Elena
O carro parou em frente a uma mansão imponente, de vidros escuros e cercada por um jardim que parecia feito para esconder segredos. Eu ainda não consegui processar o que havia acontecido. Na minha mente, ainda estava presa àquele leilão, àquelas mãos que me tocaram como se eu fosse um objeto, e aos olhos dos homens que me observaram como se eu não fosse mais do que uma mercadoria. Mas o que me inquietava agora não eram os olhares. Era o homem que me comprou.
Liam Hart. Eu não sabia quase nada sobre ele, exceto que ele era um bilionário, imbatível, que controlava um império do qual eu era agora parte, mesmo sem querer. O que ele queria de mim? Por que me comprou? O que ele faria comigo?
Eu estava quieta, sentada no banco de trás do carro, sem coragem de olhar para ele. Ele não me dizia nada, mas sua presença era inegável. Ele estava ali, ao meu lado, em silêncio, como se me observasse a todo momento. Eu podia sentir seus olhos sobre mim, e isso me fazia ainda mais desconfortável.
Quando o carro parou, ele finalmente falou.
"Estamos em casa", disse, sua voz fria e controlada, sem qualquer emoção.
Eu não respondi. O que eu poderia dizer? O que ele queria de mim? Eu não tinha respostas, e ele também não parecia querer perguntas. Eu era uma prisioneira, e ele era meu captor. E isso parecia ser a única verdade que importava.
Ele me conduziu até a porta principal, e eu m*l consegui acompanhar seus passos. Ele me levou por corredores longos e elegantes, até que chegamos a um quarto grande, com móveis modernos e uma janela enorme que dava para o jardim. Era bonito, luxuoso, mas eu não conseguia me importar. Estava mais preocupada com o que viria a seguir.
"Este será o seu quarto", ele disse, olhando para mim com uma expressão de quem não se importava com o que eu pensava. "Aqui você vai ficar até que eu decida o que fazer com você."
Eu não sabia se deveria responder, mas algo dentro de mim queria gritar, queria questionar o que ele queria de mim. Mas eu não tinha forças para fazer isso. Então, fiquei em silêncio.
Ele então caminhou até a porta e se virou para me olhar novamente. Seus olhos estavam frios, mas havia algo ali. Algo que eu não sabia como descrever. Ele parecia... avaliador. Como se estivesse decidindo o que fazer comigo, e eu não gostava dessa sensação.
"Agora, tome um banho", ele disse, sua voz implacável. "Quando terminar, podemos conversar."
Ele não esperou por mais respostas. Não perguntou se eu estava com medo, não perguntou se eu queria alguma coisa. Ele só falou e se virou, deixando-me sozinha no quarto, com o peso do que estava acontecendo sobre mim.
Eu olhei ao redor, sem saber o que fazer. Não tinha mais ninguém, e eu sabia que não podia sair dali. Mas o que ele queria? O que ele queria de mim? Era uma pergunta que eu não conseguia deixar de me fazer.
Depois de um banho rápido, eu me vesti com o roupão que ele me deixou, e voltei para o salão principal da casa, onde ele estava sentado em uma cadeira, me observando. Ele me olhou do topo da cabeça aos pés, e algo no seu olhar me fez sentir ainda mais exposta. Era como se eu fosse uma coisa para ele, algo que ele poderia moldar, manipular, e eu não gostava disso. Mas eu não podia fazer nada.
Ele se levantou lentamente e veio até mim. Sua presença era opressiva, e eu podia sentir o peso de sua autoridade em cada movimento. Ele parou bem na minha frente, com uma expressão que era ao mesmo tempo impassível e intrigante.
"Você sabe por que está aqui, não é?" ele perguntou, sua voz baixa e calma. Eu não disse nada. "Você foi comprada, Elena. E agora, você pertence a mim."
Eu não sabia como reagir. Ele me dizia isso como se fosse algo simples, algo natural, e uma parte de mim queria gritar, queria questionar, mas eu sabia que não adiantaria. Eu estava presa.
"Você vai ser minha noiva", ele continuou, e eu senti um arrepio percorrer minha espinha. "Uma noiva de mentira, claro. Mas vai ser o suficiente. Vai fazer tudo o que eu mandar se quiser sobreviver a isso."
Eu não conseguia entender. O que ele queria de mim? Eu não era uma de suas conquistas, não era uma mulher que ele escolheu por amor, ou pelo prazer de tê-la ao seu lado. Eu era um contrato, uma peça no seu jogo de poder. E ele estava disposto a me usar.
"Você foi cara, Elena", disse ele, observando-me com mais intensidade. "Então espero que se comporte bem. Porque se você não o fizer, as consequências vão ser bem piores para você."
Eu estava com medo. Medo de tudo isso, medo dele. Mas ao mesmo tempo, algo em mim se rebelava. Eu não seria uma marionete nas mãos dele. Não importava o que ele pensasse. Eu não era uma mercadoria. Eu não seria manipulada.
Mas eu não podia negar o medo que ele me causava. Ele era poderoso, implacável, e agora eu estava completamente sob seu controle. E o pior de tudo: eu não sabia até onde ele estava disposto a ir para conseguir o que queria.