construção simples, mas não muito diferente como as outras construções ali. No entanto, ainda era a maior e tinha a coloração mais desgastada. Embora, eu tivesse convicção e a alegria, não ansiava tanto me encontrar com Kyrie. Só para me despedir e eventualmente não vê-la mais. Sempre odiei despedidas. Nero parou, quando a construção se erguera sobre nós com sua presença imponente e fria. Lancei-lhe um olhar de complexidade e compreensão. Estar naquele lugar reabria velhas feridas nele — ele não gostava muito de ficar lá dentro, até porque ele passou uma efêmera parte da sua infância ali e pelo que sei não foi muito agradável. Talvez não conseguisse esquecer o completamente o passado. Nero encostou-se a uma arvore, braços cruzados e deu um sorriso gentil. Fui recebida por um grupo de crianças e uma Kyrie super atarefada. Eu deixei escapar uma risadinha. Percebendo minha expressão de felicidade, Kyrie prontamente me puxou para um lugar reservado. — Porque essa carinha de alegria? — ela perguntou, tocando minha mão. — Estou curiosa para saber quem foi que te deixou tão feliz. — Ele veio! Dante veio me buscar! — afirmei solenemente. Ela arregalou os seus olhos castanhos. — Então... — ela deu uma pausa — isso é uma despedida? — indagou, o sorriso desapareceu dando lugar a um olhar triste. O tempo que passei com Kyrie, fez com que me apegasse a ela. Eu temia que esse dia chegasse. — Bem, acho que sim! — dei um sorriso reconfortante para ela. Kyrie pegou-me desprevenida com um abraço forte e um tanto desajeitada. Retribui apertando-a, enquanto tentava reprimir a vontade de chorar. A situação já estava triste o suficiente, se acabarmos chorando desmoronaríamos feito duas menininhas. — Eu queria te acompanhar, mas tenho muito trabalho — Kyrie explicou, sorrindo sem jeito. — Não se preocupe, eu entendo! — eu disse, serenamente – Mas eu posso ajuda-la um pouco com as crianças antes de ir. — Serio? – afirmei com a cabeça – Obrigada Diva! Ficamos um bom tempo conversando, depois ajudei com tudo que era necessário — até na leitura de historinhas infantis, tive até que interpretar os personagens (Que mico). Demorei um pouco, mas consegui me despedir de todas as crianças do orfanato. Sai rapidamente, dando um rápido aceno. Encontrei Nero ainda encostado na arvore. Ele veio em minha direção assim me viu sair. Andamos lado a lado, sem qualquer contato. Eu olhava para meus próprios pés no piso de pedras, vendo pequenas folhas presas a bota marrom que eu usava. Desde que partimos, Nero parecia um pouco distante. Era meio louco, mas eu quase podia jurar que ele estava irritado — ou chateado, quem sabe ele não quisesse que eu fosse embora. O olhei ao meu lado, andando calmamente, fiquei instigada a saber o porquê de Nero ter ficado aparentemente tão bravo. Nenhuma pessoa fica irritada do nada. — Porque você esta me evitando? — questionei, cruzando os braços. — Eu fiz algo que o irritou? — Anh? Não, claro que não! — ele rebateu, soando confuso. — Porque esta bravo? — Não estou bravo! — ele suspirou. — Se é porque vou embora... Ainda seremos bons amigos! Certo? — Sim, claro — ele respondeu incerto. Paramos. Nero estendeu os braços para me abraçar delicadamente, com todo cuidado para não me machucar com sua força. Ele afundou o rosto no meu cabelo, inspirando profundamente. Agarrei-me ao casaco azul dele. Delicadamente, ele pegou no meu ombro me afastando. Não conseguia sustentar meu olhar para encara-lo. Quando finalmente ergui minha cabeça para vê-lo, percebi o quão próximo estávamos. Nero estava tão perto. Perto o bastante para me tocar, conseguia sentir o perfume e o cheiro de pólvora e campo dele. E seus olhos tão azuis quanto de Dante olhos fixos em mim. Aproximação dele era quase perigosa. Não! , A voz gritou na minha mente. Virei à cabeça de lado, surpresa e chocada. Os lábios dele tocaram minha bochecha. Meus olhos ficaram semicerrados em cautela. Eu quase permiti que Nero me beijasse — que no final acabou tornando-se um simples beijo na bochecha, imagine se eu não tivesse virado o rosto. Lutei para manter o olhar estável e repreensivo. — Porque fez isso? — indaguei descrente. — Desculpe, queria ter certeza de algo — ele desviou o olhar, coçando a cabeça. — De que? — Se realmente sinto algo por você! Fiquei chocada. — Não, Nero! A Kyrie gosta de você e... Isso que sente por mim é apenas encantamento! — rebati tentando soar firme e confiante. — Eu...me desculpe. Aquele olhar que ele me lançou em seguida, me fez perceber que todas as minhas emoções dele estavam bagunçadas e ele parecia não ter controle sobre elas. Em silencio, voltamos a andar. Caminhávamos entres as casas e as ruas amarrotadas de pessoas. Nenhum de nós queria quebrar a paz daquele momento — nenhum de nós queria voltar a ter uma conversa sem acabar voltando ao assunto constrangedor de antes. Esse não seria o tipo de despedida que eu queria, era como se cada um fosse para seu canto. O Devil Bringer brilhou suavemente, e instintivamente o toquei o que causou o afastamento de Nero. Toquei novamente, não o deixando recuar. A pele da mão dele era fria e grossa em algumas camadas. — Não precisa terminar assim! — disse eu, sorrindo. — Ainda somos amigos, certo? — Sim — ele respondeu, dando um sorriso amarelo. — Tome cuidado, Diva! Não deixe Dante se aproveitar de você. — Vou tomar - respondi, explodindo em gargalhadas com o que ele dissera. — Não se preocupe, saberei onde chutar quando necessário. Ele me abraçou de lado. Encontramos com Dante de costas para nós, olhando para o mar. Assim que nos chegamos, ele se virou. — Vamos? — Sim! Dante estendeu a mão e rapidamente a pequei. Ele puxou-me de encontro ao seu peito e me ergueu. Acenei para Nero, me despedindo. — Bem, como pretende nos tirar daqui? — perguntei curiosa. Ele sorriu. Aquele sorriso fez todos meus pelos de braço de eriçarem. Algo me dizia que não nada bom. — Voando — ele respondeu tranquilamente, com um sorriso debochado. — Como? — disse alarmada. De repente, a aparência de Dante mudou. Sua pele se tornou escura, entre vermelho sangue, escuro e preto; e de contraste duro e frio. Fiquei muito emocionada — do que possivelmente com medo — e surpresa ao ver o Devil Trigger de Dante tão de perto e totalmente consciente. Reprimi um grito de euforia. O ar passava por mim num rapidez incrível. Agarrei-me firme ao corpo - com uma couraça dura e áspera - de Dante. Enquanto ele tentava não me pegar com força demasiada. Naquela forma, para Dante, eu era tão frágil quanto uma peça de porcelana. Eu nunca fui muito fã de altura — tinha pânico de locais altos, não era pouco não, era do tipo que me fazia borrar de medo —, mas voar era algo inexplicável. Não demorou tanto quanto esperava para chegar ao porto. Dante já voltara a sua aparência humana quando finalmente chegamos. A alegria e o alivio tomaram conta do meu corpo quando senti a terra firme debaixo dos meus pés. Passamos por uma rua depois do porto, adentrando as casas até chegarmos a uma estradinha sinuosa e semi deserta. Encontramos o carro vermelho escuro de Dante estacionado. — Diva! — ouvi alguém chamar. A voz era estranhamente familiar. Uma figura acenava animadamente para nós. E pude perceber que a figura não era nada mais nada menos que a irmã de Eryna, Maya. Ela veio correndo em nossa direção. — Un, ola Maya! — saudei. — Estou feliz que finalmente esteja bem e conosco. — Eu também. Fomos para o carro. Com insistência de Maya, sentei no banco de trás com ela. A viagem foi bastante exaustiva e Maya não parava de tagarelar sobre coisas sem muita importância. Eu realmente tentei acompanha-la, mas acabava ignorando-a. As horas foram passando rapidamente. Não entardecia, pelo contrario, estava amanhecendo, pensei olhando para o céu. Eu pude ver claramente a luz laranja e amarela encobrindo o céu. Minha testa comprimida na frieza do vidro da janela, constatando com o calor da minha testa. Maya dormia no meu colo. Já era noite quando chegamos ao museu. Deu um friozinho na barriga ao entrar naquele lugar novamente. Maya soltou um bocejo e levantou-se. — Minha irmã ficará feliz em te ver! — disse Maya, sonolenta. Meu primeiro passo foi vacilante, muito mais do que acreditava. Percebendo minha relutância, Maya pegou minha mão e puxou para dentro. Olhei Dante por cima dos ombros, ele parecia se divertir com a situação. — Olha, nee-sama! — Maya disse alegre, assim que entramos na sala. — Diva esta aqui! Eryna que segurava um livro, voltou sua atenção para Maya e para mim. — Olá Eryna — disse insegura. — Que bom que está conosco, Diva — ela sorriu. Assenti. — Está tarde! Amanhã temos que conversar, por hora aproveite para descansar — disse aproximando-se cuidadosamente, tocando minha mão sem seguida. — Tenho um quarto para você. — Obrigada! — agradeci, Dante pegou minha mão. — Acho que não precisa, Diva dorme comigo — Dante se pronunciou, encolhi-me envergonhada. Ele não precisava espalhar aos quatro cantos que queria dormir comigo. — O que? — Maya o fulminou com os olhos. Se olhar matasse, Dante estaria morto. — Nem em sonho deixaria a Diva em suas mãos pervertidas! Ele bufou. — Não seria a primeira vez que eu e Diva dormimos juntos. Além disso, tem coisas que não posso fazer sem ela, não é mesmo doçura? — provocou, piscando para mim. Maya corou. Eu estava numa briga entre um meio demônio e uma garotinha — que parecia uma bruxa ou algo do tipo. Segui Dante resignadamente até o quarto. Assim que entramos, Dante trancou a porta e eu me atirei na cama macia, sentindo a maciez sob mim. — Que gostoso! — disse, esfregando meu rosto no travesseiro. — E confortável. Dante deitou ao meu lado. Naquele momento, o mundo parou, apenas eu e ele existíamos. (N/A: Bota para tocar DJ: Christina Perri - Arms) I never thought that you would be the one to hold my heart Eu nunca pensei que você seria aquele a segurar o meu coração But you came around and you knocked me off the ground from the start Mas você apareceu e me tirou do chão desde o começo You put your arms around me Você põe os seus braços ao meu redor And I believe that it's easier for you to let me GO E eu acredito que é mais fácil você me deixar ir You put your arms around me Você põe os seus braços ao meu redor And i'm home E eu me sinto em casa Ficamos nos encarando até que ele se ergueu sobre mim. — Onde foi que paramos? — ele disse, sorrindo. How many times will you let me change my mind and turn around? Quantas vezes você vai me deixar mudar de ideia e dar meia volta? I can't decide if I'll let you save my life or if I'll drown Eu não consigo decidir se deixo você salvar minha vida ou se eu me afogo Ali, deitada com Dante pairando sobre mim, senti os lábios dele se encontrando com o meus. E, diferente de antes, estávamos sozinhos e podíamos continuar sem olhos nos perfurando e nem repressivos. Nada poderia interferir dessa vez. Minhas mãos mergulharam por entre seus cabelos claros, sentindo a maciez e o delicioso perfume dele. Todos meus medos e duvidas foram afastadas e eliminadas para nunca nos atrapalhar. Enquanto estiver com Dante não poderia ter medo - absolutamente nada. Seu beijo tornou-se selvagem e quente. I hope that you see right through my walls Espero que você veja bem através das minhas paredes I hope that you catch me 'cause I'm already falling Espero que você me segure, pois eu já estou caindo I'll never let our love get so close Eu nunca vou deixar o nosso amor se aproximar tanto You put your arms around me and i'm home Você coloca seus braços ao meu redor e eu me sinto em casa Tombei minha cabeça com os olhos fechados em total entrega, sentindo os lábios dele roçarem na pele do meu pescoço. Era como se eu pudesse ouvir seus pensamentos tão claros quanto os meus, sentir seus sentimentos se misturando aos meus. Tudo nos ligava; Prazer e desejo disparando entre nós. Estremeci com o manancial de emoções mais profundas que nublavam minha mente. The world is coming down on me and I can't find a reason to be loved O mundo está desmoronando sobre mim e não consigo encontrar motivo para ser amada I never wanna leave you but I can't make you bleed if I'm alone Eu nunca vou querer te deixar, mas não posso fazer você sangrar se eu estiver sozinha You put your arms around me Você põe os seus braços ao meu redor And I believe that it's easier for you to let me GO E eu acredito que é mais fácil você me deixar ir Com Dante, me sentia em casa. E fora tudo simples...eu tinha achado meu lugar, achado a parte que me completava que nem sabia que existia. I hope that you see right through my walls Espero que você veja bem através das minhas paredes I hope that you catch me 'cause I'm already falling Espero que você me segure, pois eu já estou caindo I'll never let our love get so close Eu nunca vou deixar o nosso amor se aproximar tanto You put your arms around me and i'm home Você coloca seus braços ao meu redor e eu me sinto em casa I've tried my best to never let you in, to see the truth Eu tentei o meu melhor para nunca deixar você entrar, para ver a verdade And I've never opened up, I've never truly love 'till you E eu nunca me abri, eu nunca realmente tinha acreditado no amor até você Put your arms around me Por os seus braços ao meu redor And i believe that it's easier for you to let me GO E eu acredito que é mais fácil você me deixar ir Nunca em toda minha vida tinha sentido o que sinto agora — não havia realmente nada para se comparar com aquilo. Nem a paixão arrebatadora, muito menos um simples amor verdadeiro ou alma gêmea. I hope that you see right through my walls Espero que você veja bem através das minhas paredes I hope that you catch me 'cause i'm already falling Espero que você me segure, pois eu já estou caindo I'll never let our love get so close Eu nunca vou deixar o nosso amor se aproximar tanto You put your arms around me and I'm home Você coloca seus braços ao meu redor e eu estou em casa Assim que as mãos de Dante tocaram a orla do meu jeans, percebi que estávamos indo longe demais. Eu não estava realmente pronta para o próximo passo, afinal. — Dante — sussurrei, tocando seu rosto. — Melhor pararmos. — Como quiser — respondeu se jogando para o outro lado da cama, ele pareceu frustrado. — Você quer tanto assim t*****r comigo? — questionei, até fiquei surpreendida pela minha franqueza e coragem. — E isso importa? — ele rebateu, suas sobrancelhas erguidas. — Além disso, sei que esconde um forte t***o por mim. Dei um soco no braço dele. — Cala a boca e dorme! — resmunguei, soltando uma suave risadinha. Ficamos brincando antes de nos render ao sono.
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