No início da semana seguinte, o internato voltou à rotina. Mas, dessa vez, algo havia mudado: os telefones de Adrian e Eleonora não paravam de vibrar.
No dormitório masculino, Adrian estava revisando equações de física avançada quando o celular apitou pela quinta vez em cinco minutos. Ele pegou o aparelho, franzindo a testa.
Mensagens de todos os lados:
“Cara, vocês dois estão juntos na internet?!”
“O que aconteceu no lançamento? Tá todo mundo comentando de vocês!”
“Vocês estão parecendo um casal milionário de filme, sério!”
“A foto de vocês dois sozinhos, nosso Deus, que tensão!”
Adrian revirou os olhos, tentando manter a calma. Pegou uma das mensagens e respondeu com um emoji de “olhos revirando”, mas no fundo sentiu um calor subindo pelo peito. Ele não queria admitir, mas alguém havia capturado algo mais do que apenas a postura formal deles na foto.
No dormitório feminino, Eleonora estava sentada em sua escrivaninha. O celular também não parava de apitar. Mensagens de colegas começaram a chegar:
“Eleonora, você e Adrian na capa de todos os sites!”
“Vocês estão arrasando, sério… achei a foto incrível!”
“Tá todo mundo comentando que vocês dois parecem perfeitos juntos, tipo herdeiros de império.”
“Vocês brigam ou se amam? Porque a foto tá intensa demais.”
Ela bufou, deslizando o polegar pelo celular, ignorando os emojis de fogo e coração que chegavam sem parar. Mas, mesmo fingindo indiferença, seu olhar voltou automaticamente para a foto.
— Ridículo… — murmurou baixinho para si mesma, apertando a mão sobre a tela.
— Como ele pôde olhar para mim daquele jeito… e ainda me irritar tanto ao mesmo tempo?
No mesmo instante, Adrian recebeu uma nova mensagem, desta vez de Ryan:
“Cara… você tá com problemas sérios. Ela tá provocando você e a internet tá de olho. Prepare-se para as perguntas amanhã.”
Ele suspirou e deixou o celular sobre a mesa, encarando o teto.
Por dentro, não conseguia parar de pensar no toque da gravata, no sorriso dela… e na maneira como ela conseguia irritá-lo e fasciná-lo ao mesmo tempo.
Do outro lado, Eleonora fez o mesmo: olhou para a tela, bufou novamente, mas não conseguiu deixar de sorrir por um instante.
E ambos sabiam, sem precisar trocar uma palavra: o internato inteiro estava prestes a descobrir que a guerra entre eles havia se tornado pública.