O atentado

1011 Words
Celeste Ramírez Estou em meu quarto lendo meus livros de romance, bom sou um pouco romântica e sonho sim com um príncipe encantado montado em seu cavalo, vindo socorrer a Rapunzel da torre. "Celeste sua bobinha como vai achar um príncipe encantado no meio de um monte de mafiosos?" Gente, ainda não paga para sonhar, né? Sim, não vou mentir, queria sim me casar com um príncipe encantado, morar em um castelo e ter vários filhos dele... Não me julguem, só tem livros assim na biblioteca... Minha mãe está sempre restringindo tudo, meu celular, computador e até os meus livros. Acham que quero ser ginecologista por quê? Para aprender o básico gente! Sexo é o assunto proibido nessa casa e nunca será abordado por minha mãe. Meu irmão nunca interferiu na minha educação, ele deixou a mamãe fazer o que queria comigo, mas não o julgo, o que ele faria? Foi outra marionete na mão do nosso pai, sempre cumprindo cada ordem dada e sendo moldado para ser Dom. Os filhos em nosso meio só são meros herdeiros, nada além disso. No meio em que fui criada, minha mãe nunca falou que amou, ela aprendeu a suportar meu pai, educar os filhos e ser devota a igreja dando o seu melhor a ela. Mas ela nunca amou palavras da própria. Suportar para amar é um mar de diferença, imagina passar anos desejando a morte de alguém? Anos sendo privados de viver a vida, ser presa em sua própria casa, não poder nem ditar como quero me vestir. Suspiro cansadamente com o meu futuro próximo... Pedro falou que Ítalo está vindo para a Colômbia e que vão fechar o noivado, não sei se sorriu ou se chorou? Meu casamento virou um negócio vantajoso, afinal, uma vantagem para ambos os lados e menos para mim. -CELESTE! - Mia entra em meu quarto em um rompante. - O que foi cunhada? - Mia está com a expressão tensa,mas por quê? - O... Ítalo...Celeste, o Ítalo sofreu um atentado...- Coloco as mãos na boca com o tamanho do susto que levo. - Não! Não Mia, ele não pode me deixar... Meu corpo perde as força e quando olha para Mia, não a vejo como antes, sua imagem está turva... -Mia...- Sinto que meu corpo batendo com o chão de madeira do meu quarto. Não tenho forças para manter os meus olhos abertos, a escuridão me toma pra si e só penso em Ítalo... Pronto, estou igual a mamãe desmaiando por aí... Acordo com no colo do meu irmão, começo a chorar copiosamente, não posso perder Ítalo. - Graças a Deus acordou, vamos, arrume um mala, seu noivo não morreu, mas está em coma induzido. Respiro aliviada, não espero muito de Ítalo, mas tenho um carinho por ele grande e não queria que nada acontecesse com ele... (...) Horas de voo no jatinho particular de Pedro, sem notícias torna a viagem cansativa e agoniante! Meu coração dói em saber que atentaram contra a vida dele, mesmo sendo um mafioso, estamos em tempos de paz entre as famílias, não esperava que acontecesse algo assim, justamente com Ítalo. - Ele vai ficar bem meu irmã, pare de balançar essa pernas...- Quando fico nervosa, balanço as pernas freneticamente. - Eu sei, mas já descobriram que fez isso? - Claro que Pedro não irá me falar. - Estamos indo ajudar, com os gêmeos acamados, está tudo nas mãos de Pietro e Aretha. Além de aliados, seremos família. - Concordo com a cabeça e fico em silêncio o resto da viagem toda! Não tinha muito o que falar então somente rezei para a melhora deles e que eles saiam bem dessa situação. (...) Mal pousamos no hangar particular da família Salvatore, pedi que me levassem para o hospital, queria ver Ítalo, não estava me aguentando de preocupação! Queria ver com os meus olhos ele bem e seguro... Não entendo esses sentimento de quer estar perto, proteger e cuidar dele, mas é exatamente isso que eu quero fazer por ele nesse momento. Chego no hospital e tudo está mais protegido que o presidente, afinal, são o Dom e o subchefe da máfia que estão vulneráveis nesse hospital. Quando Pedro contou para Mia que o hospital pertence a família Salvatore, me pergunto o quão rico essa família é? A família Ramírez é poderosa e rica, mas Pedro não tem um hospital ao seu dispor. Ele é sócio, mas não tem um hospital de nível internacional à sua disposição ou da sua máfia. Sou guiada para o quarto onde Ítalo está dormindo, já estão fazendo o desmame da sedação, ele precisa acordar e voltar para mim! - Olá minha querida...- Senhor Salvatore poucas vezes falou comigo, mas foi respeitoso em todas às vezes. - Por que chora criança? Eles são fortes e vão sair dessa! Nem tinha percebido que estava com algumas lágrimas escapando, era para eu estar consolando o homem de cabelos brancos que faz carinho no pé do filho. Vendo que eu estou acompanhando cada um dos seu gestos ele fala: -Sabia que eu fazia carinho neles quando os três dormia? - Sorri - Eu tinham que manter a posse de pai severo e ruim... Sai da minha cama depois de ter certeza que eles estavam dormindo e fazia carinho nas suas cabeças ou nos pés. Fiz isso até os 14 anos depois. Eles ficaram espertos demais para entrar em seus quartos e me verem. Queria ter sido um pai melhor. - Ainda dá tempo de ser um pai melhor, eles estão aqui, o Senhor está aqui e tudo é questão de se permitir! - Vejo meu futuro sogro sorri. - Vai ser uma primeira dama sábia, criança... - Por incrível que parece-me chamar de criança não me fez ficar irritada. - No momento só quero que eles saiam dessa bem e depois vemos o que acontece... Senhor Carlos Salvatore sai do quarto me deixando lá com o meu futuro marido. Me sinto tão estranha, não quero sair daqui até ver Italo bem e em pé novamente... - Vamos Ítalo acordar...
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