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892 Words
Giovana narrando — Levantem os pés lentamente – eu falo – na ponta do pé Ana – eu falo observando uma das alunas. — Dói muito professora – Ana resmunga. — Respira fundo , abaixa as pernas – eu me aproximo dela – eu vou te ajudar a subir lentamente, ok? — Ok – ela fala suspirando. — Isso, bem devagar – eu sorrio para ela – muito bem, viu como é fácil? — Não é não – ela fala e eu sorrio — Pratica , vocês estão precisando praticar um pouco mais em casa – eu olho para elas – não é apenas na aula, bailarina tem que ter disciplina, em alguns meses é a nossa apresentação. — Quando vai ser? – Laura uma menina dos cabelos cacheados pergunta. — Em 5 meses, ainda falta um tempo e vai dar para praticar bastante – eu falo e elas comemoram. — E o nosso figurino? – Sandrinha pergunta — Calma gente – eu sorrio – vamos treinar bastante e depois pensamos no figurino, mais um pouco treinando na barra – elas soltam um aaa desanimado – e depois dança livres e elas comemoram. — Essas meninas – Beatriz fala rindo — Vamos lá – eu falo – preparando – elas colocam as mãos sobre as cinturas – posição um – elas levantam as mãos na altura do umbigo – posição b – elas levantam uma das mãos – preparatória para girar – e elas começam os passos. Eu olho para fora enquanto as minhas alunas estão fazendo o passo a passo, estamos quase finalizando mais um dia de aula da turma da faixa etária de 4,5 anos. É quando eu observo pela janela da sala um homem de terno preto, óculos escuros , muito bem vestido e parecia um pouco com pressa, eu acho estranho porque eu nunca tinha visto esse homem aqui. — Você já viu ele por aqui? – Pergunto para Beatriz que era a minha ajudante a poucas semanas aqui na escola de dança. — Não, eu nunca vi ele por aqui – ela responde. — Estranho – eu falo observando aquele homem agoniado no lado de fora. Eu continuo dando o passo a passo para as alunas e vejo que ainda faltava uns vinte minutos e não tinha nenhum pai lá fora. — Beatriz finaliza aqui, por favor – eu falo — Onde você vai? – ela questiona — Ver o que aquele homem quer tanto olhando para as meninas e ver quem ele é – eu falo. Eu vou até a porta, eu abro ela e fecho. — Bom dia, posso ajudar o senhor? – ele que está mexendo em seu celular levanta o olhar para mim – os pais e responsáveis devem esperar lá embaixo. — Eu preciso pegar uma aluna – ele fala – estou com pouco de pressa. — Estamos ainda finalizando a aula – eu olho para ele. — Eu preciso levar ela agora. — Eu nunca vi você por aqui, quem é aluna? — Laura – ele fala — Você é o que dela? — Pai – ele responde — Eu vou verificar no livro de responsáveis pela aluna , como é seu nome? — Meu nome? – ele questiona me encarando – por favor, chame a minha filha, não precisa verificar nada. — Desculpa senhor, mas se você não falar seu nome, não tenho como te entregar a criança. — Eu não tenho tempo a perder, traga ela. – ele fala com seu tom de voz ríspido. — Por favor, me diga seu nome. — Eu já disse para chamar Laura – ele fala e eu encaro. — Desculpa, sem saber quem é o senhor, eu não posso fazer isso. — O que está acontecendo aqui? – A diretora da escola pergunta – Giovana? — Esse senhor quer levar uma aluna sem se identificar e eu não posso entregar aluna nenhuma dessa forma. — Esse é Salvatore Cortez o dono da escola – ela fala e eu encaro ele. — Será que agora você pode chamar a minha filha? – ele pergunta me encarando — É claro, me perdoe mas pela segurança das crianças não poderia entregar nenhuma criança sem ter a mínima identificação. — Você como professora dessa escola deveria saber quem era o dono – ele fala – você não acha? Trabalhar em uma instituição como essa deveria saber o mínimo pesquisar. — Eu sou paga para dar aula somente – eu olho para ele – não para ter uma ficha completa de quem são os donos. — Papai – Laura fala correndo até ele depois da diretora ter chamado. — Por favor Dona Safira, a demita – ele fala e eu arregalo os olhos. — Como? – eu pergunto — Salvatore, ela é a nossa melhor professora – Safira fala. — Se ela não sabe sobre a instituição que ela trabalha, não quer pesquisar sobre, é porque não tem tanto interesse de trabalhar aqui, da próxima vez não quero ver ela aqui dando aula para minha filha – ele sai andando. — Como assim demitida? – eu pergunto para Dona Safira – não, espera – eu falo tentando ir atrás dele e ela me segura. — Arruma suas coisas – ela fala – você o escutou, está demitida. – eu olho para ela sem entender toda aquela situação.
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