Eu já tinha tentado ligar pro Guilherme umas três vezes no mesmo dia. Ele visualizava e nada de me responder. O coração apertado, a consciência pesada. Aquela sensação de que alguma coisa tinha quebrado pra sempre entre a gente e que talvez nem fosse possível consertar. O celular ficava na minha mão o tempo todo. De cinco em cinco minutos, eu abria o aplicativo de mensagens pra ver se ele tinha respondido. Mas só o bendito do “online” aparecia. Online pra todo mundo, menos pra mim. Era como se eu tivesse virado invisível. Quando finalmente ele atendeu, já era quase fim da tarde. Eu tava sentada no chão do meu quarto, o sol batendo de lado pela fresta da cortina. Atendi na mesma hora, aliviada, mas com o coração na boca. — Gui, graças a Deus! Pensei que tinha acontecido alguma coisa... —

