Eu tava ali, parada perto do bar improvisado, com a taça meio trêmula na mão. O som alto do baile batendo no peito e minha cabeça girando, confusa, leve demais pra pensar direito, pesada demais pra respirar fundo.
Guilherme tinha ido ao banheiro e eu só queria uns segundos pra me reorganizar... mas aí, como um choque elétrico, senti a presença dele.
Antes da voz, veio o arrepio.
— Tá feliz agora? Com teu namorado de comercial de margarina?
Fechei os olhos. Não podia ser. Mas era.
Quando me virei, ele tava ali. O Herus.
Herus, o caos da minha alma.
— O que você quer, Herus? Vai me infernizar mais? — soltei num impulso, tentando soar firme, mas a voz tremeu.
— Quero que tu pare com essa palhaçada. Tá se enganando e enganando ele. Tu não ama ele, c*****o. E tu sabe disso.
Meu coração
