Malu
— O senhor está bem mesmo? — eu pergunto antes de descer para casa dele E ELE ME OLHA já com raiva.
— Estou — ele fala — estaria melhor se você não tivesse aqui. Agora eu já disse para você descer.
Eu olho para ele e nunca netendi o porque ele tinha tanta raiva e desprezo por mim.
— Eu preciso de um lugar para ficar e eu posso falar com a Jessica e ficar na casa dela se eu for atrapalhar o senhor, eu sei que a gente não se fala a muito tempo — ele me encara — mas eu sinto que a gente poderia ter uma relação melhor como pai e filha.
— Olha — ele fala nervoso e me encara — desce e fica na nossa casa, ela também é sua. So que agora por favor, vá embora , eu preciso trabalhar.
— Obrigada — eu respondo — eu jamais vou esquecer que está me deixando ficar lá.
— Eu espero que não esqueça mesmo — ele fala.
Meu pai era assim, ele não demonstrava sentimento e eu confesso que comecei achar loucura ter subido o morro e pedir ajuda a ele, mas a verdade é que eu não tinha para onde ir e já estava sendo despejada do alojamento por não pegar o valor do aluguel. Meu pai está nervoso e bastante atrapalhado também dentro da farmácia, antes de ir embora eu observo ele ee vejo que ele estava ficando sem paciência por ainda me ver ali.
— Pai, o que o senhor tem? — eu pergunto.
— Nada não — ele fala e olha para frente e vejo um dos vapores do RK com um fuzil atravessado nas costas entrando dentro da farmácia. – vai embora agora, Heloise!
— Antônio — ele fala — tem um cara querendo falar contigo lá na entrada, RD te mandou descer.
— Quem é? — eu pergunto. – quem é, pai?
— Se mete não garota — ele fala. – isso é coisa com seu pai e não com você.
— Heloise eu já volto — ele diz. – vá para casa agora que eu estou mandando.
— Pai — eu chamo por ele.
— Eu já volto — ele afirma e eu suspiro.
Nesse momento eu senti que tinha algo de errado, porque um pouco antes encontrei LK aqui conversando com ele e agora isso, mandam ele descer que tinha gente querendo falar com ele, o seu nervosismo e ele completamente atrapalhado. Desde que eu me conheço por gente meu pai ficava dessa forma quando ele estava nervoso de mais.
— Quando minha mãe disse que você estava aqui eu nem acreditei.
— Jessica — eu sorrio.
— O que você faz aqui? Como assim?
— Eu precisei vir pedir ajuda ao meu pai. Mesmo que seja a pior coisa do mundo – eu suspiro – ele parece me odiar.
— Por quê? — ela pergunta — não me ligou? Vamos para minha casa e você não vai ficar na casa dele, pelo amor de Deus, você tem a mim!
— Eu preciso ficar com ele, eu sinto que meu pai não está bem., tem algo de errado com ele.
— Ele deixou você ficar? – ela me olha estreitando os olhos – porque seu pai – eu a interrompo
— Deixou — eu dou de ombros.
— Ele vai te maltratar com as palavras, o seu pai é um ogro, nem pensar você vai para minha casa agora mesmo.
— Está tudo bem — eu respondo — ele me deixou ficar na casa dele, se der algo errado, eu vou para sua. Mas, aqui também é minha casa.
— Eu vi seu pai descendo o morro — Jessica fala — junto do vadio.
— Disse que RK o mandou falar com um cara lá embaixo, mas vi LK falando com ele antes quando cheguei e meu pai ficou todo nervoso.
— É — ela fala pensativa e me encara — estou tentando falar com Pedro Henrique, mas não consigo. Ele está me evitando e sei que deve ser por causa desse assunto.
— Você não acha perigoso de mais tudo isso? — eu pergunto.
— Namorar com bandido? — ela pergunta e eu assinto com a cabeça — eu amo ele e sinto que ele me ama também. Ele me trata super bem e Pedro Henrique é diferente do irmão dele, o Rd sim é o demônio em pessoa.
— Eu acho que é muita adrenalina para mim depois de tudo quee u passei com Carioca – eu respondo respirando fundo – eu passei um inferno ao lado dele.
- Nem me fala, eu ficava aflita por você e o pior que Carioca vive de negócios com o pessoal aqui – ela fala – precisa tomar cuidado, porque você pode encontrar ele.
- Não isso, não – eu respondo – não quero lembrar do meu passado.
— Como está a faculdade? — ela pergunta.
— Está bem — eu falo. — bastante corrido.
— O celular dela toca.
— É Pedro Henrique — ela diz sorrindo — depois a noite passo na sua casa — eu assinto e ela sai falando com ele no telefone.