Não temos um pai qualquer?

Episódio 4

Eu estava esperando o elevador no saguão quando muitos guarda-costas apareceram escoltando um homem para o elevador VIP.

Onde quer que aquele homem fosse, as pessoas se curvavam e cumprimentavam ele.

— Bom dia, Sr. Licano!

Como ele estava longe e eu não era alta o suficiente, eu não conseguia ver o rosto dele. Mas esse homem era certamente Dante Licano, o Presidente da Corporativa Divinus.

— Hmm, por que a figura dele é tão familiar para mim?

Balançando a cabeça, eu me repreendo por estar pensando que posso conhecer um homem como esse.

— Por que ele me lembra aquele gigolô da boate? Onde estou com a cabeça? Ele é o presidente da Corporate Divinus um homem influente e implacável. Não tem como ele ser um gigolô de uma boate da cidade. Eu digo para mim mesmo, rindo enquanto entro no elevador.

...

Eu ganharia oito mil por mês durante o período de experiência, incluindo seguro básico. O meu salário aumentaria para dez mil uma vez que eu passasse no teste.

Depois de resolver toda a parte burocratica, eu fiz as contas em silencio se o meu salário séria o suficiente para as minhas despesas.

— Terei que gastar oito mil por mês só com a alimentação das crianças. Isso sem contar as nossas despesas... Eu preciso pensar numa forma de conseguir dinheiro o suficiente para pagar todas as minhas despesas. Eu estava perdida nos meus pensamentos quando alguns colegas vieram me dar as boas vindas.

— Olá Adriana. Bem-vinda ao departamento de administração.

— Ah, obrigado. Eu apertei as suas mãos calorosamente. Este era o meu primeiro emprego oficial, então eu sabia o quanto era importante estabelecer um bom relacionamento com os meus colegas. Eu precisava ter uma boa carta de referência se quisesse um emprego descente capaz de cobrir todas as minhas despesas no futuro.

— Como sempre, faremos uma festa de boas-vindas para você. Você acha que está tudo bem?

— Claro. Eu pago o jantar. Eu disse, tentando me enturmar.

— Ah! Eu já gostei de você. Partiremos logo depois do final do expediente.

— Claro! Eu respondi animada.

...

Quando chegou a hora de sair do trabalho, eu ainda tinha alguns trabalhos pendentes, então, os meus colegas saíram e esperaram por mim do lado de fora do prédio.

Depois de terminar a papelada, eu peguei a minha bolsa e fui para o elevador. Mas antes que eu pudesse alcançá-lo, as portas se fecharam bem na minha frente. Eu olhei para o relógio. E em seguida, as portas do elevador VIP se abriram. Eu entrei correndo sem hesitação.

— Este é o elevador privado do presidente. Por favor, saia agora.

O guarda-costas me repreendeu.

— O que? Antes que eu pudesse reagir, o misterioso homem do elevador gesticulou. O seu guarda-costas recebeu aordem e parou de me empurrar para fora.

Eu olhei para trás, mas imediatamente me virei para frente novamente.

É a encarnação do dia*bo, Dante Licano!

De repente, parecia que a temperatura do ambiente havia caído alguns graus.

O homem era alto e parecia um Deus grego. Ele estava atrás de mim de forma imponente e emitia uma aura intimidante.

Eu mordil o lábio com força. Involuntariamente, enquanto continuava tentando controlar a minha respiração.

Através do reflexo do espelho do elevador, eu vi o homem olhando para mim. Eu não tinha coragem de levantar a cabeça e olhar para ele também.

Ele parecia um leão olhando para a sua presa.

Rápido, rápido! Eu gritei internamente olhando para o número piscando na tela do elevador, na esperança de escapar rapidamente deste lugar sufocante.

Treze, doze, onze, dez...

Eu contei os números silenciosamente, com o coração batendo forte.

Ding! Finalmente, o elevador chegou ao térreo.

Assim que as portas se abriram, eu saiu correndo.Eu estava com tanta pressa, que tropecei e cai.

Um estrondo e eu cai de bruços como um sapo.

Todos que estavam do lado fora ficaram chocados. Alguns funcionários que tinham acabado de sair do elevador normal cobriram a boca e riram.

Eu fiquei tão envergonhada que quis cavar um buraco e me esconder nele. Eu me levantei sem jeito e fugi, cobrindo o meu rosto com a bolsa.

....

Eu pensei que a festa de boas-vindas seria um jantar num restaurante, mas acabou sendo uma sessão de bebida no Night Charm. Para minha surpresa, Marco também estava lá.

— Esta é uma reunião do departamento de administração. Porque não tem ninguém do departamento de recursos humanos aqui.

Eu não achei graça, mas, os meus colegas acharam graças, ou fingiram que sim. Eu queria expulsá-lo, mas, não podia fazer isso. Marco cumprimentou alguns dos meus colegas. Ele também pediu garrafas de bebidas caras, que foram colocados ao redor da mesa.

Um colega falou. — Senhor Palácios, essa bebida custa mais de oito mil. Não deveríamos pedir bebidas tão caras.

— Você não sabe? Marco sorriu.

— Adriana é uma herdeira. É rica. Ela pode pagar a bebida de todo mundo aqui. Isso não é nada para ela.

— Oh? A sério? Alguns dos meus colegas de trabalho se mostraram curiosos. Eles me cercaram e me bombardearam com perguntas.

— Adriana, você é uma herdeira mesmo?

— Não…

— Claro que você é. Marco me interrompeu abruptamente e riu.

— A única filha do homem mais rico da Cidade, Ricardo Ventura. Vocês já devem ter ouvido falar dele, certo?

— Ricardo Ventura? Aquele que pulou de um prédio há quatro anos?

Disse um homem. — Não me surpreende que o sobrenome Ventura soasse muito familiar.

— Acho que li as notícias. Os Ferreras cancelaram o noivado do seu filho com a Senhorita Ventura, e então ela veio ao Night Charm e passou a noite com um gigolô. Não foi isso?

Os meus colegas olharam para mim, com uma mistura de curiosidade, excitação e espanto, enquanto esperavam pela minha resposta.

Eu me senti sufocada por eles. Recusando-me a continuar sendo interrogada, eu me levantei para sair.

O Diretor do Departamento de Administração, Pablo Ávila, me parou e repreendeu o resto dos funcionários.