Elena
Ele ficou me observando por alguns minutos até se aproximar de mim. A expressão dele era vazia, e o olhar frio não dava para decifrar o que ele estava pensando.
— Você é muito bonita — ele falou com a voz grave e calculada. — Você já entendeu que você é minha? — perguntou, sem tirar os olhos do meu corpo.
Eu tentei me manter calma, mas o medo e a insegurança começaram a tomar conta de mim. Ele era um homem imenso, sua presença era imponente e parecia engolir a sala. E eu, eu era nada mais do que uma compra recente, uma mercadoria que agora ele possuía.
— Eu não sou sua. Eu não pertenço a ninguém — aquele homem me tirou da minha casa por causa de uma dívida dos meus pais. Ele deu um sorriso sem mostrar os dentes e disse:
— Eu não tenho nada a ver com isso. Eu quero que você tire o roupão.
— Eu não vou fazer isso — eu disse, tentando me manter firme, tentando não mostrar o quão vulnerável eu me sentia. Mas a resposta dele veio com uma frieza que me fez entender que ele não estava interessado nas minhas palavras.
— Você vai aprender que não tem escolha — ele respondeu com a voz fria e sem emoção. — Você me pertence agora. Então, você vai fazer o que eu digo.
Eu queria gritar, me rebelar, mas o que eu mais sentia naquele momento era impotência. Ele tinha o poder, ele tinha o controle, e eu não passava de um objeto nas suas mãos.
— Agora — ele continuou — tire esse roupão. Eu quero ver seu corpo.
Eu fiquei paralisada. Minhas mãos estavam geladas, meu corpo estava tenso. Eu sabia que não tinha como fugir disso, sabia o que estava prestes a acontecer e não era algo que eu podia controlar. Mas ainda assim, lutei contra a sensação de ser totalmente despojada de minha privacidade, de ser reduzida a algo admirado, analisado e possuído por ele.
— Eu já disse que não vou — eu disse, tentando resistir. Mas ele me olhou com um sorriso frio, como se eu fosse uma criança tentando fazer birra contra algo inevitável.
— Eu acho que você está confundindo as coisas — ele disse com a voz grave, sem nenhum traço de paciência. — Você foi comprada, Elena. Paguei muito caro por você, e você vai fazer o que eu quiser ou as consequências serão piores.
Ele não era alguém com quem eu podia negociar. Eu sabia disso, mas a raiva, vergonha e humilhação começaram a se acumular dentro de mim. Eu não queria ser tão facilmente dominada. No entanto, ele estava certo: eu já não tinha escolha.
Respirei fundo, tentando controlar o tremor nas minhas mãos. Eu sabia que, se quisesse sobreviver, teria que obedecer. A ideia de resistir só me levaria mais fundo nas garras dele, e, de algum jeito, talvez fosse mais fácil se eu me entregasse.
Com muita relutância, eu comecei a tirar o roupão. Meu corpo tremia, não do frio, mas da vergonha. A sensação de estar sendo observada, de ser tratada como uma coisa para ser analisada, me fez me sentir ainda mais pequena. Eu estava nua diante dele e sabia que ele estava tirando prazer disso.
Ele se aproximou de mim, o olhar dele fazendo um exame minucioso no meu corpo. Eu não conseguia evitar me encolher, tentando me cobrir com as mãos de maneira mais discreta possível, mas ele não deixou.
— Eu sei que você tem seu orgulho — ele disse, com seus olhos fixos nos meus. — Parece que não é uma mulher fácil de ser domada. Mas agora você é minha, e eu quero que você aprenda que não tem mais controle sobre a sua vida e nem sobre seu corpo. Não tem controle sobre mais nada. A sua vida me pertence — ele falou, passando a mão pelo meu corpo.
O ar parecia mais pesado à medida que ele me tocava, mas eu me mantive em silêncio. Não havia nada que eu pudesse dizer, e eu não tinha mais voz. Eu não tinha mais nada.
— Vou ser direto — ele falou, tirando a mão do meu corpo. — Eu quero que você aprenda tudo o que for necessário para ser minha noiva de mentira, é claro. Você vai me acompanhar em todos os eventos e vai fazer o que eu disser, vai se comportar da forma que eu desejar, e no final você vai estar pronta para se apresentar à minha família.
Eu não consegui dizer nada. O peso das palavras dele caiu sobre mim como um fardo. Ele queria me mudar, me transformar em algo que eu não sou, e eu tinha que fazer tudo o que ele mandasse para sobreviver.
— Como você já sabe, eu paguei muito por você — ele disse com um tom quase indiferente. — Então espero que você aprenda rápido.
Ele deu a volta para olhar o meu corpo por trás, e eu tomei um susto quando ele puxou o meu cabelo para trás, me fazendo sentir seu m****o duro.
Ele passou pelas minhas costas de maneira possessiva. Eu conseguia sentir seus olhos queimando sobre o meu corpo.
— Se prepare — ele disse. — Amanhã seu dia será longo. Uma mulher vai vir aqui para comprar roupas para você e depois você começará as suas aulas de etiqueta. Quero que você preste atenção em tudo. Você tem que ser perfeita. E se você não aprendeu o que eu preciso, não me importarei em devolvê-la ao dono do leilão — ele falou, beijando o meu pescoço.
Essas palavras me atravessaram. Eu não sabia o que pensar nem o que sentia. Tudo que eu sabia era que, a partir deste momento, a minha vida nunca mais seria a mesma. E que agora eu pertenço a ele. Isso, eu existo para ele.
— Me responde uma coisa, Elena. Você já teve algum namorado?
— Não — eu respondi, um pouco nervosa.
— Então você é virgem?
— Sim — eu queria mentir, mas as minhas respostas estavam saindo de maneira automática.
— Essa brincadeira está ficando divertida — ele falou, apertando um dos meus s***s. — Você vai ser uma dama na rua, mas vai ser uma p**a na cama. Vai aprender a me satisfazer de todas as maneiras possíveis. Agora você pode vestir o roupão e voltar para o seu quarto. Tenha uma ótima noite.