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Hello Stranger

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" Então, eu me lembrei, era ele: o rapaz que, agora em todas as noites, frequentava os meus sonhos"A enfermeira Minah tinha uma vida monótona e movida pelo trabalho, nunca teve tempo para pensar em romances. Até que, um dia, ela começa a sonhar com um rapaz desconhecido e consequentemente descobre que esse mesmo rapaz será seu paciente e que cuidar dele é agora sua principal missão.

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O sonho e o desconhecido
•*'¨'*•.¸¸.•*'¨'*•.¸¸.•*'¨'*•.¸¸.•*'¨'*• Eu estava novamente naquele campo florido da minha infância, o mesmo campo onde me refujiei por tantas vezes para escapar dos problemas que cercavam minha família. Por que eu estava ali? Não morava mais na cidade, aquilo não era possível.... Caminhei por meio do campo, observando a vista. Tudo estava como eu me lembrava. As flores, o bom cheiro do lugar, o pequeno balanço....tudo estava com o mesmo ar de infância que eu tanto amava. Porém, havia algo diferente ali. Alem das flores, do balanço e de mim, havia uma outra silhueta mais distante de onde eu me encontrava, se movendo lentamente no balanço, com a cabeça baixa. Confusa, me aproximei. Quanto mais perto eu caminhava em sua direção, mais detalhes de sua aparência eu notava. Era um rapaz meio baixo, inteiramente vestido de preto, até os fios em sua cabeça. Inclusive seus cabelos balançavam em harmonia com o vento. Pude ver melhor seu rosto quando estávamos finalmente frente a frente. Ele pareceu notar minha presença, pois levantou a cabeça e olhou diretamente em meus olhos. Seu rosto estava sério e triste, como se lamentasse a perda de alguém. Ao julgar as vestes inteiramente pretas, o jovem podia ter acabado de perder alguém especial. Ele estava ali para se afastar dos problemas, como eu fazia quando ia naquele campo. Porém, quem era ele? Infelizmente, não pude perguntar, pois tudo ficou preto e me vi sentando sobressaltada e assustada em minha cama, onde eu estive por todo aquele tempo. Foi tudo apenas um sonho.... Passei a mao pelos cabelos e peguei meu celular, que descansava no travesseiro. 6:30 a.m Suspirei e me levantei, precisava me apressar ou me atrasaria para o trabalho. Lavei o rosto, tomei um banho rápido e decidi pular o café da manhã, não sobraria tempo. Eu comeria algo pelo caminho. Enquanto dirigia rumo ao hospital onde trabalhava, relembrei sobre aquele estranho sonho. Eu tinha certeza de que nunca havia conhecido aquele rapaz em todo esse tempo de viva, era estranho. Talvez ele nem fosse real e, se fosse, provavelmente seria alguem inalcançável para mim. •*'¨'*•.¸¸.•*'¨'*•.¸¸.•*'¨'*•.¸¸.•*'¨'* — Minah! Você não ouviu o que eu falei?! - ouvi um exclamo alto e indignado, me fazendo piscar atonitamente os olhos. Olhei para a dona da voz: minha melhor amiga, a médica Celeste Banksy. Era uma pessoa muito dedicada e atenciosa, porém pouco paciente. — Você está bem, Minah? Parecia que tinha viajado para outro planeta! - questionou a mais velha, analisando cada detalhe do meu rosto. Estávamos tomando um café no refeitório do hospital, enquanto esperávamos nosso turno começar. Soltei um longo suspiro enquanto bebericava meu capuccino. Essa bebida sempre me acalmava e me ajudava a enfrentar um dia pesado. — Desculpe, acho que não acordei completamente ainda - desconversei, olhando para minha bebida para não ter que encarar o rosto questionador da minha amiga. Celeste bufou enquanto terminava seu café. — Sabe que pode me contar qualquer coisa - insistiu, voltando a ser um pouco mais dócil. Balancei levemente a cabeça para os lados, tentando organizar os pensamentos embaralhados. — Foi só um sonho estranho que eu tive hoje, estou um pouco perturbada - respondi, finalmente fazendo contato visual. A médica assentiu, me olhando com atenção. Celeste sempre fora uma excelente ouvinte. — Eu estava naquele campo da minha infância. Mas tinha um rapaz lá, que eu nunca vi antes em toda minha vida! - contei, buscando todos os detalhes que me lembrava. A mais velha tomou mais um gole de seu café, me deixando apreensiva. Eu precisava desabafar sobre aquele sonho com alguem ou ficaria louca. — É esse rapaz misterioso que a pertuba? - quis saber a morena de cabelos curtos. Confirmei com um breve aceno de cabeça. — Bom, pode significar que algo de especial vai acontecer, Minah! Se eu fosse você, ficaria atenta para não ser surpreendida - aconselhou ela, seriamente. Ri fraco, descrente. Para algo de especial acontecer comigo, apenas se eu nascesse novamente. Minha vida se resumia em trabalhar no hospital e aos fins de semana sair com Celeste ou com meu melhor amigo, Leon Mendez. — Minha vida se resume a trabalhar aqui, unnie. Não há razões para acontecer algo diferente - argumentei, dando de ombros. Celeste, porém, não era uma pessoa fácil de ser convencida. — Pois é por esta simples razão que acho que esse sonho pode significar uma mudança na sua vida - rebateu ela, sorrindo com certa malícia. Suspirei, sem nenhuma vontade de discutir aquele assunto. Por sorte, a figura animada e apressada da secretária Parker chegou até nossa mesa. — Desculpa interromper vocês meninas, mas sua presença foi solicitada, doutora Banksy! Na sala 34, andar de cima! - disse a morena, lendo sua prancheta. Celeste assentiu e engoliu o resto de sua bebida, se voltando para mim enquanto levantava. — Pense sobre o que eu disse, Minah. E não fique tão perturbada, sonhos assim acontecem por algum motivo e logo você descobrirá o seu - disse a médica, apertando meu ombro e saindo junto com a secretária. Enquanto eu fiquei ali, terminando meu capuccino para voltar ao trabalho. •*'¨'*•.¸¸.•*'¨'*•.¸¸.•*'¨'*•.¸¸.•*'¨'* Como enfermeira eu trabalhava na sessão de maternidade, mais precisamente no atendimento dos recém nascidos. Era tranquilo, eu só tinha que limpa-los e arruma-los no berçário, vigiando até que as familias viessem busca-los. Claro que, nos casos de bebês prematuros eu tinha que ter total cuidado e dedicar um auxílio maior. Mas, em todo caso, não reclamava de fazer aquilo todos os dias. Era lindo ver novas vidas nascendo e tantas mulheres sorrindo, cheias de amor, ao ver sua nova razão de vida bem ali, dormindo serenamente no berçário. E era onde eu estava no momento, observando enquanto uma jovem baixa e esbelta segurava seu neném nos braços com todo cuidado. Tinha acabado de receber alta e iria para casa. — Esperei tanto por esse momento - levei apenas alguns segundos para entender que a nova mamãe se dirigia a mim — os nove meses passaram tão devagar que pareciam c******r no tempo - desabafou enquanto ninava seu filho. Esbocei um mini sorriso simpático. Eu não entendia aquele sentimento de espera, de ansiedade, de realização por ter gerado uma vida. E, possivelmente, nunca iria entender. — No fim a espera valeu á pena - comentei, apenas para ser educada. Mesmo se eu não entendia o quão mágico era aquele sentimento de ser mãe, eu não podia deixar a jovem moça sem resposta se ela tinha desabafado comigo. A jovem me encarou e respondeu com um sorriso radiante. — E a senhorita, enfermeira Minah? Tem filhos? - ela me perguntou, virando o corpo totalmente na minha direção para continuar a conversa. Limpei a garganta e me recostei melhor na parede antes de responder. — Não, eu, anh... - senti-me envergonhada em abrir minha vida pessoal daquele jeito — no momento estou me dedicando apenas ao meu trabalho. Não estou tendo tempo para a vida amorosa - confessei, da forma mais discreta e breve possível. A mulher assentiu, diminuindo o sorriso levemente. — Espero que um dia encontre quem lhe faça feliz - desejou, já ajeitando melhor o bebê em seus braços. Suspirei, vendo o marido da jovem chegar e leva-la consigo, junto ao filho recém nascido do casal. — Infelizmente acho que não haja ninguém capaz de me fazer feliz - sussurrei comigo mesma e dei um breve suspiro antes de voltar ao trabalho. Ainda haviam muitos bebês ali para cuidar. •*'¨'*•.¸¸.•*'¨'*•.¸¸.•*'¨'*•.¸¸.•*'¨'* Novamente naquele campo de flores. Por que estava ali, afinal? Dessa vez, eu sabia que era um sonho. Corri pelo campo, confusa e curiosa. Á medida que eu avançava, aquele universo criado pelo meu subconsciente parecia expandir, me levando a partes que eu nem sabia que existiam. Cheguei á um pequeno lago, onde uma figura de cabelos negros como a noite estava sentado, de costas para mim. Era o mesmo garoto do sonho que eu tivera antes. Dei alguns passos lentos, me aproximando dele. Quem era ele? E por que estava no meu sonho? Me sentei ao seu lado e o observei. Ainda vestia-se inteiramente de preto e observava o lago com um olhar triste e perdido, de quem perdeu algo importante. Porém, logo pareceu notar minha presença e estávamos trocando olhares pela segunda vez. Porém, ficou apenas nisso novamente. Tudo escureceu e meu consciente voltara ao normal. Eu estava em meu quarto novamente enquanto o telefone tocava no travesseiro ao meu lado. Esfreguei ligeiramente os olhos e tomei o aparelho em mãos, aceitando a ligação. Era de Leon. — Oi, aconteceu alguma coisa? - perguntei, com a voz preocupada e baixa. Preocupada por ser 2h da manhã e meu melhor amigo estar me ligando quando deveria estar dormindo. E baixa pelo sono que ainda pairava em mim. — Desculpa se te acordei, mas é que precisamos de você no hospital imediatamente - a voz melodiosa do mais velho esbanjava pressa, como se ele também tivesse sido alertado de ultima hora. Levantei a sobrancelha esquerda, confusa. Por que precisariam de mim em plena madrugada se meu turno só começava às 7:30 da manhã? — Mas para o que? Garanto que deixei a enfermeira Kim de plantão no berçário, só trocamos pela manhã! - exclamei, realmente sem entender porque minha presença era requisitada. Leon suspirou do outro lado da linha. — Não é isso! Acabamos de resgatar duas vítimas de um acidente grave que aconteceu a pouco tempo, a Celeste ordenou que você cuidasse do caso com ela - relatou ele. Suspirei. Quantas vezes eu precisaria explicar a ela que não queria me envolver com esse tipo de trabalho? — É realmente necessário? Tem outras enfermeiras muito mais competentes e experientes do que eu para esse caso, você sabe que eu não gosto de trabalhar com acidentes - insisti, quase choramingando. Porém, meu melhor amigo não estava disposto a ser bonzinho comigo. — A Celeste insistiu que você fosse a assistente dela. Sinto muito, mas não pude te salvar dessa - o tom de voz de Leon confirmava que ele havia feito o possível. Soltei o ar, dando-me por vencida. — Tudo bem, avise a ela que chegarei em 20 minutos - pedi e encerrei a ligação. Tomei um banho às pressas, apenas para despertar do sono e tomei um café para garantir que me manteria acordada. Sentia que teria uma longa madrugada pela frente. Meu coração corria em ansiedade á medida que eu dirigia até o hospital, com as mãos tremendo e soando frio. Acidentes eram um trauma para mim, me faziam lembrar do meu passado. E essa era a última coisa que eu queria... Corri pela sala de espera até o vestiário, onde me vesti adequadamente para o trabalho. Ao sair, dei de cara com Leon — É, você foi rápida, Minah - o enfermeiro esboçou um sorriso ladino, tentando deixar a situação um pouco mais cômica. Porém, eu não estava em clima para piadas no momento. — Eu disse que chegaria rápido, não disse? - começamos a caminhar lado a lado, apressados. — Claro, tudo bem - o sorriso sumiu de seu rosto á medida que andávamos. Decidi manter o assunto, para me distrair um pouco do trabalho que me aguardava. — Foi muito grave esse acidente? - perguntei, querendo gravar todas as informações possíveis. Leon suspirou enquanto pegavamos o elevador para o segundo andar, onde ficavam os casos de acidente. — É uma emergência das grandes. Nossa equipe os resgatou numa mata, parece que o carro perdeu o controle e capotou f**o. Era um casal, jovem aparentemente - ele foi contando enquanto avançavamos — infelizmente a moça não resistiu - seu tom de voz ficou mais triste. Engoli em seco, sem saber como reagir. Parecia que eu estava presenciando a mesma história que acontecera na minha infância. — O rapaz ainda está desacordado, é dele que você e a Celeste vão cuidar - relatou Leon, me guiando pelo corredor. Franzi o cenho ao pararmos na porta onde, aparentemente, estavam Celeste e o rapaz acidentado. — Não se preocupe, Minah. Você é uma enfermeira forte e dedicada, tenho certeza que vai se dar bem nesse trabalho - ele apertou meus ombros, notando minha tensão. Bufei de nervosismo. — Não gosto de trabalhar com vítimas de acidentes. Prefiro o berçário - rebati, desconfortável. Minho sorriu fraco. — Celeste é uma das doutoras mais dedicadas e inteligentes daqui. Se ela te escolheu para ajuda-la nesse caso, é porque sabe que você é capaz - argumentou, acariciando novamente meus ombros antes de abrir a porta para mim. Reunindo todas as forças existentes em mim, entrei. Dando de cara com uma Celeste aflita enquanto analisava nosso paciente. Porém, o barulho da porta se fechando atrás de mim fez com que a mais velha notasse minha presença e se aproximasse. — Até que enfim você chegou! - suspirou aliviada — vou precisar de você nesse caso! Sei que é competente e que vai fazer seu melhor - disse com um quê de profissionalismo, esquecendo-se de que falava com uma amiga. Balancei a cabeça, dispensando incentivos. — Depois conversamos melhor. Apenas diga quem é o paciente, quais são os danos e o que terei que fazer - exigi, deixando as perguntas e as broncas para quando as coisas estivessem mais calmas. Se tínhamos trabalho a fazer então não deveriamos perder tempo conversando. Celeste assentiu e começou a olhar os dados em sua prancheta. — O paciente se chama Bryan Collors e seu carro capotou enquanto ele e a noiva voltavam de uma viagem - ela foi ditando enquanto eu encarava suas expressões. Me recusava a olhar para o paciente ainda. — Ainda estou esperando os exames, mas aparentemente ele sofreu algumas fraturas, chegou com um sangramento na parte de trás da cabeça também, a pancada deve ter sido pior nessa região. Se ele não acordar em 24hrs, a suspeita é que entre em coma - suspirou a médica, me olhando com pouco ânimo. Suspirei. — Leon me contou que a noiva não resistiu.. - engoli em seco ao tentar manter o assunto. Celeste confirmou com um lento aceno de cabeça. — Ela quebrou o pescoço enquanto o carro capotava. Morreu no mesmo instante - detalhou. Olhei para o chão, desolada. Pobre rapaz...como ficaria quando soubesse? — Não deveríamos avisar as famílias dos dois? - perguntei, compadecida. A mais velha suspirou. — A jovem era estrangeira, seus pais estão em outro país, mas tentaremos entrar em contato - garantiu a médica, voltando a encarar o paciente deitado na maca por um tempo antes de me encarar novamente — quanto á família do rapaz, porém...demos uma olhada no celular dele, seu único contato era alguns amigos e a noiva. Um de seus amigos atendeu o hospital e disse que ele perdeu os pais desde a infância - ela me olhou com uma expressão desolada. Cobri a boca com a mão esquerda, surpresa e ainda mais compadecida daquele pobre rapaz. Ele acabara de perder, alem de seu grande amor, sua única familia. E mais do que isso, ele era como eu. Um solitário. — Eu sei, é bem triste e não sei como ele vai reagir quando souber..- Celeste suspirou e voltou a encarar o paciente. Vendo que o assunto acabava ali, decidi m***r a curiosidade e ver quem seria o pobre rapaz. Então, segui os olhos da médica e encarei o corpo inconsciente deitado na maca ao meu lado. Foi aí que soltei um grunhido de espanto, que assustou Celeste. Mas eu quem estava mais assustada. Pisquei os olhos enquanto andava ao redor da maca, parando de frente para ela, para obter uma melhor vista do rapaz. Aquilo não podia ser possível, devia ser outro sonho. Meu coração dizia que era real, mas eu não queria acreditar. Minha mente estava confusa com tantas informações e eu sentia já ter visto aquele rapaz, mesmo que eu não soubesse por um momento porque meu corpo reagiu de forma tão espantosa ao encarar o indivíduo inconsciente. Daí, quando me senti menos espantada e já estava um bom tempo observando os detalhes do rosto do rapaz, minha mente funcionou, me recordando do sonho que eu tivera momentos antes de vir para o hospital. Aquele rosto me era familiar e agora eu sabia porque. Aquele cabelo preto bagunçado e aquele rosto eram inconfundíveis. Então eu me lembrei, era ele: O rapaz que, agora em todas as noites, frequentava os meus sonhos.

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