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1335 Words
|Dom| - Se quiser pode ver tv .- digo olhando pra ela . Ela me encara surpresa . - Esta sendo legal comigo .- diz sorrindo e reviro os olhos com aquilo . - Não, não estou, só acho que deve ser chato ficar lá olhando pras paredes, mas se não quiser o problema é seu .- digo trancando a porta de casa . Ela da meia volta indo pra sala . Entro logo no meu quarto jogando o celular na minha cama, pego uma toalha indo pro banheiro, passando por ela na sala, ela não parava de trocar de canal . Entro no banheiro, e me jogo embaixo d'agua, fico um tempo lá. Saio do banho pegando a toalha e me secando, olho o banheiro procurando minhas roupas, e não as achei, e me lembrei que não trouxe elas pra cá, as deixei no quarto. Ótimo! Fiquei meio pensativo, pensando em como iria passar na frente dela só de toalha . Quer saber, a casa é minha, to nem ai . Me enrrolei na toalha e abri a porta do banheiro, indo pra sala, ainda estava um pouco molhado e com o cabelo bagunçado. Passei como se não estivesse vendo ela ali, olhei de lado vendo ela me olhando e logo corou, estava vermelha como um tomate, oque me fez dar uma rizada baixa quando vi, e segui o caminho pro meu quarto . Logo quando abro a porta, ouço a voz do Miguel preenchendo a casa . Coloquei uma bermuda branca, uma camiseta preta, baguncei mais o cabelo, e fui pra sala . - Esse aqui é ótimo, olha .- Miguel diz pegando um filme na estante e mostrando a ela . Ela não diz nada, parece que minha presença a constrangiu . - Estão fazendo oque ?.- falei me sentando ao lado dela no sofá, sinto ela se mover um pouco pro outro lado, se afastando de mim . - Vamos assistir "O m******e da serra eletrica ",- Miguel diz animado .- Tem pipoca ai ?.- diz indo pra cozinha. Me levanto o seguindo até lá . - Não se esqueça que ela é uma prisioneira, e não uma visita .- digo pra ele . - Eu sei, mas não precisamos tratar ela m*l Dom .- diz sem me olhar pegando a pipoca no armário . Ele coloca a pipoca no micro ondas em seguida . - E quem disse que não ?.- digo com as sombrancelhas levantadas . - Sério mesmo que quer maltratar a garota ?.- ele me olha . - Talvez .- digo sério .- Ela pode achar que somos muito moles com ela . - Ela ou você Dom ?.- Ele diz e sai da cozinha pegando a pipoca no micro-ondas depois de uns minutos. Como assim eu ? Lógico que ela pode achar que somos moles demais com ela, e querer pintar e bordar com a gente . Me sento ao lado dela novamente, ela estava realmente prestando bastante atenção no filme, quando ouvia a serra elétrica ela fechava os olhos pra não ver, e eu ria disso . - Corre !! .- Miguel grita me fazendo o encarar assustado . Horas depois o filme acabou, o Miguel já estava desmaiado no chão da sala, olhei pra ela vendo que estava sonolenta também . - Ei, é melhor você ir pro quarto .- digo a olhando . Ela olha pro Miguel no chão e solta uma risada . - É melhor ele ir pra cama também .- diz rindo fraco .- Eu já vou indo .- Ela se levanta indo pro corredor sumindo nele, e ouço a porta bater . - Miguel ?.- Bato nele pra ele acordar . - Oi, oque houve ?.- Se levanta correndo assutado . - Nada v***o, vai dormir . - Cadê a Mel ?.- pergunta a procurando . Mel ? Já com apelidos ? - Já foi pra cama .- digo revirando os olhos e me levantando também . - Ah ta, eu já vou indo .- diz abrindo a porta .- Fui, boa noite parça .- diz saindo . Assim que ele sai tranco a porta, desligou tudo e vou pro meu quarto . Me jogo na cama encarando o teto com os braços atrás do pescoço . Me lembro que amanhã é o aniversário do Maick, e sempre que é aniversário de um de nós, a gente sempre comemora com o baile . Então, amanhã é dia de baile na comunidade, já estava precisando disso pra me acalmar! (...) Acordei com o som da tv na sala, olho pra janela vendo o sol já invadindo o quarto, me levanto indo pra sala . Olho pro sofá vendo ela assistindo tv, eu deixei ? - Bom dia .- ela diz quando me vê . - Oque você ta fazendo ?.- digo coçando os olhos . - Assistindo televi... - Isso eu sei, não sou cego .- disse e ela logo me encarou . - Então porque perguntou ? .- diz com uma cara que eu já odiava nela. Uma cara que dizia. 'não tenho medo de você ' . E isso acabava comigo . Saí dali de perto antes que eu não respondesse mais pelos meus atos . Peguei uma maçã na geladeira, e me sentei no balcão, mordi a mesma e meu dente quase quebrou, encaro a maçã sem entender nada, vendo que ela estava congelada . Olho pra geladeira e vejo que o controle dela foi alterado . - Quem mexeu na minha geladeira ?.- grito olhando pra ela . Ela me olha com cara de culpada . - As carnes estavam muito moles, elas tem que ficar congeladas..- diz calmamente . - Não mexa na minha geladeira .- digo bufando de raiva . Ela se cala e volta a ver a tv, oque me irritou mais ainda . Ouço a porta bater, e vou atende-la . - Fala ai Dom.- Carlos diz ainda do lado de fora . - Fala !.- digo o encarando, espero que ele tenha um bom motivo pra estar aqui . - Sabe que hoje é o aniversário do Maick né ?.- diz . - To ligado Carlos, oque você quer ?.- falo já sem paciência . - Os caras querem sabem se vai mesmo ter o baile, porque se tiver vamos ter que fecha a rua, ta ligado ? - vai ter sim, fecha tudo .- digo e ouço um barulho e olho pra ela . - Desculpa .- diz sem graça .- Mas que baile é esse ? - Não é da sua conta .- digo irritado por ela se meter . Ela vem até a porta e encara o Carlos . - Oi, Carlos né ?.- ele balança a cabeça que sim .- Que baile seria esse ? - Comemoração do aniversário do Maick .- diz todo assanhado, encaro ele com um olhar nada bom fazendo ele se calar . - Ah tá .- diz voltando pro sofá . Sério que ela fez isso na minha cara ? Eu não tenho moral nenhum nessa m***a ? - Ta, avisa os caras .- fecho a porta sem deixar ele falar mais alguma coisa .- O respeito mandou lembranças patricinha .- disse sério a encarando . - Respeito ? - Sim, e se isso se repetir eu... - Vai me m***r ?.- diz me interrompendo. Bem que eu estava com vontade te mata-la mesmo, mas estrangulada, pra calar aquela boca . - Se for preciso sim .- Digo firme . - Não vai me m***r .- ela se levanta me olhando .- Vocês precisam de mim, precisam do dinheiro . Ri ironicamente e cheguei bem perto dela, falei quase que sussurrando em seu ouvido . - Não precisamos de você, dinheiro arrumamos rápido sua patricinha mimada, não pense que vai conseguir fazer seu joguinho comigo, pois não tenho o menor problema em te apagar aqui e agora . Senti ela respirar pausadamente, me encarou por uns segundos e foi pro quarto .
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