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1324 Words
Capítulo 3 Lais narrando Era de manhã cedo e acordo com a movimentação de Marie no quarto, eu pego meu celular e tinha várias mensagens na minha mãe. ‘’ Feliz aniversário filha. Mais um ano que passamos longe uma da outra, eu sinto tanta a sua falta todos os seus dias, mas sei que você foi atrás dos seus sonhos, você é corajosa e eu tenho muito orgulho de você. Por aqui fiz o seu bolo preferido para de longe cantar parabéns para você, eu e Gugi te amamos’’. Eu limpo as lagrimas vendo a foto dela, do nosso gato e do bolo, eu sorrio e suspiro. - Está chorando logo de manhã cedo? – Marie pergunta e eu olho para ela vendo ela contando um horror de dinheiro. - Uau, ganhou na loteria? – eu pergunto. - Meu trabalho secreto – ela fala piscando os olhos. - O que é esse trabalho secreto em? estou começando a ficar com medo de você e disso tudo ser ilegal – eu falo. - Não é não – ela sorri – trabalho que paga muito bem as estrangeiras. Eu a encaro. - Tenho aula cedo, acredita? Em pleno dia do meu aniversário – ela me olhja abrindo a boca. - Meu Deus é seu aniversário – ela pula e me abraça forte – segundo ano comemorando aqui comigo, você acha que eu esqueci? Até comprei um presente para você. – ela me entrega uma sacolinha. - Um presente? Não precisava – eu falo. - Abre – ela fala – eu achei a sua cara. Eu abro um presente e era uma caneta com meu nome. - Aaaaai eu amei – eu falo – obrigada Marie, você é muito gentil. - Você merece – ela fala. – podemos tomar um café mais tarde? Para comemorar. - Eu preciso ir sacar o meu dinheiro – eu falo – podemos ir juntas e já tomamos o café, o que acha? - Eu adorei a idéia – ela fala. Eu me arrumo e vou caminhando até a faculdade, no caminho mando mensagem no grupo para Jade e Enzo, a gente tinha um grupo mas eles não me respondem. Por mais que a gente fosse amigos e tivesse bastante i********e, a gente não saia fora da faculdade, até porque o padrão de vidas deles para a minha era muito diferente e eu não queria me aproveitar de nada e nem que eles achasse que sou amigas deles por causa disso, eu era porque realmente gostava deles. Eu acho estranho porque de manhã eram bem poucas aulas que tinha e a faculdade estava quase vazia e se tivesse aula de medicina , era para no entanto a faculdade está um pouco mais cheia, já que a nossa turma era bem grande. A porta da sala está fechada e quando eu abro, dou de cara com alguns dos colegas e a sala toda enfeitada. - Parabéns – eles falam em inglês e eu abro um sorriso. - Eu não acredito – eu falo. - Parabéns amiga – Jade fala me abraçando forte – você merece. Outras meninas que a gente conversava e fazia parte do ‘’ grupinho ‘’ da jade me abraçam também me desejando feliz aniversário e por fim, Enzo. - Parabéns – ele fala sorrindo. - Você me enganou direitinho ontem – eu falo. - Eu sei que sim – ele fala. – se eu falasse, você não ia querer e nem ia vir. Então pedi ajuda aos professores para te enganar. – eu dou um tapa em seu ombro. - Você é incrível – eu sorrio. Ele me abraça mais uma vez e depois tira uma caixinha de seu bolso. - Eu sei que você odeia presentes, mas por favor não negue esse – ela fala – daqui alguns anos você se forma e volta para o Brasil e eu quero que você se lembre de mim. - Um presente? – eu falo sorrindo. - Abre – ele fala e eu vejo que era um colar com um pingente de ponto de luz bem pequeno e a corrente bem fina. - Era da minha vó , ela me deu antes de morrer que era para dar para alguém especial – ele fala. - Eu não posso aceitar, era da sua vó – eu falo. - Você é especial e eu quero que fique com você – ele fala tirando o colar da caixinha e colocando em meu pescoço. - Você vai se arrepender por me dar ele – eu falo. - Jamais vou – ele fala – você é especial na minha vida – eu sorrio e a gente se encara. - Porque vocês não se beija logo e assume o que sentem um pelo outro? – uma das meninas fala. E a gente se encara e eu fico vermelha , dou um sorriso sem graça e me afasto indo para perto deles, a gente começa a comer e o tempo todo eu e ele nos encaramos, depois tiramos algumas fotos e Jade me envia, eu aproveito e mando para a minha mãe. (..) - Ele te deu o colar da vó dele? – Marie pergunta – menina, isso é quase um pedido de casamento. - Não exagera – eu falo para ela. – Não exagera, por favor. - Ele te deu o colar da vó dele – ela fala novamente – vem vamos tomar café. - Depois que eu sacar o meu dinheiro – eu falo – não tenho nem para pagar dois dólares em um simples café. - É seu aniversário, eu faço questão de pagar para você – ela fala. - Não – eu respondo. - Ah, você é teimosa de mais – ela diz rindo. – mas é lindo o colar. - É, eu não iria aceitar, mas ele insistiu – eu falo. - Ele não iria aceitar que você negasse, ele gosta de você – ela fala. - Somos totalmente diferente um do outro, imagina se os pais dele iriam me aceitar? Ainda mais o pai dele, os dois vivem discutindo – eu falo. - Se você falou isso, é porque você gosta dele também. – ela fala – assume, você gosta dele. - Marie, eu não vim para cá para gostar de alguém ou namorar, eu vim para estudar e me formar – eu falo – é por isso que eu vim – ela começa a rir. - Você quer esconder de você mesmo, o que você sente – ela fala. – não pode viu – eu olho para ela e suspiro. A gente entra no caixa eletrônico conversando e ela para do meu lado e começa a me encarar, enquanto coloco o cartão de fundo estudantil. - Eu não gosto dele – eu falo. - Gosta de sim, está na sua cara – ela fala. - Não, eu não gosto – eu falo. - Gosta – ela diz rindo. Eu tento sacar o dinheiro, mas o dinheiro não saia e ai presto atenção na mensagem que estava dando. - Ei – ela fala e eu encaro ela. - Está dando negado – eu falo. - O que? – ela pergunta. - Meu dinheiro está dando negado – eu falo – olha – ela ler a tela – é isso que está dizendo, leia com seu inglês. - Está dizendo que não tem beneficio nenhum mais, que o beneficio foi negado – ela fala – tinha prazo seu beneficio? - Não, eu não sei. Não – eu falo nervosa – não era para ter. – eu tento novamente e dar a mesma mensagem – meu Deus, eu estou ferrada. - Eu conheço um advogado, vamos até lá – ela fala – ele vai poder te ajudar. – eu a encaro. Eu me tremia toda, o que eu iria fazer se o meu beneficio tivesse sido cancelado? Eu iria morrer de fome em Nova York porque nem dinheiro para voltar, eu teria.
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