Aberta a Temporada de Caça

3377 Words
Guess he wants to play, wants to play Acho que ele quer jogar, quer jogar A love game, a love game Um jogo de amor, um jogo de amor Let's play a love game Vamos jogar um jogo de amor [...] Play a love game Jogar um jogo de amor Do you want love? Você quer amor? Are you in the game? Você está dentro desse jogo? Through the love game Por esse jogo de amor [...] I'm on a mission Eu estou numa missão And it involves some heavy touching, yeah E isso envolve uma pegada forte, yeah You've indicated your interest Você me mostrou seu interesse Love Game — Lady Gaga Quando será que o tabuleiro se inverteu drasticamente contra mim? Estou começando a acreditar que minha vida se tornou uma espécie de encontro de eventos estranhos. E preciso urgentemente de férias antes que o caos se espalhe por toda minha mente — o que pode não demorara a acontecer. Às vezes me pergunto como tudo isso pode acontecer de uma única vez, sem uma pausa. m*l tive um tempo adequado para absorver tudo. Além de descobrir ter habilidades excepcionais, ser a reencarnação de uma antiga e poderosa mulher, ainda tinha que lidar com pessoas que sabem sobre mim mais que eu mesma. Sinto que aquela mulher é uma dessas pessoas. Por um segundo, junto com o desaparecimento dela me veio uma sensação estranha. De algum modo, a visita da misteriosa figura despertou minha curiosidade de uma forma quase descontrolada. Não compreendi como a presença de uma mera desconhecida podia me causar tanto alarde. Mesmo conhecendo tantas pessoas nesse mundo, ainda era confuso ter pressentimentos com algumas delas. Algo no mais profundo da minha mente, eu conhecia a mulher. Será que é da minha vida passada? Ou algum recorrente? Deja vu sem lógica? Um fruto da minha imaginação? E nenhuma resposta surgiu para tantas questões. E nunca saberei, a menos que volte a encontra-la. Estava tentando me concentrar em uma linha de raciocínio coerente, para acabar com tantas duvidas. Não havia um real motivo para tanta preocupação. Havia? Ela não apresentou ser uma ameaça, muito menos fez algo que merecesse alerta. A única coisa relevante foi; que ela me conhecia e só. No entanto, essa simples razão era o suficiente para desconfiar. Quais são as possibilidades de alguém te conhecer em um mundo completamente diferente do seu, e que motive confiança? Nulas. Desde que cheguei a essa dimensão foram poucas as pessoas que, de certa forma, me conheciam e não eram ameaçadoras. Eryna sabia sobre mim através de visões, Rain e Vincent... Nunca soube como eles me conheciam, mas de uma coisa tinha certeza fora por causa de Alexander. Tirando o fato que sou a copia exata da minha antecessora, e que as pessoas conheciam a historia dela me reconheciam. Mas isso não vem ao caso. Permaneci parada. E olhava fixamente para o ponto onde a misteriosa mulher passara, minutos antes. Balancei a cabeça e me trouxe para a realidade. E quando dei por mim, me vi cercada de olhares confusos e interrogativos. O que já se tornara bem normal, pois em situações assim eu ficava meio inativa. Mais para fora do ar. Dei de ombros. Sentei em uma cadeira próxima de Eryna. Dante deitou confortavelmente no sofá, seus braços ele usou como apoio e cruzou as pernas, despreocupado. Maya ficou ao lado da irmã, sem tirar os olhos de mim. — Quem era ela? — questionei curiosa. — Boa pergunta, ela apareceu do nada e não chegou a falar quem era — Maya explicou — Mas ela te conhecia. — Percebi, ela chegou a me chamar pelo meu nome em vez de Diva, como todos. — Seu nome não é Diva? Fiz um gesto negativo com a cabeça. — Meu nome de batismo é Ivy Valentine. Diva é um apelido que me deram. — Videira vigorosa. — Eryna enunciou sabiamente. Até onde savia era esse o significado do meu nome. — Ah, sim — sorri solene. — Então, Diva — Maya cortou, dando ênfase no meu apelido como se quisesse provar que não mudaria o modo que me chamava — agora pode dizer sobre sua suposta morte. — Bem, será uma longa história para começar — perpetrei uma seleção de palavras para explicar sem entrar em muitos detalhes tudo que me aconteceu desde a última vez que nos encontramos. Contei sobre Ace ter conseguido pegar o Santo Graal, o ataque e a suposta morte de Dante, da ida ao Inferno e o Céu, os Poderes de Anjo que quase me cegaram e o retorno à vida. Pela expressão de Maya, dava para perceber a quão impressionada ficou. Ela praticamente ficou sem fala, o que era difícil de acontecer. Maya sempre tinha algo para falar, mesmo que fosse a coisa mais simples — ou a mais inusitada — possível, e nas piores ocasiões também. — Que bom que retornaram, estou feliz que agora vocês estão sãos e salvos. — Pois é — respirei profundamente — adoraria conversar um pouco mais com vocês, mas estou cansada. — Quer que te acompanhe? — Maya se ofereceu. — Não precisa, Dante vem comigo? Dante deixou um bocejo escapar, levantando-se quase que imediatamente do pequeno sofá. Seguimos para o quarto. Toquei de roupa e joguei-me na cama afundando nos travesseiros. Lembro-me de sentir os braços de Dante me envolverem protetoramente e dele me dizer um "Boa noite" abafado antes de apagar completamente na escuridão. Em um momento fugaz, ousei pensar na minha família. Estava sentada debaixo de um exuberante marmeleiro que possuía galhos que se estendiam além de minha vista. O céu era um azul e com suaves nuances de rosa, não havia nenhuma nuvem. A brisa trouxe o doce aroma de flores, enquanto o ar permaneceu cálido e puro. Era bom entrar no mundo dos sonhos novamente, uma válvula de escape da bagunça que minha vida virou de uns tempos para cá. — Como se sente? — Alexander indagou, suavemente. — Bem, muito feliz para ser sincera — dei um meio sorriso — Esta tudo voltando ao normal. Claro, que não é a minha definição correta da normalidade, mas estou contente que tudo ficou bem no final! — Que bom! — disse Alexander. — Mais chá? Alexander segurava um delicadamente um bule, de uma maneira cerimonial. Havia uma pequena xícara de chá em minha mão, parecia ser de porcelana fina com detalhes rosa e azul. — Sim. Obrigada! — beberiquei o doce conteúdo, tomando cuidado com a temperatura. Alexander tomou com precisão e suavidade. Cada movimento dele parecia ser estudado e eficiente, sem nunca deixar de irradiar seriedade e classe. — Alexander... Queria muito te pedir um favor — depositei a xícara na mesinha. — Pode pedir! — Gostaria de saber como esta minha família. — Esta preocupada com eles? — Sim, esse tempo que estive aqui não parei para pensar neles... Mas adoraria saber como estão. — Estivesse os observando, e eles ainda estão te procurando. Acreditam que você esta viva, porém conforme os dias passam... — Eles estão perdendo as esperanças e temem que esteja morta, não é? — completei, mordendo o lábio inferior aflita. — Creio que sim! — Queria achar um jeito de dizer que esta tudo bem comigo, que não precisam se preocupar. — Eles vão superar, principalmente quando retornar. — Pelo jeito isso vai demorar um pouco — ri sem humor. — Você quer realmente voltar, Diva? Suspirei. — Nem sei mais! — olhei para o céu. Naquele momento, permiti que todas as questões m*l resolvidas retornassem. Eu senti a confusão de ter um destino incerto. Meu objetivo quando percebi estar presa a essa dimensão era voltar para minha casa, a minha confortável vida normal. Sem problemas, preocupações ou medos. Não entendi como todos os meus objetivos mudaram. Antes estava tão certa do que queria e faria tudo para conseguir... Agora estou relutante. A dúvida permeava minha mente e a alastrava-se como erva daninha. Na verdade, eu nem sabia mais o que queria. Eu precisava urgentemente saber que rumo tomar na minha vida. — Existe um grande conflito dentro de você, e enquanto não o resolver nunca saberá qual caminho tomar. — Tem razão — tomei alguns goles do chá, tentando me acalmar — E obrigada por tudo, Alexander. — Não precisa me agradecer. É meu dever te ajudar. Aliás, quando chegar a hora certa... — ele me fitou serio — venha me procurar. Estarei te esperando. — Me esperando? Onde? — No santuário. Lembra? As lembranças do limbo que estavam encobertas por uma grossa parede branca, fora que gradativamente perdendo as forças e abriram-se. Podia recordar claramente de tudo. No começo, pareciam memórias distantes e nelas Alexander me falara desse lugar. Embora minha mente ainda não se acomodasse perfeitamente com as novas informações. — Ah! — sibilei, desconcertada. — Tinha me esquecido desse lugar. — Eu sei, e entendo! — Alexander olhou para o relógio de pulso — Esta na hora de ir. — Ah, claro. Até mais Alexander — acenei. Em seguida, fechei os olhos. Os primeiros raios de sol entraram pela janela. Seria um dia quente e fico agradecida por não ser de outra forma. Apesar de ter ideia disso, meu corpo recusava-se a se levantar. Permaneci deitada sob o braço de Dante. Era estranho que estivesse me sentindo extremamente cansada, com se nem toda noite de descanso pudesse aplacar. Normalmente, depois de estar com Alexander acordava cheia de energia. Talvez tudo que precisava era de mais alguns preciosos minutos de sono. Dando um leve sorriso, me permitir retornar a morada dos sonhos. Aos poucos minha consciência foi engolida pela escuridão da exaustão. No entanto, meio grogue e quase dormindo senti que Dante acariciava lentamente meus cabelos, vez ou outra seus dedos traçavam caminho para minhas costas. Sua respiração quente batia na minha nuca e fez todo meu corpo se arrepiar. Como não estava conseguindo a atenção desejada, Dante começou a beija meu pescoço. Ele deve ter percebido que estava meio desperta e fazia isso para me por de alerta ou tentar me seduzir — que era mais provável principalmente vindo dele. Podia muito bem impedi-lo, mas confesso que gostava da maneira que me tocava. Instintivamente relaxei, meu cérebro estava decidindo entre acordar e dormir. Uma luta quase vencida pela preguiça. — Acorde doçura — Dante ronronou sedutoramente. A voz rouca e sexy dele soava imperativa. Estava compenetrada demais na soneca para ser despertada por suas ações. — Vamos, doçura. Será que precisa de incentivo para levantar? — tudo que consigo pensar é no modo que massageava minha barriga e movendo-se dengosamente para baixo. Ágil, sua mão tocou a parte interna das minhas coxas e encontrou o caminho para a barra do meu short . O que ele esta pretendendo? Tentei ignorar e concentrar apenas na maciez dos lençóis e na paz do meu descanso. Dante afundou a mão para dentro do short, podia sentir sua mão roçando e avançando na busca de um único lugar. Engraçado é que estava permitindo que ele fizesse isso, mas meu estado semi entorpecida me evitava detê-lo. Uma corrente elétrica atravessou meu corpo sonolento quando o senti encontrar o seu alvo. Minha respiração travou na garganta. Arfei de surpresa e me forcei a despertar. Agora entendia o que estava acontecendo. Meu corpo esquentou de ansiedade, receio e um pouco desejo. Não podia negar que o toque dele era agradável. Foi algo muito estranho no começo, fazendo com que me contorcesse com seu toque, ele por sua vez não se abalava e pressionava-me mais contra si. Obviamente, ele sabia muito bem o que estava fazendo. Comecei a sentir a excitação queimar todo meu corpo, e deixei um profundo suspiro de satisfação escapar. — Dante — gemi entre dentes, assim que seus dedos conduziram gentis movimentos em minha i********e. Nada me importava além do delicioso e ao mesmo tempo pecaminoso contato dele. Dante tampou minha boca com a mão livre, contendo qualquer som que eventualmente deixasse escapar. Com uma mão tentei inutilmente tirar a dele que permanecia em minha boca e a outra, usei para parar com o que ele fazia. — Shh! Não vai querer que ninguém ouça, vai? — soprou nos meus ouvidos. Dante estava tão colado em mim e sentia sua respiração, agora acelerada. Encontrava-me em agitação desconcertante quase rendida a ele, se continuasse não conseguiria mais resistir. Em um gesto involuntário, parei de lutar e permiti que ele continuasse me tocando como quisesse. Simplesmente fechei os olhos, deixando a prazerosa sensação invadir todo meu corpo, que já praticamente desfalecia em êxtase. Dante estava me testando? Minhas reações devem estar divertindo ele. Senti algo quente e úmido entre minhas pernas. — Molhada já? — brincou, mordendo minha orelha. Minha mente ficou em branco. Nem podia ao menos forçar pensamentos que não fossem sobre a atual situação. Só conseguia fôlego mental para gritar para ele não parar. Ouvi sua risada abafada. Ele deve ter ouvido minha súplica de consentimento, pois continuou sem hesitar. Tocando todos os lugares certos. Merda, ele é bom! Ele movimentava seus dedos de maneira provocativa, deixando-me sem força e acuada. Totalmente a sua mercê. Não podia fazer nada, só aceitar e aproveitar suas ministrações. Alguma coisa cresceu por dentro e parecia estar prestes a explodir. Uma mão finquei as unhas no lençol e a outra agarrei o braço de Dante, em uma tentativa desesperada de me manter sã. Ou pelo menos não desmaiar. O calor percorreu meu estômago. As chamas cresciam em meu ventre agitaram-se como lava derretida, inundando meus sentidos e nublando minha visão. Respirei fundo, enquanto espasmos tomaram meu corpo alertando que já chegara ao meu limite. Terminado minha tortura, ele calmamente levou os dedos à boca e lambeu como se fosse restos de sundae. — Exatamente como eu esperava. Tão doce. — Ele tirou a mão da minha boca. O ar entrou queimando em meus pulmões, com minha respiração pesada e entrecortada. Fiquei deitada absorvendo o ocorrido e tranquilizando meu coração que batia apressado. — Vou tomar banho, se quiser se juntar a mim a porta vai estar aberta — ele anunciou. Senti um duplo sentido no que proferiu — estava muito óbvio. Sem encara-lo fiz sinal para que ele fosse logo. Não tinha condições nem de rebater suas palavras. Dante entrou no banheiro, e eu, como as pernas moles, peguei roupas novas para assim que ele sair, eu pudesse fazer minha higiene matinal. De maneira nenhuma, entraria naquele banheiro com ele. E principalmente no estado sensível e vulnerável que estava. Não demorou muito para ele sair e eu rapidamente entrar, trancando a porta. Um banho quente e vou relaxar, pensei. Tomei banho e me troquei sem interrupções. Encontrei Eryna lendo um livro, e Maya provocando Dante enquanto comiam. Ele parecia imperturbável, totalmente em paz. Quando notaram minha presença, voltaram suas atenções para mim e as duas gemas azuis foram diretamente para mim. Desviei os olhos, constrangida demais para sustenta-los sobre ele. — Bom dia, Diva! — Bom dia — um bocejo escapou. Não vou dizer que comer fora um evento sossegado quando tinha Dante vigiando cada movimento meu. Eu comia devagar com medo de engasgar. Por sorte, nem Eryna e muito menos Maya notaram o clima desconfortável entre mim e Dante. — Gostaria que ficasse mais um pouco — Eryna comentou gentilmente. — É! — concordou Maya — Assim poderia ter muito tempo para conversar com você. Nem passamos tempo juntas direito. — Obrigada pela hospitalidade, mas preciso de um pouco de paz no conforto — engoli em seco — da minha casa. Olhei de relance para Dante, que deu um meio sorriso. — Entendo. Espero que volte para nos visitar. — Voltarei. — Vou sentir sua falta! — Maya me abraçou e retribui. — De você também... Dante! Preparei-me psicologicamente quando sai de perto de Eryna e Maya para ficar sozinha dentro do carro com Dante. O motor do carro deu um leve ronco. — O que foi doçura? — Nada! Por que teria alguma coisa? — Você mais estranha que o normal, se tiver algo te incomodando é melhor dizer logo. — Acha pouco o que aconteceu agora a pouco — retruquei nervosa. — Não me diga que esta com medo de mim por causa disso? — ele riu. Revirei os olhos. — Claro que não! — Ou será que gostou tanto que quer repetir a dose, mas não tem coragem para pedir? — Eu te odeio! — virei para olhar para a janela. Ele sabia que não estava sendo séria na parte do odiar. — Não foi tão r**m assim, doçura. Você permitiu até. Não é esse o real problema, só o fato de ter gostado é diferente. Dante conseguia despertar meus instintos mais primitivos. E isso era um grande problema. Com ele por perto não podia me controlar. Ah! Preciso de ajuda. Lyana como queria conversar com você. Somente você teria as respostas para tudo isso. Vou enlouquecer se não desabafar com alguém. Calma Diva! Concentre-se! Realmente não foi nada muito absurdo. Claro, que tudo era completamente novo para mim por isso me senti esquisita. Sou tão neurótica, que chega a me irritar profundamente. Preciso de um tempo para conciliar minhas emoções. Pensando bem, danem-se as consequências. Tenho que parar com isso de ser tão cética e ficar entrando em conflito emocional por qualquer coisa nova. Dante é um maldito mestiço, sexy que atiçava meus instintos. Por que não tirar proveito? Com dificuldade — por causa do cinto — debrucei-me sobre Dante e me aproximei perigosamente dele. — Eu gostei — ele se virou para mim, perto suficiente para me beijar — Mas não vou ceder! — sorri vitoriosa e retornei ao meu lugar, deixando-o meio desconcertado. — Veremos doçura. — ele abriu um sorriso presunçoso. — Antes que você perceba estará nos meus braços gemendo meu nome. — Ou não, amor. Esta aberta à temporada de caçar, Dante! Amor é um jogo, então que os jogos comecem. E pode ter certeza que nesse jogo, serei a vencedora... — Hm! Antes de voltarmos quero que me leve a um lugar. — mudei repentinamente de assunto quando me lembrei de uma coisa que precisava muito fazer. Todos os meus pensamentos se restringiam nisso, apenas nisso. — Um lugar? — Preciso agradecer a uma pessoa em especial. *** Essa parte do cemitério parecia razoavelmente diferente do demais, bem cuidada e cheia de vegetação rala. Ajoelhada em frente à lápide de mármore com “Eva” entalhado na frente, observei que havia algumas plantas crescia e se enroscavam nelas. Quase escondendo o nome em meio a tanto verde. Delicadamente, limpei a terra e retirei o emaranhando que se estendia pela lápide. Depositei flores que encontrei no caminho até o cemitério. — Faz um bom tempo, não é mãe? — Dante sussurrou ao vento, olhando para o túmulo. Ele estava parado ao meu lado, seu olhar perdido. — Não tive muito tempo para vir te ver, mas você conseguir me achar... Foi bom revê-la. Sorri. O vento sacudiu as árvores próximas. Cada suave rajada balançava a grama e agitava as folhas suspensas das antigas árvores. Acima, o céu mostrava a proximidade da noite, pois se estendia um manto sutilmente escuro por ele. Juntei as mãos e fechei os olhos. — Tenho muito que te agradecer Eva — comecei, e uma corrente de pura força e determinação tomar meu corpo, enquanto era acolhida pela sensação de segurança e ternura. Prossegui: — Primeiro, por trazer por dar a vida a Dante — sorri — e por ter me ajudado... E não me esqueci daquela promessa que te fiz, e pode ter certeza que cumprirei. Eu amo seu filho, e cuidarei dele — a ultima parte sai num sussurro inaudível. — Vamos doçura. — Dante foi à frente, deixando-me sozinha. Eu esperava que ele não fizesse o tipo sentimental e ficasse horas velando no túmulo da mãe. Mas senti que aquela visita tirou um peso nele. Seria bom que pelo menos uma vez, ele não desse uma de durão. — Até Eva! — levantei e corri para encontrar com Dante. Olhei rapidamente por cima dos ombros, e jurei que vi de relance a imagem de Eva sorrindo. Ela sempre estará lá por Dante, disso posso ter plena certeza.
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