Episódio 2

1213 Words
Ao ouvir o nome "Ferrera", eu olhei para o comboio e vi o Escudo Ferrera nos carros. Eles estão aqui por minha causa? Eu fiquei apavorada com isso. Será que Heitor me encontrou? Eu cancelei nosso noivado e ele jurou vingança pela humilhação. Agora que ele sabe que eu voltei, ele deve estar aqui para me pegar! — Senhorita, o Sr. Ferrera está aqui para nos buscar? Uma animada Sra. Fresno estava prestes a dar um passo para frente quando dois guarda-costas a empurraram bruscamente para o lado. No momento seguinte, uma mulher elegante vestida com roupas elegantes apareceu flanqueada por uma comitiva. Os meus lábios abriram-se em surpresa. — Selena? Selena estava vestida com uma roupa de grife. Parecia mais elegante do que à quatro anos atrás. Ela tinha os dedos enrolados na mãozinha de uma criança da mesma idade dos meus filhos. — Sra. Ferrera, por aqui, por favor. Os guarda-costas à conduziram. — Não vou pegar o trêm nunca mais. É nojento e cheio de pobres. Selena declarou, cobrindo desdenhosamente o nariz com o lenço. — Sim Sim. Senhora. Se não fosse o tempo, o Sr. Ferrera não os teria deixado sofrer numa viagem desconfortável. Os guarda-costas acompanharam Selena e o pequeno para um carro. Tanto Selena quanto o seu filho eram tão arrogantes que nem sequer olharam em volta. Portanto, não me notaram entre as pessoas que estavam perto dos seguranças. — O que está acontecendo? Sra. Fresno reconheceu Selena e deixou escapar. — Essa não é a sua prima? Ela agora é casada com o Sr. Ferrera? — Eu penso que sim. Eu respondo, ainda surpresa com o que acabei de ver. Enquanto o comboio Ferrera se afastava, eu lembrei da promessa de Heitor no passado. Ele disse que eu seria a única mulher na sua vida. Mas agora ele é casado com a minha prima. Eles até têm um filho! E pela idade dele, eles começaram a se relacionar... Lágrimas arderam nos meus olhos enquanto o meu nariz queimava. — Mamãe, o que está acontecendo? Quando as crianças viram os meus olhos vermelhos, os três me cercaram e manifestaram a sua preocupação. — Estou bem. Secando os olhos, eu ajoelhei-me e puxei os três para abraçá-los. — Mamãe, não fique triste. Quando eu crescer, vou comprar para você um enorme carro como aquele. Assim você não terá que sofrer mais. Ofereceu o meu filho mais velho, Roberto. Ele foi o que nasceu primeiro. Ele pensou que eu estava chateada porque alguém tinha me intimidado, com o seu poder material. — Mamãe, quem te incomodou? Deixe-me espancá-los. Patrick, o meu segundo filho, balançou os punhos adoravelmente e estufou as bochechas. Diana, a mais nova dos trigêmeos, esfregou o rosto no meu e me confortou. — Mamãe, não chore! — Não chore! Não chore! De repente, uma cabeça verde apareceu do bolso de Diana. Pertencia a um papagaio atrevido que olhou em volta com curiosidade. — Não, não vou chorar. Eu respirei fundo e desenhei um sorriso no meu rosto. — Bem, vamos para casa! — Sim, vamos! As crianças gritaram juntas. Eu dei um beijo em cada um deles antes de colocar a mochila no ombro e sair para pedir um táxi. Antes eu era uma rica herdeira com uma comitiva onde quer que fosse, mas agora tinha que esperar na fila para chamar um táxi com a Sra. Fresno e os meus filhos, sem falar que estava carregando a minha bagagem pesada. Como não cabiam todos num único táxi, a Sra. Fresno teve que pegar um táxi separado. O céu estava escuro, indicando a chegada de uma tempestade. Na esperança de evitá-la, o taxista acelerava rapidamente na estrada quando, de repente, colidiu com um Rolls Royce quem estava à frente. O rosto do taxista empalideceu instantaneamente e ele saiu do táxi para verificar a situação. Eu permaneci sentada no banco do passageiro e olhei pela janela, franzindo as sobrancelhas. Era uma edição limitada do Rolls Royce Phantom. Havia apenas três unidades no País e trinta e cinco em todo o mundo. Embora fosse um pequeno arranhão, o taxista teria que indenizá-lo com uma quantia significativa de dinheiro, o que poderia levar o pobre a falência. O conflito seria um incômodo e talvez demorasse muito tempo. Olhando para cima, eu logo percebi que o céu havia se tornado de um cinza sombrio. A tempestade estava prestes a chegar a qualquer momento. Eu não queria que os meus filhos ficassem encharcados pela chuva, especialmente Diana, que era fisicamente fraca desde que nasceu. A menina definitivamente pegaria um resfriado se a chuva a atingisse. — Roberto, Patrick, Diana, fiquem no carro, vou descer para ver o que será resolvido. Eu disse as crianças antes de descer do táxi. — Mãe, tome cuidado! Gritaram as crianças em uníssono. Fifí o papagaio tirou novamente a cabeça do bolso de Diana com curiosidade. Diana acariciou sua cabeça fofa. — Fifi, espera aí. Em breve estaremos em casa. ... — Senhor, sinto muito. Não bati no carro de propósito. O taxista explicava nervosamente. — A culpa foi da passageira. Ele tem três filhos e uma boa quantidade de bagagem. O meu táxi está sobrecarregado, então eu bati por acidente no seu carro. Ao me ver, ele imediatamente apontou para mim. — Você é responsável por isso! — Eu? Por quê? Eu estava prestes a continuar a minha indignação em direção ao taxista, quando a janela do Rolls Royce baixou. — Esqueça isso. O presidente está ocupado! O homem sentado no banco do passageiro falou enquanto ele olhava para mim. — Então podemos ir?! O homem de terno assentiu e disse ao taxista que da próxima vez dirigisse com cuidado. Eu olhei instintivamente para o banco traseiro do Rolls Royce. Para minha surpresa, eu vi um homem sem camisa, de costas para mim dentro do carro. Uma ferida serpentina percorria as suas costas e o meu olhar caiu na tatuagem de cabeça de lobo que ele tinha na parte inferior das costas. — Tatuagem de cabeça de lobo? A tatuagem de cabeça de lobo! Eu abri os olhos incrédula. Eu olhei para a tatuagem sem palavras quando o meu coração pulou na garganta. O lobo mau olhou para mim, os seus olhos tingidos de vermelho brilhante na pele do homem, com olhar sanguinário. — É o...! Realmente é ele! — Fora do meu caminho! O taxista deu um empurrão repentino em mim, fazendo com que eu caísse no chão. Quando ergui novamente os olhos, o Rolls Royce já havia partido. Eu senti a minha cabeça zumbir ao olhar para frente e ver o carro a distância. Era ele quem estava no carro? O pai das crianças? Por que ele estava naquele carro caro com aquela ferida horrível ? — Ei, por que você empurrou a minha mãe? Patrick balançou os punhos com raiva para o taxista. — Pirralho, pare de gritar comigo. Se não fosse por vocês, nada disso teria acontecido. Xingou o taxista. — Você era quem estava em alta velocidade antes de bater naquele carro. Respondeu Roberto com a sua voz zombeteira. — Como somos seus passageiros, não somos responsáveis ​​pelo seu erro! Você violou a lei de trânsito. Podemos registrar uma reclamação contra você. Ele disse com um ar autoritário.
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