Naomi entrou no prédio da Akatsuki e Konan olhava para Hidan de forma ameaçadora enquanto os outros membros também chegavam no ambiente.
- O que aconteceu aqui? — Pain questionou e Hidan apontou a foice para Naomi.
- Essa v***a fez ninjas de Konoha nos atacar no meio da missão, se a querem por que não entregamos?
- Ninguém vai tocar nela. — A voz de Pain soou no ambiente de forma obscura e todos o olharam. — O próximo que tocar em Naomi ou ameaçar a existência dela irá morrer, entenderam?
- Você é um patético! — Hidan gritou e abaixou a foice. — Eu vou sacrificar todos vocês um dia!
Ele saiu do prédio e a Hatake olhou para Pain porém passou por ele indo até Itachi que foi surpreendido ao ser puxado escada acima.
- Hã?!!!! O que ela está fazendo?! — Zetsu questionou sem acreditar no que via.
- Naomi, eu disse que quero falar com você! — Pain disse alto mas foi ignorado pela mulher.
Konan olhou para Pain confusa e o mesmo seguiu para o escritório e logo seu corpo se desfez em papéis e foi como se os momentos anteriores não tivessem acontecido pois todos voltaram às suas tarefas comuns.
Hatake Naomi.
Horas depois.
- Para quem descobriu que está sendo caçada mundialmente você até está lidando normalmente com isso. — Olho para Konan e dou de ombros voltando a colher as flores.
- Não vou ficar chorando, tenho mais o que fazer.
- Para quem são essas flores?
- Não é para o Pain, se é o que pensa.
- Seria gentil, ele precisa de gentileza.
- Aqui. — Amarro o buquê e me levanto estendendo-o para a mulher que arregalou os olhos.
- Por que?
- Flores verdadeiras são mais bonitas que as de papel. — As bochechas da mais velha ganharam o tom avermelhado e Konan pegou o buquê.
- Sim, são. — Ela sorriu me deixando envergonhada e abaixou um pouco a cabeça. — Obrigada.
- Espero que sejamos amigas, Konan-san.
- Venha comigo. — Confusa eu concordei e seguimos para dentro do prédio que moramos.
Diferente do que imaginei nós não fomos para o quarto dela ou de Pain, que ainda insistia para falar comigo, e sim subimos até a porta "proibida" que ninguém além dela e o próprio Pain Podem entrar, e eu entrei arriscando minha vida.
O objeto de madeira foi aberto e entrei depois de ela ter entrado, o local estava escuro e a voz dele fez meu corpo arrepiar me deixando totalmente confusa.
- Konan, o que faz... O que ela faz aqui?!
- Nagato, Naomi merece saber.
- Mereço saber o que?
- Porque ele é assim. — Arregalei os olhos e ela acendeu a luz me fazendo olhar para o homem esquelético na cadeira.
- Não vai correr? — Ele me olhou como se me desafiasse a ficar.
- Porque eu correria? — Me aproximei e ergui as mangas do manto da Akatsuki aproximando minhas palmas do peito dele. — O que aconteceu com você? E por que você é o Pain?
- Vou deixá-los sozinhos. — Ouvi Konan dizer mas não a olhei e sim mantive os olhos em Nagato que estava de cabeça baixa. Ele não ter me expulsado já é um avanço enorme.
- Você não tem que ficar... Eu nao te quero me vendo assim.
- Hum... Bom, se fosse a garota de quinze anos que eu fui provavelmente eu já teria corrido mas se você é o Pain... Eu mereço saber porque, não acha?
- Não pode contar para ninguém sobre mim.
- Ninguém saberá. — Nossos olhares se encontraram e pude ver algo que Pain não tinha 99% do dia. Paz.
- Sente-se, é uma longa história.
Horas depois
Passo as mãos no rosto enquanto soluçava e a porta foi aberta mas não me importei, Nagato não estava chorando ele apenas me olhava fixamente e só desviei o olhar dele quando fui pega no colo.
- Descanse, está tarde.
- Mas... Como você consegue agir normalmente ao ver ele? — Aponto para Pain e Nagato sorriu.
- Eu não costumo ver ele, estou ocupado demais vendo minha luz. — Meu rosto esquentou e eu abaixei o olhar sentindo as lágrimas molharem meu rosto novamente.
- Você vai acabar morrendo, Nagato e eu não quero ver isso!
- Vai ficar tudo bem. — Pain começou a andar para fora do cômodo e eu me deixei encostar a cabeça em seu peito.
Os ninjas de Konoha foram cruéis, como tiveram coragem de matar dois inocentes na frente de uma criança?
- Sinto muito. — Sussurro e olhei no fundo daqueles olhos roxos que me fitavam.
- Pelo que?
- Por Konoha.
- Não é sua culpa, Naomi-chan. — Fui deitada em algo macio e olhei ao redor notando que era o quarto dele ao invés do meu.
Pain tirou o manto da Akatsuki e se deitou ao meu lado fazendo carinho em minha bochecha, nossos olhares se mantiveram conectados até que a escuridão começou a vir junto da tranquilidade em meu corpo e me deixei levar por ela.
Nagato, eu gostaria de tirar toda a sua dor, nem que seja por um dia.