Mano, tava tudo uma loucura na minha cabeça quando cheguei na frente da casa da Sophia. O morro tava quieto, só o barulho de uma moto ao longe e o som de um funk baixo vindo de algum barraco. Na porta da casa dela, quatro soldados do Falcão, tudo mano de confiança, fazendo a segurança. Caras brabos, armados, com aquele olhar que não deixa dúvida de quem manda no pedaço. Cumprimentei com um aceno de cabeça, tipo “tô de boa, é nóis”, e eles retribuíram, mas com aquele jeito sério que já me deixou ligado. Algo tava errado, eu sentia no ar. Dei dois toques na porta, e quem abriu foi o próprio Falcão. O n***o tava com a cara fechada, os olhos pesados, como se tivesse passado um perrengue daqueles. — Bença, padrinho — falei, tentando manter a moral, mas já sentindo o clima tenso. — E aí, Her

